Resumo O objetivo do presente estudo foi verificar se os padrões psicométricos da Escala de percepção, por professores, dos comportamentos agressivos de crianças na escola (EPPCACE) evidenciavam sua validade interna. No Estudo 1 (n = 210), foi realizada a adaptação do instrumento e executada uma análise fatorial exploratória. No Estudo 2 (n = 203), efetuou-se uma análise fatorial confirmatória. Participaram professores do ensino fundamental de escolas públicas e particulares. Esses responderam à EPPCACE e a perguntas sociodemográficas. Os resultados indicaram que o instrumento é composto por três fatores: Agressividade direcionada ao âmbito geral (α = 0,95), Comportamentos pró-sociais (α = 0,90) e Agressividade direcionada aos professores (α = 0,90). Conclui-se que a EPPCACE é válida e fidedigna, podendo auxiliar na avaliação do contexto escolar a partir da percepção do professor acerca do comportamento agressivo dos alunos.
Este artigo apresenta dados de uma investigação sobre a aprendizagem da Escrita de Sinais por surdos como proposta de letramento como L1. A pesquisa foi necessária pois muitos surdos, embora tenham contato com Língua de Sinais, ainda passam pelo processo de alfabetização em língua portuguesa, mas, os surdos precisam da escrita da Libras como L1 para ter uma aprendizagem significativa. A pesquisa apresentou caráter exploratório de natureza qualitativa, seu delineamento se constituiu em um estudo de caso com uma adolescente surda e a análise empregada foi a microgenética. Os dados obtidos apontam que é necessário que o surdo aproprie-se da escrita de sua Língua, pois assim produzirá sentidos para sua aprendizagem, que a participante conseguiu alcançar o objetivo de visualizar de maneira significativa a relação da sinalização com a escrita de sinais. Assim, os dados indicaram que a escrita de sinais pode contribuir para a aquisição da escrita por adolescentes surdos que se encontram em distorção idade/série.
Sendo a língua de sinais uma manifestação cultural e identitário do surdo e possuindo ela a modalidade sinalizada e escrita, essa última modalidade no sistema signwriting. A escrita é um importante instrumento de empoderamento e desenvolvimento cognitivo e linguístico do surdo. Assim, defendemos que sua alfabetização deva ser realizada em sua escrita de sinais por ser sua primeira língua, assegurando-lhe a aquisição linguística como um período significativo, sem rupturas ou adaptações de uma língua (visualespacial) para outra (oral), com a qual ele não possui identificação. O objetivo geral desse trabalho foi verificar a aprendizagem da escrita de sinais pelo surdo. A pesquisa de natureza qualitativa, de caráter exploratório e delineamento de estudo de caso. O campo de pesquisa foi uma escola pública estadual e os participantes foram 6 sujeitos surdos. Analisou-se os dados por meio da técnica da migrogenética. Os dados indicaram que o surdo aprende com facilidade a escrita de sinais e que esses sujeitos se identificam com essa escrita por ser visoespacial.
(ASEL) -Profa. Edneia, temos um grande prazer em entrevistá-la neste momento. A Senhora é uma das pioneiras na nossa Universidade sobre a inserção dos estudos surdos quando fez concurso para lecionar Libras no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas do CCHLA. Sabemos que tem uma larga experiência sobre o assunto.Poderia nos falar um pouco sobre a sua trajetória acadêmica-profissional (ASEL) -Sabemos que a Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua de comunicação do surdo e que ela ganhou visibilidade e legitimidade a partir da lei 10.436/02. Como tem sido sua experiência sobre este aspecto (Profa. Edneia) -A minha relação com a Libras se inicia com a comunicação em sinais caseiros com surdos: minha irmã e depois minha prima. Em nossa infância, éramos proibidas de nos comunicarmos em gestos por orientação da escola cuja
O artigo a seguir relata recortes da história de vida de uma surda que teve uma educação super-protetora. As experiências vividas por ela e apresentadas aqui são analisadas sob o enfoque de teorias que abordam o papel da família no desenvolvimento social, intelectual e emocional de uma pessoa. Acredita-se que a educação super-protetora, embora seja com a intenção de evitar de sofrimento, prejudica a autonomia e o desenvolvimento humano dos indivíduos. No caso da surdez, existe a capacidade de adaptação das normas sociais e da autonomia, negá-lo esse tipo de preparo é uma forma de torná-lo incapaz de fato. Palavras-chave: Amor, Educação, Necessidade especial Este artigo pretende, através de um relato de vida pessoal expor as conseqüências que a super-proteção pode trazer ao desenvolvimento social, individual e emocional de um deficiente, mais especificamente de um surdo. Antes faz-se necessário compreender que a super-proteção é um comportamento que pode prejudicar o desenvolvimento humano, pois muitos pais perdem a medida da proteção e esquecem de preparar os filhos para enfrentar as adversidades da vida. Esse tipo de comportamento é comum ser encontrado em casos em que a família precisa lidar com filhos com deficiência. Nessas famílias, muitos pais são incapazes de perceber que o seu desejo de aliviar o sofrimento de seu filho em todas as circunstâncias acabam expondo-os a maior Edição eletrônica em http://idonlineespecial.no.comunidades.net
<p>O surdo tem vivenciado a educação formal em diversos modelos. Assim, tem-se como objetivo neste artigo analisar a vivência educacional do surdo usuário de Libras. Para tanto, contou-se com a categoria teórica vivência e optou-se por uma pesquisa qualitativa. O levantamento de dados ocorreu por meio da entrevista semiestruturada realizada com 07 surdos por meio da comunicação em Libras, submetida à análise do Alceste com interpretação a partir do Dendograma de Classificação Hierárquica Descendente. Os resultados indicaram que o surdo vivencia o modelo de ensino de escola oral, inclusiva e bilíngue, sendo esta última a que melhor atende às suas especificidades.</p><p><strong>PALAVRAS-CHAVE</strong>: Surdo. Libras. Educação escolar. Vivência.</p>
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