O objetivo deste estudo é investigar empiricamente o comércio internacionaldo Brasil com seus parceiros comerciais estimado por meio dos estimadores de máximaverossimilhança (MV), Poisson pseudo-maximum likelihood (PPML) e o sistema GMMem um modelo de comércio com bens contínuos. Analisa-se o desempenho das exportações brasileiras para os quatro clusters intercontinentais: o comércio Brasil-Mercosul,Brasil-Brics, Brasil-Zona do Euro e Brasil-Estados Unidos. Os estimadores MV e PPMLreportam estimativas significativas e consistentes com a literatura gravitacional de queas rendas e populações dos países elevam o comércio, enquanto o custo de transportemais alto tende a inibir os fluxos comerciais. A volatilidade cambial não se mostra umimpeditivo ao comércio, ao menos no modelo estático. A fronteira não tem um importante papel na determinação do padrão do comércio entre o Brasil e seus parceirosregionais, sugerindo que os clusters intercontinentais podem ser fundamentais para osfluxos de exportações brasileiras, fato confirmado pelos resultados reportados pelo estimador do sistema GMM.
Este trabalho tem como objetivo analisar empiricamente as exportações brasileiras por grau de elaboração entre 1980 e 2015 à luz da teoria cepalina, articulando-a com o modelo gravitacional Eaton-Kortum – que tem se destacado pela incorporação de elementos estruturais em sua análise. Os resultados obtidos indicam que tanto para o modelo gravitacional considerado, quanto para a teoria estruturalista-cepalina o preço relativo, o tamanho das economias e as barreiras comerciais emergem como parâmetros que expressam o fluxo e a qualidade das trocas realizadas entre as economias. A análise econométrica comprova a importância do PIB, bem como da técnica e das barreiras comerciais na explicação das exportações brasileiras por grau de elaboração. Porém, os resultados sugerem pouca efetividade dos preços relativos em fomentar as vendas externas nacionais.
Mesmo constituindo-se um dos pilares de funcionamento do sistema capitalista, é bem verdade que o conceito de mercado não é consensual entre as distintas abordagens do pensamento econômico, dado as diferentes premissas e axiomas que fundamentam suas análises. Isto posto, o presente trabalho objetiva fornecer uma concepção holística e mais pragmática do mercado a partir dos conceitos de ordem espontânea, taxas naturais e expectativas racionais articulados com a Teoria do Caos. Com base nesses fundamentos teóricos conclui-se que o mercado é uma ordem espontânea evolutiva, repleta de relações não-lineares e formada por agentes autointeressados que, mediante processo de aprendizagem social, complexificam e aprimoram os padrões institucionais, culturais e técnicos que configuram o próprio mercado no transcorrer de um tempo dinâmico.
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