A evolução do emprego setorial no Brasil entre 1949 e 2010 foi estudada por meio da análise estrutural por decomposições do modelo de insumo-produto. Utilizaram-se cifras convencionais das matrizes decenais de 1959/2000 e valores referentes a 1949 e 2010, estes últimos obtidos com a aplicação do Método Delphi. Identificando como setor virtuoso aquele cuja produtividade do trabalho eleva-se simultaneamente ao crescimento do emprego, apenas a transformação de bens de produção e os serviços foram assim classificados, sob a perspectiva de todo o período estudado. Para os subperíodos, verificou-se a ocorrência dessa virtuosidade setorial em alguns casos, concentrada principalmente nos anos de 1949 a 1970. No período 1970-1980, nenhum setor exibiu simultaneamente os atributos do crescimento simultâneo do emprego e da produtividade do trabalho.
Recebido em 21 de dezembro de 2012. Aceito em 17 de março de 2014. ResumoTrês tipos de críticas são comumente levantadas contra a utilização do postulado da racionalidade na ciência econômica. A primeira delas associa-se ao argumento da circularidade, a segunda diz respeito à blindagem da teoria contra a refutação e a terceira -e mais importante delas -refere-se à inadequação empírica. O presente artigo busca encaminhar esta última, à luz do tratamento dado por Popper ao longo de sua carreira para a questão de qual seria o estatuto epistemológico do princípio da racionalidade nas teorias econômicas. Três possíveis respostas a esta questão são aqui examinadas, explicitando-se suas respectivas estruturas lógicas. A primeira delas propõe que o postulado da racionalidade desempenhe o papel de lei geral do comportamento humano. A segunda requer que ele funcione como um axioma da teoria. Finalmente, a terceira proposta sugere que o postulado da racionalidade seja entendido como regra metodológica. Conclui-se o artigo sugerindo que esta última solução satisfaz ao apelo que o tipo de crítica aqui examinada faz ao conceito de racionalidade. Não obstante, ao situar-se no contexto metateórico, o postulado da racionalidade mantém importância inegável na teoria econômica. Sem ele, não se disporia de instrumentos que conduzissem à seleção de dados empíricos voltados ao teste das teorias. Palavras-ChaveEpistemologia da Economia, Karl Popper, Postulado da Racionalidade AbstractThree types of criticism are currently raised against the acceptance of the rationality principle in economic science. The first relates to the circularity of the reasoning, the second concerns the protection of the theory against refutation, and the third -the most relevant -concerns the empirical inadequacy of the concept. This article aims to discuss the last criticism, considering the work performed by Popper, in different moments of ♦ Os autores agradecem as críticas, comentários e sugestões de João Rogério Sanson, Vinícius Valent, bem como dos pareceristas anônimos da revista Estudos Econômicos. Qualquer imprecisão conceitual que porventura permaneça é, naturalmente, de nossa responsabilidade.
RESUMO O estudo do valor adicionado e das suas três formas de cálculo é geralmente tomado independentemente das três dimensões do trabalho social, de onde vem. O objetivo deste artigo é preencher as lacunas que partem da avaliação e classificação das diferentes dimensões assumidas pelo trabalho social, seus três circuitos de medição e a transição entre valor do trabalho e valor adicionado. Sua principal preocupação é tentar esclarecer essas relações, bem como servir como instrumento para continuar a discussão do programa de pesquisa associado à teoria dos valores.
Neste trabalho, utilizou-se o Método Delphi a fim de investigar os rumos da mudança estrutural no Brasil. Partindo de uma visão da estrutura setorial da economia brasileira em 2002, tratou-se de vislumbrar os contornos da mudança. Aplicando um questionário detalhado sobre as perspectivas setoriais do emprego, valor adicionado, demanda final e valor da produção a 18 observadores da cena brasileira, pôde-se construir as matrizes de insumo-produto de 2010 e 2020. Em média, a opinião dos entrevistados sinalizou para importantes modificações nas estruturas setoriais do emprego e da produção. Sua visão do futuro, contudo, apontou para modestas transformações na distribuição primária da renda, na participação do governo e na estrutura do consumo familiar. Os resultados sugerem que a mudança estrutural do país nos próximos 15 ou 20 anos precisa ser mais arrojada, de sorte a dar lugar à construção de uma sociedade dinâmica e igualitária.
This article investigates the structural transformation of sectors and subsystems in Brazil during the 2000-2015 period, applying Momigliano and Siniscalco’s approach. We employed the official Brazilian input-output tables from 2000, 2005, 2010, and 2015 to evaluate employment, value-added, and profits of six economic activities. Looking at sectors and subsystems, we can better understand the structural change and its connection with domestic outsourcing, particularly in manufacturing. Our findings underscored a weaker process of manufacturing decline when we take the subsystem approach. The rising integration of market services into the manufacturing sector explains, at least partially, the smaller manufacturing decline in terms of value-added and profit participation in the overall economy.
