O presente artigo analisa a expansão do ensino superior a partir do final do século XX e primeira década do século XXI, para tanto utiliza-se da realidade desse ensino no sul do estado do Maranhão e da sua influência no desenvolvimento regional. O método materialismo histórico utilizado neste estudo viabiliza o entendimento dos desdobramentos dessa expansão e suas interferências na configuração espacial deste século. As discussões amparam-se sob a ótica de Gaudêncio Frigotto, subsidiando o confronto das ideias de expandir o ensino no nível superior em detrimento da melhoria dos níveis fundamental e médio, enquanto o estudo do desenvolvimento segue na orientação analítica de José Eli da Veiga, Celso Furtado e Pedro Demo realçando a educação e a cultura como essenciais na consecução do progresso regional.AbstractThis article analyzes the expansion of higher education from the end of the twentieth century and the first decade of the twenty-first century, for this it is used of the the reality of this teaching in the south of the state of Maranhão and its influence on regional development. The historical materialism method used in this study makes possible the understanding of the unfolding of this expansion and its interferences in the spatial configuration of this century. The discussions are based on the view of Gaudêncio Frigotto, subsidizing the confrontation of ideas to expand higher education level to the detriment of the improvement of fundamental and average levels, while the study of development follows the analytical orientation of José Eli da Veiga, Celso Furtado and Pedro Demo emphasizing education and culture as essential in achieving regional progress.Keywords: Expansion. Higher education. Development.ResumenEl presente artículo analiza la expansión de la enseñanza superior a partir del final del siglo XX y la primera década del siglo XXI, se utiliza para ello la realidad de esa enseñanza en el sur del estado de Maranhão y de su influencia en el desarrollo regional. El método materialismo histórico utilizado en este estudio viabiliza el entendimiento de los desdoblamientos de esa expansión y sus interferencias en la configuración espacial de este siglo. Las discusiones se amparan bajo la óptica de Gaudêncio Frigotto, subsidiando la confrontación de las ideas de expandir la enseñanza en nivel superior en detrimento de la mejora de los niveles fundamental y medio, mientras que el estudio del desarrollo sigue en la orientación analítica de José Eli da Veiga, Celso Furtado y Pedro Demo realzando la educación y la cultura como esenciales en la consecución del progreso regional.Palabras clave: Expansión. Educación. Superior. Desarrollo.
ResumoO desenvolvimento regional na sub-região do Meio Norte brasileiro é abordado neste artigo seguindo os caminhos orientados pelos fluxos migratórios, indutores da formação histórica desse espaço. As discussões conduzidas nessa trajetória evidenciam as relações construídas para a estruturação de um sistema de produção, que caracterizou a estrutura e superestrutura norteadora do desenvolvimento dessa região. Desse modo busca-se explicar como os fluxos migratórios promoveram o desenvolvimento regional do Meio Norte brasileiro. O método do materialismo histórico, utilizado neste estudo, viabiliza o entendimento dos desdobramentos, desde a ocupação do espaço pelo migrante até este século. Aliado ao método referido coletaram-se dados censitários que complementam o esforço de compreensão, propiciada por meio dos resultados obtidos, tipificando as formas e o modelo de desenvolvimento alcançado.Palavras-chave | Desenvolvimento regional; Meio Norte; migração; sub-região.Código JEL | N96; O15; R23. INTERNAL MIGRATION AND REGIONAL DEVELOPMENT IN THE BRAZILIAN MIDDLE NORTH AbstractRegional development in the Brazilian Middle-North sub-region is covered in this article following the paths guided by migratory flows, inducers of historical formation of this space. Discussions in this way show the relationships built into the structure of a production system that characterized the structure and superstructure of this guiding regional development. Thus, it seeks to achieve the goal of explaining how migration promoted regional development of this sub-region. Historical materialism method used in this study enables the understanding of development since the space occupied by the migrant until this century. Coupled with the
The importance of training and development in organizations points out the main deficiencies that can occur with the lack of them, for the employee. The main objective of this literature review is to analyze the relevance of the training opportunity for improvements to employees and organizational development. Training permeates valuation and guarantees development within the company by resulting in motivation among them, generating a differential in the quality of the product or service in the market in which it operates.
