Cultura e resistência: a criação do popular e o popular como criação

Abstract

Reflete sobre as inquietações do contexto contemporâneo, o esvaziamento das grandes narrativas e a fragilidade das utopias que ancoram as lutas e os movimentos sociais, para pensar o sentido da resistência. A análise é conduzida pela noção de cultura popular como campo que reflete as contradições do nosso tempo. Podemos ainda falar em cultura popular? Certamente, pois, diante da morte das utopias, mas também de sujeitos concretos e dos sonhos que são sua existência, é necessário pensar o popular como tradutor de um movimento criativo de resistência que ressignifica a vida.

Municipal Culture Incentive Law: what are their inclusive and democratic effects on local cultural production?

“…Based on the idea of hegemony and counter-hegemony, Chaui (1987) highlights popular culture as the expression of the dominated, constituted both by processes of acceptance, interiorization, reproduction, and transformation, and processes of refusal, denial, and withdrawal. Moura, Zucchetti and Menezes (2011) assert that culture can become a form of resistance when it assumes its creative capacity and reshapes itself, remaining intact to the onslaughts of hegemonic groups, or even appropriating them in order to become a collective movement for its own sake. This, in turn, can potentiate alternatives.…”