Este estudo objetiva descrever a estrutura da vegetação e os padrões de distribuição espacial das espécies arbóreas e arvoretas de uma amostra de um hectare de Floresta Ombrófila Mista, localizada no município de Nova Prata, estado do Rio Grande do Sul. Utilizando o método de área fixa, foram instaladas vinte unidades amostrais de 10 x 50 m (500 m²), perfazendo uma amostra de 100 x 100 m (10000 m2) e mensurados todos os indivíduos com DAP ³ 9,6 cm (30 cm de circunferência), que compõem o dossel da floresta. A amostra de vegetação estudada apresentou uma diversidade mediana de espécies arbóreas e arvoretas (55 espécies com DAP ³ 9,6 cm) e uma elevada densidade de indivíduos por hectare (848 ind./hectare), similares aos encontrados em florestas secundárias, no domínio da Floresta Ombrófila Mista. A vegetação, na amostra, apresentou-se com maior proporção de espécies com distribuição agregada ou com tendência à agregação (46,7 %), revelando que as maiores populações arbóreas formam pequenas manchas ou agrupamentos na vegetação, com maiores valores obtidos para a Razão Variância/Média. Este estudo, mesmo se tratando de uma análise em pequena escala espacial (10000 m²), destaca a densidade e a distribuição das espécies arbóreas a arbustivas em um trecho de floresta que sofreu exploração comercial, fragmentos importantes das florestas atuais do estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a regeneração natural, pela análise fitossociológica, em Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de São Francisco de Paula (entre 29°23' e 29°27' S e 50°23' e 50°25' W), para fornecer subsídios à recuperação e conservação desses ecossistemas, e descrever as possibilidades de utilização futura da regeneração natural. Foram amostradas 180 subunidades de 100 m² (10 x 10 m) nas quais foram medidas a altura total (h) dos indivíduos com h 1,30 m, com circunferência mínima de 3,0 cm, até o máximo de 30,0 cm. A densidade total foi de 7.984 indivíduos/ha, pertencentes a 109 espécies, 88 gêneros e 46 famílias botânicas, além de indivíduos mortos, cipós e espécies não identificadas, com índice de diversidade de Shannon-Weaver (H') de 2,22. As espécies mais importantes foram Casearia decandra, Stillingia oppositifolia e Sebastiania brasiliensis. A Araucaria angustifolia apesar de ser a espécie fisionomicamente mais destacada e de maior interesse econômico da Floresta Ombrófila Mista apresentou valores baixos em todos os parâmetros avaliados, necessitando a implementação de tratamentos silviculturais e plantios de enriquecimento que beneficiem a sua regeneração.
RESUMONo presente trabalho foi efetuada a análise da composição florística e das categorias sucessionais do estrato arbóreo de três subseres denominadas Capoeirão, Floresta Secundária e Floresta Madura, de uma Floresta Estacional Decidual, no município de Santa Tereza, região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Utilizou-se o método de amostragem de área fixa, processo de amostragem estratificada e distribuição sistemática das unidades amostrais. O diâmetro mínimo considerado foi de 3,2 cm. Observou-se que, no transcurso da sucessão florestal, existe uma hierarquia de substituição e importância de famílias botânicas e de grupos de espécies de categorias sucessionais distintas, de maneira a predominarem espécies intolerantes à sombra nas etapas iniciais, e tolerantes à sombra nas mais evoluídas. Palavras-chave:Categorias sucessionais, Floresta Estacional Decidual. ABSTRACTThe floristic composition and the forest successional categories of three subseres denominated Dense Bushwood, Secondary Forest and Mature Forest, in a Deciduous Seasonal Forest, in the district of Santa Tereza, northeast region of Rio Grande do Sul State, were analised. The sampling method used estratified sampling process and systematic distribution of sample units. The minimum diameter considered was 3,2 cm. It was observed that there is a substitution of the botanic families and groups of different successional categories of species in the forest succession process and a change in their importance rank. Thus, species intolerant to shade predominate at the beginning and are replaced by tolerant species as the process evolves.