O objetivo deste artigo foi verificar se o reaproveitamento de resíduos da produção cerâmica impacta nos custos de produção. Dessa forma, o método utilizado foi através de pesquisa campo, com questionário semi-estruturado ao gestor de uma empresa do segmento da indústria de cerâmica no Tocantins, com abordagem caracterizada qualitativa, com delineamento bibliográfico, na qual buscou-se mostrar que é possível utilizar-se, o reaproveitamento dos resíduos sólidos e reduzir custos sem prejuízo na produção, e ainda preservar o meio ambiente, pois trata-se de uma política ecologicamente sustentável. O desenvolvimento do setor oleiro-cerâmico, a pesquisa verificou que o gerenciamento e implantação de programas de resíduos sólidos, traz resultados significante no que tange a redução dos custos diretos considerados variáveis como (argila), na produção de cerâmica, na qual estão voltadas para a gestão produtiva sustentável, ocorridos na produção de bens ou serviços, que de forma franca agrega um percentual de grande expressão para o conjunto da gestão das empresas do segmento industrial, que possibilita aos gestores como um novo e atual processo de geração de informações, visando à redução de custos na fabricação do produto, o aumento de produção com a adaptação de novas tecnologias para os gestores maximizar os resultados e ainda demonstrar ser competitiva de modo sustentável.
O leitor ao abrir esse livro notará a extensão e intensividade dos capítulos e o esforço e compromisso dos autores em provê-lo com as informações e análises do que foi, e ainda é quando escrevo, uma pandemia no século XXI. “PANDEMIA E SOCIOECONOMIA: Os impactos da COVID-19 no Brasil, Nordeste e Maranhão” é constituido de vinte capítulos escritos por professores e especialistas em diferentes áreas econômicas, sociais e políticas. Lemos sobre o cenário mundial, uma possível década perdida para todos, a condução da política fiscal nessa emergência, a resposta federativa entre os diferentes níveis de governo. A seguir, os autores analisam o setor de saúde e os resultados da pandemia na população no mercado de trabalho, na geração de renda e nos incrementos na pobreza e extrema pobreza. O livro distingue-se ao trazer aspectos regionais, em particular no Nordeste e no Maranhão. Nesses capítulos, o leitor seja ele da região como de fora poderá evidenciar os desafios e opções para uma significativa participação da população brasileira em como proteger-se e recuperar da pandemia, seja na saúde como na economia e sociedade. Anoto também os capítulos que trazem pontos de questionar a própria estrutura de poder, seja a de classes ou da hegemonia internacional. Apresentar e resumir cada um dos capítulos, além de ocupar muitas páginas, retiraria o prazer da descoberta na leitura deles. Há muita informação, dados, cenários, referências e interessantes textos com conclusões que talvez o leitor fique entusiasmado, mas outras que serão criticadas. Essa chegada ao final de um texto e avaliar o que aprendemos ou o que fomos alertados é o ponto inicial para participarmos do debate sobre políticas e eventualmente na posição que teremos ao sermos colocados de frente à urna eletrônica e digitar o nosso voto. Arriscando em colocar uma característica ao amplo material do livro, eu o chamaria de uma discussão sobre modelo de desenvolvimento para nós, após essa parada súbita que foi a pandemia da COVID-19. Aníbal Pinto, um dos fundadores da escola de pensamento cepalina, estruturalista e principalmente latino-americana, colocou no final dos anos1960 a discussão sobre “estilos de desenvolvimento” que de forma simples dita que além do “para onde” queremos chegar, precisamos saber como iremos trabalhar para chegar lá. Na época, havia certamente uma disputa em dois “estilos” de desenvolvimento, refletindo as próprias diferenças em organização econômica e política. Hoje, há vários estilos para analisar e conhecer com experiências em países do Norte ou do Sul. Desde 2016, a CEPAL recuperou essa discussão de estilo de desenvolvimento e propôs alguns pontos para que o debate seja realizado de uma forma pelo menos organizada. Afinal, não há o “estilo” melhor ou correto. A população em cada país deve ser informada sobre as condições, oportunidade, custos e escolhas para formular o seu “estilo” de desenvolvimento. A seguir farei de forma muito breve uma descrição do que a CEPAL propõe. O ponto de partida na discussão sobre o estilo é reconhecer fatores que atuam ou irão atuar de forma exógena (no popular, fora do nosso controle) na nossa população e no nosso território. Exemplos são mudanças em curso e que dificilmente serão alteradas no curto prazo. Como a demográfica – a proporção de maiores de 60 anos em breve será maior que a proporção dos menores de 20 anos -, a do clima – observamos passivamente o aumento de eventos meteorológicos de maior intensidade -, a tecnológica – a pandemia exigiu maior aceleração do uso da virtualidade e mundo digital - e a o poder internacional – as disputas entre as grandes potências nos afetam e pouco podemos alterá-las. Nesse último ponto é bom lembrar uma frase de um antigo Secretário Geral da ONU: “A ONU não foi feita para assegurar que chegaremos ao paraíso, mas para evitar que caíamos todos num abismo.” Os esforços do multilaterarismo desde 1945, no qual a América Latina atuou fortemente, são para evitar esse abismo seja político ou até climático. Por