Resumo Iniciativas de política fiscal são comumente indicadas para amenizar as flutuações na atividade econômica, particularmente durante recessões severas, quando a política monetária torna-se menos eficaz. No entanto, a evidência empírica em países emergentes mostra que os gastos públicos exibem frequentemente um comportamento pró-cíclico e os desequilíbrios fiscais podem desencadear crises econômicas. Este trabalho tem por objetivo utilizar o modelo de fator dinâmico para construir um índice de fragilidade fiscal que permita analisar o comportamento cíclico da política fiscal no Brasil por meio de modelos de vetores autorregressivos (VAR). Utilizando dados mensais entre 1996 e 2019, a análise empírica verificou se as finanças públicas no Brasil se deterioram durante expansões na atividade econômica. Os resultados indicam que choques exógenos na produção aparentam reduzir a fragilidade fiscal e outros fatores que promovem a instabilidade macroeconômica contribuem para a deterioração das finanças públicas, como uma maior volatilidade cambial.
Resumo Fricções financeiras comprometem a eficiência com que sistema financeiro direciona recursos para o financiamento de gastos com consumo e com investimentos em bens de capital. Imperfeições no mercado financeiro elevam a volatilidade dos ciclos de econômicos, em razão de flutuações no prêmio de financiamento externo ou de mudanças no comportamento de risco dos agentes econômicos. Este artigo investiga se um aumento da fragilidade financeira compromete a estabilidade dos ciclos econômicos no Brasil. Utilizando dados mensais entre 1996 e 2018, um indicador de fragilidade financeira foi derivado com base no modelo de fator dinâmico e a estimação de modelos de vetores autorregressivos permitiu analisar o comportamento deste indicador nos ciclos econômicos. Os resultados indicam que um aumento na fragilidade financeira compromete o desempenho macroeconômico e revelam a importância da volatilidade cambial e do componente cíclico do nível de preços para as flutuações de curto prazo na atividade econômica no Brasil.
Economias emergentes dependem de um fluxo contínuo de recursos externos e são suscetíveis a ataques especulativos contra sua moeda, em razão de choques externos ou de fundamentos macroeconômicos frágeis. Este artigo tem por objetivo avaliar o impacto da fragilidade externa nos ciclos econômicos do Brasil entre 1996 e 2019. O trabalho utiliza o modelo de fator dinâmico para derivar um indicador de vulnerabilidade externa e o método dos momentos generalizado para analisar a importância da vulnerabilidade externa para as flutuações econômicas. Os resultados mostram que uma crescente vulnerabilidade externa está associada à expansão da atividade econômica no Brasil.
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