Introduction: Childhood occupations are central to understanding child development as an occupational development. Objective: This study aimed to identify how occupational therapists have approached children as occupational beings and which occupations have been described as children's typical occupations. Method: We searched the Web of Science, Eric, Sage and CAPES Portal of Periodicals databases for this literature review, using the descriptors 'children's occupations', 'occupational development' and 'occupational therapy', between 1997 and 2016. Data were analysed using the content analysis technique. Results: We identified 38 articles, of which 21 were selected for analysis, based on four classifications involving: 1) theoretical foundations for the study of children's occupations; 2) childhood occupations and typical development; 3) childhood occupations and atypical development; and 4) occupational therapy interventions to enhance the participation of children in occupations. Quantitative studies predominated, and most studies reflected the perspective of family members on child occupations. Conclusion: The relationship between child development and children's occupations involves occupational development. The existing limited research and reviews into children's occupational development, as well as the absence of Brazilian studies in this area, reveal opportunities for further research to provide greater knowledge concerning occupational therapy and childhood occupations.
A saúde do escolar tem sido estratégia de ação nas políticas de atenção básica, porém ainda representa vasto campo inexplorado para atuação de terapeutas ocupacionais na perspectiva da educação para todos. Este estudo pretendeu analisar repercussões de ações de prevenção e promoção na saúde do escolar com dificuldade de aprendizagem pelo terapeuta ocupacional, por meio da consultoria colaborativa com professores. Estudo de ancoragem qualitativa, do tipo exploratório, descritivo e de intervenção. Foi desenvolvido em uma Unidade de Educação Infantil na cidade de Belém (PA). A coleta de dados foi realizada no período de agosto à setembro de 2015 e os participantes foram 5 alunos que apresentavam queixas escolares e 3 professoras que acompanhavam esses alunos. Foi realizada observação direta do desempenho dos alunos e posterior intervenção junto às professoras, ancorada na abordagem de consultoria colaborativa. A partir das demandas identificadas em sala de aula e referidas pelas professoras, o processo de consultoria colaborativa resultou no provimento de recursos e estratégias de suporte a fim de minimizar os impactos das dificuldades de aprendizagem no desempenho escolar dos alunos, contribuindo assim para a promoção da saúde do escolar bem como prevenindo possíveis agravos. Observamos que a parceria entre terapeuta ocupacional e escola, por meio da consultoria colaborativa, potencializou processos educacionais inclusivos, no sentido da promoção e prevenção de agravos à saúde do escolar.
Introdução: Uma das principais demandas da terapia ocupacional brasileira é a sua institucionalização acadêmica. Isso abrange, entre outros aspectos, a atividade de pesquisa, a formação e atuação dos profissionais em programas de pós-graduação. Objetivo: Caracterizar os terapeutas ocupacionais mestres e doutores no Brasil quanto a formação pós-graduada e a atuação profissional. Procedimentos Metodológicos: A pesquisa foi realizada a partir de informações coletadas em plataformas eletrônicas como a Plataforma Lattes e a Plataforma Sucupira, entre outras. Os dados foram analisados por meio da análise estatística descritiva. Resultados: 1188 currículos de terapeutas ocupacionais com mestrado e/ou doutorado foram analisados. Identificou-se um aumento na quantidade de mestres e doutores nas duas últimas décadas (2000-2017) e que encontra-se em curso uma mudança de perfil da formação pós-graduada desses profissionais, o que implica na produção de conhecimento e na institucionalização acadêmica da área. Conclusão: Esta pesquisa permitiu identificar algumas implicações dessa formação para o desenvolvimento da terapia ocupacional enquanto profissão e como área de conhecimento no país.
RESUMO: Este estudo teve como objetivo identificar e analisar como a Terapia Ocupacional tem se vinculado ao campo da Educação Especial no Brasil, a partir da produção de conhecimento no campo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica nos dois periódicos brasileiros indexados de Terapia Ocupacional: a Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo e os Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, a partir da combinação de descritores terapia ocupacional AND educação especial OR inclusão escolar OR educação inclusiva. Os resultados envolveram 18 artigos e contemplaram o horizonte temporal de 2003 a 2017. Foi possível constatar uma estreita vinculação entre a Terapia Ocupacional e a Educação Especial, mais voltada ao favorecimento da inclusão escolar de crianças com deficiências. A atuação de terapeutas ocupacionais nos contextos educacionais mostrou-se com caráter eminentemente colaborativo com professores e demais atores do cotidiano escolar, no intuito de fornecer condições e oportunidades de aprendizado e participação para crianças cujo desempenho escolar seja afetado por situações limitantes ou deficiências. As principais formas de atuação envolvem: prescrição e provimento da Tecnologia Assistiva; adaptações ambientais, de brinquedos e materiais; e formação continuada para professores. É possível concluir que diversas e importantes práticas já vêm sendo realizadas por terapeutas ocupacionais no âmbito educacional e na interface com a Educação Especial, o que ratifica que estes são profissionais aptos para compor as equipes de inclusão educacional. Destaca-se a importância do aumento da inserção desse profissional nos ambientes e nos serviços educacionais, diante de suas relevantes contribuições para o campo.