fim, há os valores fundamentais dos direitos humanos que são a base de sociedades democráticas. Em seguida, os debates sobre estilos de desenvolvimento devem trazer propostas sobre três “eficiências”, ou seja, “o maior resultado com o melhor uso dos insumos”. A primeira chamamos “Schumpeteriana”, em homenagem a Joseph Schumpeter, economista austríaco que nos apontou a importância da inovação e do ciclo de produção capitalista, caracterizado como a destruição criativa, aonde novas tecnologias eliminam e criam novos padrões de produção. Nessa eficiência há que estudar e debater o que somos capazes de produzir hoje e o que poderemos produzir no futuro se alterássemos a nossa estrutura de produção. A segunda eficiência é denominada “Keynesiana” para lembrar John Maynard Keynes que nos apontou a importância da demanda nas decisões econômicas. Principalmente, Keynes indicou o papel do Estado na gestão dessa demanda, tributando, subsidiando e distribuindo os ganhos de renda para que pudéssemos atingir o pleno emprego e níveis de produção mais altos. Para paises latino-americanos, por exemplo, o debate dessa eficiência está para qual demanda devemos atender externa ou interna? A nossa história econômica é composta de ciclos de commodities, com superexploração de nossos recursos naturais. Esse último ponto nos leva à terceira eficiência que é da sustentabilidade. Não é apenas nos referindo a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade social e econômica. Nessa eficiência estamos analisando a governança ou as instituições que criamos e mantemos. Caso essa governança não se mostre eficaz para responder à população sobre o uso dos recursos naturais, sobre a alocação de recursos públicos como transferências e benefícios para certos grupos e principalmente se não há efetiva distribuição e inclusão social, iremos observar crises ou “estalos” públicos, como os ocorridos no Chile em 2019 ou nos anos anteriores em vários países “desenvolvidos” com protestos sobre a crescente desigualdade de renda e da riqueza! Estudar e analisar esses pontos para debater estilos de desenvolvimento não é algo mecânico, exige-se a construção de consensos básicos. Sociedades democráticas têm demonstrado maiores resiliências para buscar esses consensos, especialmente pelo respeito aos direitos humanos e ao livre fluxo de informações e conhecimentos. Com a estrutura descrita acima, espero que o leitor possa ao final de um capítulo ou na totalidade desse livro ter subsídios para verificar sobre quais são condições exógenas dada a um país como o Brasil e como colocar os diferentes pontos em alguma das três eficiências. Além do impacto da Covid-19, poderemos construir as opções de estilos de desenvolvimento para o Brasil, para o Nordeste e para o Maranhão. Agradeço ao economista João Carlos Souza Marques e a diretoria do CORECON-MA pelo convite de fazer essa apresentação. Principalmente, estou grato à cada um dos autores pelos excelentes textos e análises muito bem-preparadas e provocativas para o nosso pensar!
O presente artigo é resultado de um estudo sobre dinâmicas regionais de desenvolvimento, propiciando a formação de redes migratórias e, consequentemente, a própria configuração das trajetórias migratórias observadas num determinado espaço/tempo. O espaço central de análise é o município de Imperatriz, localizado no sudoeste do estado do Maranhão, que possui uma formação histórica que pode ser compreendida a partir de ciclos de desenvolvimento econômico, influenciando os fluxos migratórios responsáveis pelo povoamento do município a partir da década de 1960. A abordagem em torno dessa construção espacial fundamenta-se no método materialista histórico, com qual se enfatizaram a historicidade e as contradições presentes nas formas como a dinâmica de desenvolvimento do município de Imperatriz condicionou os fluxos migratórios que o povoaram a partir da década de 1960.
RESUMO:O presente estudo analisa a expansão do ensino superior privado no Brasil e sua contribuição para o desenvolvimento regional; para tanto, utiliza-se da experiência vivenciada na região sul do estado do Maranhão principalmente a partir da primeira década do século XXI focalizando possíveis influências desse ensino privado no desenvolvimento. Assim, propõe como objetivo esclarecer elementos tácitos do propósito dessa expansão no segmento privado. Os fundamentos teóricos metodológicos apoiam-se nos comentários críticos de autores como Gaudêncio Frigotto observando uma educação para os ditames de uma expansão do ensino superior de bases capitalistas, ao passo que José Eli da Veiga, Celso Furtado e Pedro Demo observam elementos da estrutura conceitual do estudo do desenvolvimento destacando educação, cultura e qualidade de vida como essenciais na consecução do progresso regional. Os resultados são consubstanciados com dados censitários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que permitem detectar indícios, de uma expansão orientada na perspectiva do fortalecimento do poder hegemônico, estruturado sob a forma de grandes multinacionais do campo educacional, operando a partir da crise e falência das pequenas e médias instituições de ensino superior do segmento privado da educação, exemplificadas na realidade sul-maranhense.Palavras chaves: Acesso ao ensino superior. Ensino privado. Desenvolvimento regional.
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