Após a promulgação da nova Constituição colombiana em 1991, o tema do "desenvolvimento" voltou a ganhar especial relevância nos debates nacionais, passando a ser concebido, ao menos em tese, para o caso de muitos dos grupos andinos e amazônicos, a partir de perfis étnicos. Esse novo campo de relações sociais, calcado nos projetos de imaginação da nação (Anderson 2008) que passam a se pretender multiétnicos, acompanha também o aparecimento e o fortalecimento de organizações de representação indígena em diversos níveis, do local ao nacional. Nesse jogo complexo de agendas e práticas políticas, o "desenvolvimento" (O que é? A quem se destina? Sobre que bases se constitui?) torna-se capital simbólico e material negociado, não raro em meio a conflitos de diversas ordens, envolvendo concepções, conhecimentos e dinâmicas de produção de consenso por vezes bastante distintos.Diante desse quadro, ao longo das últimas duas décadas, em face da diversidade de "projetos" implementados, vem se acumulando um número de experiências malsucedidas 1 que ao final se explicam, em grande medida, pela incompreensão -do ponto de vista das agências não índias -do que tem sido chamado de "a dimensão cultural do desenvolvimento" (Grillo & Stirat 1997:6). O caso específico da região analisada, o interflúvio dos médios rios Caquetá e Putumayo, na Amazônia colombiana, habitado pelos grupos autointitulados Povos do Centro (denominação que incorpora sete grupos indígenas, dentre eles os Uitoto e seus subgrupos Murui e Muina), 2
This work proposes a ethnographic approach to the musical universe-in particular the practice of chanting-of the indigenous group usually known as Uitoto (= Huitoto, Witoto), examining the case of one of its subgroups, the Murui from the Caraparana River, Colombian Amazon. This is partial material, but it proves revealing of musical thinking and action within this group. It starts with the provocative question: What is the first lesson for someone who is beginning to learn chants? Or more adequately: Where does the learning of chants begin?
A partir de una breve etnografía del proceso fonográfico realizado entre aldeas, grupos y músicos tikuna, se presentan reflexiones sobre los alcances y límites de metodologías participativas, tanto desde el punto de vista de las incompetencias lingüísticas generadas por el encuentro de tecnologías de comunicación distintas, y de los desentendimientos estratégicos accionados en la generación y ampliación de musicalidades en disputa.
Apresentamos à comunidade acadêmica o dossiê“Coleções, Colecionadores e Práticas de Representação”da revista Sociedade e Cultura da Universidade Federalde Goiás. Fomos motivados, após conduzir e participarde fóruns e grupos de trabalho em encontros como osda Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e daAssociação Nacional de Pós-Graduação em CiênciasSociais (ANPOCS), a estimular a publicação de pesquisasno campo da antropologia e ciências sociais e suas interfacesdisciplinares a respeito do tema da formação e gestão decoleções artístico-científicas e as práticas de representaçãoa estas associadas, uma vez que se tem notado um aumentode interesse pelas temáticas fomentadas pela revisão eretomada críticas da antropologia com relação aos estudosda cultura material, dos museus e da formação de camposdisciplinares e instituições artístico-científicas.
Hacia 1820, luego de una expedición dirigida por Louis Claude de Sauces de Freycinet, el dibujante del equipo científico, Jacques Arago (1790-1855), negoció un conjunto de objetos de curiosidad con el recién fundado Museo Real, en Rio de Janeiro, entonces capital del Imperio luso-brasilero. Entre los ítems negociados, se encontraban dos cabezas embalsamadas de reyes neozelandeses. Éstas, en particular, accionaron un intrincado conjunto de actores, posiciones y proyectos que ponen de manifiesto la organización sociocultural de ese período, principalmente la relación entre Ciencia, Museos e Imperio-Nación. El artículo propone una primera lectura desde las condiciones de obtención de los dos restos, enfatizando los múltiples regímenes de objetivación por los que han pasado; desde el intercambio de armas en el contexto de las guerras coloniales; su negociación como artículos de colección científica; y finalmente, los recientes debates sobre la humanización de la Antropología y la repatriación de antepasados desaparecidos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.