012 34 5 715 89:; ; 4 < =94 2 4 > 0: /?4 2 1 @A5 B4 << CDEFGHI KL M N M O PQPR ST U VWNL M U XP TL NY NU M TL Y U L ZPU L [T \O ]P^NVM T _PO M U ZÙPM U WT a \_b VTL ^cVU ZdU TL XPeZSTL ZT^ `T`cR P]fT PZÛP [N gh ^U R SPQU M PVM NL VPL XNL M iNL jkklm nhhh N nhhjm nhhop qP `O ÛNU O P XNL M fTr SPWU P L NU L ^cVU ZdU TL ZT^ \_r Ve^NO T scN `PL L Tc `PO P [Nt VP L NXcV[P XNL M fTr ZTO O NLTV[NV[T P ngr uv N gor lv [P `T`cR P]fT XPeZSPp w PVxR U L N NZTVT^yM O U ZP O NWNR Tc [U Y NO NV]PL VP `TR d M U ZP Y U L ZPR NVM O N TL ^cVU ZdU TL ZT^ N L N^ \_p qT scN M PVXN z Y cV]fT PR TZPm M U WPr PL ZU [P[NL ZT^ \_ TY NO M P^ L NO WU ]TL `eQR U ZTL [N ^PVNU O P ^PU L P[NscP[P z O NPR U [P[N NZTV{^U ZP [TL ZU [P[fTL p qT scN L N O NY NO N z Y cV]fT [U L M O U QcM U WPr TL O NL cR M P[TL ^TL M O PO P^ c^ XPL M T ^PU TO N^ N[cZP]fT N SPQU M P]fT VTL ^c VU Zd m U TL ZT^ \_p |}}}E }DI \O ]P^NVM T `TcM TO N^ KZTVT^U Pp _O TY NL L TO [T _O TXO P^P [N _¡L m O P[cP]fT N^ KZTVT^U P [P _¢£p _NL scU L P[TO [T £q_sp KmPU R ¤ PP^¥`cZO L p QO TcM TO N^ KZTVT^U Pp U O NM TO [P w^yO U ZP £TVL cR M TO U Pp _O TY NL L TO M U M cR PO [P ¢£ N _¢£ a P`TL NVM P[Tb p KmPU R ¤ [cU R U Tol¥P^NO U ZPp ZT^p QO 0 12 3456 7 8 9 47 36 9 9 4 4 0 1 8 9 0
RESUMO O presente artigo tratou da expansão da metodologia de Furtuoso e Guilhoto de delimitação de complexos industriais, aplicando-a ao complexo metalmecânico da economia brasileira. Lidando com informações originais da matriz de insumo-produto de 1996 e com sua atualização a partir do Sistema de Contas Nacionais para 2002, procurou-se quantifi car a importância do complexo com relação ao valor adicionado (produto) e ao emprego. Em particular, foram investigadas as consequências da divisão setorial do trabalho do sistema tanto sobre a pró-pria delimitação do complexo quanto para a produtividade da mão-de-obra.Palavras-chave: complexo metalmecânico; matriz de insumo-produto; metodologia de Furtuoso e Guilhoto Código JEL: D57; J24; L61; L62 SECTORAL DIVISION OF LABOUR AND THE PRODUCTIVITY OF THE MACHINE TOOL INDUSTRYABSTRACT This article was aimed at expanding the Furtuoso and Guilhoto methodology of delimiting industrial clusters, using it to determine the extension of the * Artigo recebido em 21 de junho de 2007 e aprovado em 30 de março de 2009. Os autores agradecem aos pareceristas anônimos da REC por chamarem a atenção a algumas inconsistências e lacunas da versão original, o que levou ao aperfeiçoamento geral do trabalho. Naturalmente, os problemas remanescentes devem ser debitados exclusivamente à difi culdade dos autores em explorar de modo mais abrangente as hints daí resultantes.
RESUMO Usando uma estrutura de insumo-produto, este artigo estuda as consequências da redistribuição de renda das pessoas ricas, tanto para os pobres quanto para o governo, sobre a estrutura setorial da economia brasileira nos anos 70. Além do uso tradicional de elementos de análise setorial, o principal conceito usado para atingir esse objetivo é o de “subeconomias”, com foco nas indústrias (e nos padrões associados de emprego e valor agregado) que produzem os componentes de determinados pacotes de despesas. Assim, uma subeconomia é composta pela atividade econômica derivada de determinados grupos de gastos, como famílias pobres de consumidores, governo etc. Dois principais resultados emergem da aplicação empírica desses conceitos. Primeiro, a agricultura é o setor mais importante na geração de emprego em resposta às transferências de renda de famílias ricas para famílias pobres. Segundo, a urbanização que acompanhou o crescimento durante os anos 70 favorece uma estratégia redistributiva na qual o papel do governo se destaca em termos de geração de valor agregado e emprego.
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