RESUMOEste trabalho foi desenvolvido em uma Floresta de Araucaria angustifolia pertencente à Floresta Nacional de São Francisco de Paula -RS. O objetivo foi comparar quatro métodos de amostragem de área variável (Strand, Prodan, Quadrantes e Bitterlich) com o método de Área Fixa e determinar a eficiência de cada um deles nas estimativas dos parâmetros quantitativos (volume comercial com casca, número de árvores e área basal) e qualitativos (abrangência das espécies) da população. Realizou-se o inventário de um hectare considerando todas as árvores com circunferência altura do peito (CAP) 30 cm. Estas foram identificadas e medidas suas alturas totais e comerciais. O método de Área Fixa adotado foi o de faixas com 100 m de comprimento e 10 m de largura (10 faixas contíguas). Para os métodos de Prodan, Quadrantes e Bitterlich foram realizados 25 pontos amostrais distribuídos sistematicamente a cada 20 m e do método de Strand realizaram-se 30 linhas de amostragem de 15,7 m de comprimento. Pela análise de variância, verificou-se que os distintos métodos não apresentaram diferenças significativas na estimativa do volume, área basal e número de árvores por hectare. Encontrou-se diferença significativa no número de espécies amostradas, sendo o método de Área Fixa o que apresentou maior média. Com os tempos tomados e os coeficientes de variação encontrados para cada estimativa foi calculada a eficiência relativa, na qual verificouse que, o método de Strand foi sempre superior aos demais métodos na estimação de todos os parâmetros. Em contraposição, o método dos Quadrantes foi o que apresentou a menor eficiência relativa na estimação de todos os parâmetros. Palavras-chave: Métodos de Amostragem, Floresta de Araucaria angustifolia, Inventário Florestal. ABSTRACTThis research was carried out in an Araucaria angustifolia forest which belongs to The National Forest of São Francisco de Paula, RS state. Its purpose was to compare four sampling methods of variable areas (Strand, Prodan, Quadrant and Bitterlich) with the method of Fixed Area Plot; and to
No estado do Rio Grande do Sul, as florestas ripárias se encontram alteradas pela ação antrópica formando fragmentos. O estudo teve como objetivo analisar a estrutura e florística interna dessas florestas o que subsidiará informações para o restabelecimento desses ecossistemas. A área escolhida foi um fragmento (30o04'36"S; 52o53'09"W), de 4 ha, localizada no município de Cachoeira do Sul, RS, no Baixo Rio Jacuí. As espécies arbóreas, arbustivas e lianas (somente quanto à forma de vida) foram inventariadas, utilizando-se faixas perpendiculares ao rio, distanciadas por 50 m, as quais apresentaram 10 m de largura e comprimento que variou com a largura da floresta. As faixas foram divididas em unidades amostrais de 10 x 10 m, nos quais foram identificados indivíduos com circunferência a 1,3m (CAP) 15 cm, registrados os valores de circunferência e altura. Os dados de densidade por espécie formaram uma matriz (70x42) utilizada na análise multivariada. A presença de agrupamentos de espécies no interior do fragmento foi avaliada pelo TWINSPAN (Two-way indicator species analysis), com base no qual foi constatada a existência de três subformações florestais (S-F1, S-F2 e S-F3). A S-F1 foi caracterizada por ter maior influência das enchentes e lençol freático mais próximo da superfície; a S-F2 ocorreu na parte central do fragmento, mas apresentou forte influência dos extravasamentos causados pelas enchentes; e na S-F3, também na porção central, ocorreu maior influência do lençol freático. As espécies indicadoras das subformações foram: Sebastiania commersoniana e Eugenia uniflora (S-F1); Gymnanthes concolor, Cupania vernalis e Seguieria aculeata (S-F2); e Casearia sylvestris e Allophylus edulis (S-F3). Portanto, em projetos de preservação, conservação e restabelecimento desses ecossistemas, a comunidade florestal não pode ser tratada unicamente como ripária, mas considerando as variações ambientais e, conseqüentemente, florísticas.
