RESUMO: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa interinstitucional que se ocupou dos discursos de professores da escola básica, do Vale do Sinos, Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. Os informantes são acadêmicos de uma universidade da região que, por meio de entrevistas e/ou respondendo a um questionário, manifestaram suas representações sobre a inclusão social, em especial, a de sujeitos marcados por diferenças. O texto, mais do que produzir interpretações conclusivas, pretende descrever os discursos docentes relativamente às diferenças e à inclusão, tratando-os como fenômenos sociais visíveis na escola. A análise compartilha a ideia de que há desconforto, por parte dos docentes, no que se refere à diferença e à diversidade e, talvez por isso, a prática de professores seja um espaço de múltiplas resistências e reivindicações. Algumas aproximações com o currículo do curso de Pedagogia da universidade servem meramente para fins de exemplificação. Palavras-chave: Educação Inclusiva; Professores; Diversidade. THE SCHOOL INCLUSION UNDER THE PERSPECTIVE OF PRIMARY SCHOOL' TEACHERS ABSTRACT:This article presents the results of an inter institutional research that dealt with the discourse of primary school teachers at Escola Básica, a school in the Sinos River Valley, in the suburbs of Porto Alegre, Brazil. Informants are academics of a University in the region, who, through interviews and/or questionnaires, expressed their representations on social inclusion, in particular, the subjects marked by differences. Instead of producing conclusive interpretations, the study aims to describe the teachers' discourses regarding differences and inclusion, treated as social phenomena visible in school. The analysis shares the idea that there is discomfort, on the part of teachers, regarding difference and diversity. This may account for the fact that the practice of teachers is target of multiple confrontations and claims. Some approaches to the curriculum of the University's Pedagogy Program are merely presented as examples.
ResumoEste texto tem o propósito de discutir práticas socioeducativas que, ao priorizarem mais a formação para o trabalho, incorporam a forma de socialização escolar, contribuindo mais para o disciplinamento de jovens do que para sua formação e "libertação". Ressalta-se sua distancia em relação à educação popular freireana, denunciando os limites e possibilidades de uma formação de educadores que ocorre à margem de espaços de produção do conhecimento. Para tanto, nos apoiamos na pesquisa "Formação de Educadores em Práticas de Educação Não Escolar" (CNPq), onde acompanhamos reuniões pedagógicas de dois projetos socioeducativos, voltados para jovens, moradores da cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul.Palavras-chave: Educação não escolar. Práticas socioeducativas. Formação de educadores. Educação popular.Socialeducational practices and educator Socialeducational practices and educator Socialeducational practices and educator Socialeducational practices and educator Socialeducational practices and educator formation: new challengers in the social field formation: new challengers in the social field formation: new challengers in the social field formation: new challengers in the social field formation: new challengers in the social field Abstract Abstract Abstract Abstract AbstractThe purpose of this text is to discuss social-educational practices that aim primarily at job skill formation and, thus, integrate the process of school socialization, which contributes to the disciplining of the young rather than to their education and "liberation". We point out the gap between such practices and the popular education defended by Paulo Freire, revealing the limits and possibilities of an educator formation that operates on the fringes of knowledge production environments. To that end, we based our analysis on the program "Forming Educators in Nonschool Educational
RESUMOO artigo apresenta resultados de pesquisa em práticas de educação não escolar. Inicialmente delineia uma breve revisão sobre práticas socioeducativas, enquanto conceito e intervenção. Por meio de entrevistas individuais e da formação de grupos de discussão com educadores atuantes em projetos socioeducativos, buscou-se uma reflexão sobre suas práticas, levando em consideração as seguintes categorias de análise: formação, trabalho e sua natureza, conceito de socioeducativo, estraté-gias pedagógicas. A pesquisa então demonstra alguns resultados preliminares da investigação "Práticas de educação não escolar de sujeitos que atuam em projetos socioeducativos", entre eles, um traçado do perfil do educador e as principais categorias que advêm das análises das entrevistas. A análise, mesmo que parcial, evidencia quem são esses sujeitos e como eles se produzem, além de oportunizar um conjunto de reflexões sobre práticas de educação que são contextualizadas numa dada realidade e produtoras de novas sensibilidades.PALAVRAS-CHAVE práticas socioeducativas; formação; educadores.