É descrito e demonstrado um método quantitativo para auxiliar ao manejador na tomada de decisão quando cortes periódicos são efetuados em povoamentos florestais ineqüiâneos. O método utiliza matriz de transição. Os dados utilizados na construção do simulador são de uma floresta natural do Japão, remedida por 10 anos. Os parâmetros necessários à aplicação do método são a matriz de transição de mudança nas freqüências por classe diamétrica, estimativas de mortalidade natural e por danos, estimativas de aumento de recrutamento com a abertura de dossel e a taxa estimada de aceleração no crescimento provocado por interferências no povoamento. Um exemplo de aplicação do modelo proposto é mostrado, apresentando um cenário das possibilidades de simulação sob diferentes intensidades de corte. Concluiu-se que o modelo proposto é potencialmente um instrumento valioso para o manejador, uma vez que o crescimento e o ciclo de corte de povoamentos florestais ineqüiâneos podem ser preditos.Palavras-chave: Dinâmica, floresta natural, modelo, matriz de transição, simulação. SUMMARYA quantitative approach of predicting the growth and yield of natural forests is described and applied. The method proposed aimed at helping the forest manager in decision making concerning the choice of an appropriate cutting cycle. The approach is based upon the transition matrix model. The data used in the simulation model constructed in this study came from a natural forest in Japan remeasured during 10 years. The parameters necessary for implementation of the
Na floresta Ombrófila Mista, a regeneração natural é pouco estudada. No Rio Grande do Sul, em conseqüência da ação antrópica, essas florestas se encontram sob diferentes condições de alteração, em alguns casos formando fragmentos. O estudo teve como objetivo analisar a florística da regeneração natural e verificar a ocorrência de grupos florísticos de uma área onde não foram constatadas alterações intensas. A área com 1606,69 ha localiza-se na Floresta Nacional de São Francisco de Paula (entre 29° 23' e 29° 27' S; 50° 23' e 50° 25' W), no município de São Francisco de Paula, RS. No estudo, foram selecionadas seis parcelas permanentes de crescimento do PELD (Projeto Ecológico de Longa Duração) cuja vegetação foi inventariada, utilizando-se dez faixas paralelas entre si e perpendiculares à direção da posição topográfica, as quais apresentaram 10 m de largura e 100 m de comprimento, subdivididas em dez unidades de 100 m² onde foram sorteadas três unidades amostrais por faixa para identificação e medição (altura e circunferência) de indivíduos com Cap maior ou igual a 3 cm e menor de 30 cm. Os cipós, trepadeiras e ervas também tiveram suas circunferências medidas e identificados até o nível de espécie, quando possível. Os dados de densidade por espécie formaram uma matriz (180x70) utilizada na análise multivariada. A presença de agrupamento de vegetação em estado de regeneração natural no interior da floresta foi testada pelo Método TWINSPAN (Two-way indicator species analysis). Constatou-se a existência de três grupos ecológicos (G-1, G-2 e G-3). O G-1 foi caracterizado por boa disponibilidade hídrica, por possuir características ambientais intermediárias e por situar-se na posição topográfica referente à encosta média; G-2 ocorreu na encosta inferior da floresta, apresentando forte influência da umidade e sujeita a alagamentos esporádicos; e G-3, na posição topográfica da encosta superior/platô, que, por conseguinte, não sofre influência da elevação da umidade. As espécies indicadoras dos grupos foram: Sebastiania brasiliensis Spreng. (G-1); Matayba elaeagnoides Radek., Myrceugenia myrcioides Cambess O. Berg, Myrceugenia oxysepala (Burret) D. Legrand et Kausel e Cinnamomum glaziovii (Mez) Kosterm. (G-2); e Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil & Tul. (G-3).
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