O artigo busca evidenciar a vulnerabilidade de crianças e adolescentes no Brasil, num movimento de reflexão a partir da desigualdade social, na perspectiva do acesso à educação partindo de estudos bibliográficos, análise de Leis e dados sobre a realidade brasileira. Apresenta questões que versam sobre o conceito de vulnerabilidade no viés da assistência social e da importância das políticas públicas para as populações menos favorecidas, além de observar o quanto situações vulnerabilizadoras passam a ser um obstáculo para a conclusão do ensino básico de crianças e adolescentes, acentuando a exclusão social. Nessa perspectiva, o trabalho intersetorial, em que a proposição do diálogo e da comunicação sejam fatores fundamentais entre educação, assistência social e saúde, possibilita que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, que demandam por políticas públicas, permaneçam na escola e concluam a educação básica, degrau, mesmo que mínimo, na escala da cidadania.
Reflete sobre as inquietações do contexto contemporâneo, o esvaziamento das grandes narrativas e a fragilidade das utopias que ancoram as lutas e os movimentos sociais, para pensar o sentido da resistência. A análise é conduzida pela noção de cultura popular como campo que reflete as contradições do nosso tempo. Podemos ainda falar em cultura popular? Certamente, pois, diante da morte das utopias, mas também de sujeitos concretos e dos sonhos que são sua existência, é necessário pensar o popular como tradutor de um movimento criativo de resistência que ressignifica a vida.
RESUMO:Apresenta um texto argumentativo sobre as relações entre educação e redução de desigualdades, tomando como referência as práticas de educação desenvolvidas no Brasil e em Portugal voltadas para crianças, adolescentes e jovens socialmente vulnerabilizados. No caso brasileiro, toma o Programa Mais Educação (PME), como exemplo de política afirmativa, uma ação estratégica de articulação entre as áreas pedagógica e social, que executa ações prioritariamente dentro das escolas da rede pública e/ou na modalidade de parcerias, com ONGs e serviços comunitários executados por entidades do terceiro setor. No caso português, o enfrentamento ocorre por dentro do próprio sistema escolar, por meio das escolas de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIPs), uma medida de política de combate aos problemas de exclusão social e escolar, em um determinado espaço geográfico. Trata-se de práticas educativas que visam à articulação de medidas locais de caráter pedagógico, psicológico e social, disponibilizando recursos humanos (mais docentes, psicólogos, mediadores, assistentes sociais, educadores sociais), além de verbas específicas. Defende que em ambos os países a ideia de vulnerabilidade é sinônimo de risco social, exigindo uma abordagem diferenciada e específica sobre essa população por meio da promoção de sua educação. Aponta algumas das diferentes formas pelas quais tais experiências educativas, na qualidade de políticas afirmativas de enfrentamento da pobreza, aproximam-se e distanciam-se em ambos os países. Encerra ressaltando que os dois modelos de intervenção, embora com características distintas, estão voltados para os mesmos segmentos populacionais reconhecidos, em ambos os países, como demandantes de ações específicas no sentido da busca por equidade social. PALAVRAS-CHAVE:Educação. Desigualdades. Políticas Sociais. Vulnerabilidade Social. Brasil. Portugal.ABSTRACT: This is an argumentative paper on the relationship between education and reducing inequality, taking the pedagogical practices developed in Brazil and Portugal for socially vulnerable children, teenagers and youth as its reference. In the case of Brazil, it takes Program More Education (PME) as an example of affirmative policy, a strategic action for joining the pedagogical and social areas who primarily work to execute actions within the network of public schools and/or in partnerships, with NGO's and community services executed by third-sector entities. In the case of Portugal, the confrontation happens within the school system itself, through Educational Territories of Priority Intervention (TEIPs), a policy measure for fighting the
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.