ResumoO presente estudo objetivou verificar possibilidades de contribuição terapêutica ocupacional na formação de professores no que concerne à utilização de Tecnologia Assistiva junto a alunos com deficiência. Para compreender a Educação Inclusiva, buscou-se fundamentação teórica em autores como Galvão, Martins, Pelosi, Cavalcante, Lima, Frias e Menezes. Os participantes da pesquisa foram professores das salas de recursos multifuncionais das escolas municipais de Belém/PA. A metodologia consistiu em uma abordagem qualitativa e a coleta de dados, realizada em três momentos: aplicação de um questionário inicial, para identificar as principais demandas a serem contempladas na formação posteriormente proposta; a execução das formações, totalizando quatro momentos ministrados por profissionais e acadêmicos de Terapia Ocupacional sobre Tecnologia Assistiva; aplicação de um questionário final. Emergiram da análise dos dados as categorias: concepções dos professores acerca da Tecnologia Assistiva; benefícios da prática multiprofissional para a formação dos professores; Terapia Ocupacional x Inclusão Escolar. Os resultados encontrados apontam para a necessidade da formação continuada, não só do professor, mas da equipe profissional atuante no contexto inclusivo. Além disso, vale ressaltar a relevância do terapeuta ocupacional como profissional com potencial de auxiliar nesse processo, otimizando a interação, a funcionalidade e as habilidades do indivíduo com deficiência. As formações realizadas permitiram a sensibilização dos professores quanto às peculiaridades e individualidades dos alunos do Atendimento Educacional Especializado, o aprimoramento das práticas e abordagens pedagógicas, a otimização da relação alunoprofessor, bem como uma maior compreensão acerca das teorias e caminhos para a prática da utilização da Tecnologia Assistiva. Palavras-chave:Inclusão Escolar. Tecnologia Assistiva. Terapia Ocupacional. ASSISTIVE TECHNOLOGIES AND SCHOOL INCLUSION: OCCUPATIONAL THERAPY CONTRIBUTIONS FOR TEACHER EDUCATION FROM THE SPECIALIZED EDUCATIONAL SERVICE (SES) IN BELÉM (PA) AbstractThe present study aimed to verify the possible contributions for Occupational Therapy in teacher training regarding the use of Assistive Technology with students with disabilities. To understand the Inclusive Education, we sought theoretical foundation in authors like Galvão, Martins, Pelosi, Cavalcante, Lima, Frias and Menezes. The participants of this research were teachers of multi-functional resources room of public schools in Belém/PA. The methodology consists of a qualitative approach and data collection, executed in three stages: application of an initial questionnaire to identify the main requirements to be addressed in a later training; the implementation of training that totalizes four parts of discussion on topics related to Assistive Technology given by professionals and academics of Occupational Therapy; and application of a final questionnaire. From the data analysis the following categories emerged: teachers' conceptions about t...
É uma verdade universalmente reconhecida que a pesquisa clínica em terapia ocupacional vem crescendo em todo o mundo. O desenvolvimento de pesquisas deste tipo mostra-se essencial para os terapeutas ocupacionais, pois guia o raciocínio clínico e a tomada de decisões (HACKETT et al., 2014). Atualmente, podemos submeter nossos artigos para revistas especializadas em terapia ocupacional e áreas afins de maneira a divulgar nossos estudos em diferentes contextos, ou podemos acessar periódicos de todo o mundo e descobrir, por exemplo, o melhor tratamento disponível para facilitar o retorno ao trabalho de clientes que sofreram um Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou a maneira mais eficiente para desenvolver as habilidades sociais de uma criança com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Apesar da crescente e progressiva divulgação da Prática Baseada em Evidências (PBE), o uso de pesquisas para fornecer suporte clínico, a partir da internacionalização do conhecimento, em nosso campo, ainda representa um desafio.
O currículo vivido por alunos com deficiência na Universidade Federal do Pará: implicações para a educação inclusiva no ensino superior 1 ResumoEste artigo objetivou conhecer e analisar a perspectiva dos alunos com deficiência regularmente matriculados na Universidade Federal do Pará (UFPA) sobre o currículo vivido em seus cursos de graduação. Para tanto, buscamos conhecer essas vivências curriculares, pensando quais influências essas experiências podem exercer sobre a permanência e a conclusão dos cursos de graduação por esses alunos. A metodologia ancorou-se no paradigma qualitativo de pesquisa, seguindo a perspectiva materialista-histórica e dialética. Contou com uma revisão bibliográfica e com uma pesquisa de campo, por meio da aplicação de uma entrevista estruturada a cinco alunos com deficiência regularmente matriculados na UFPA. A análise dos dados foi realizada por meio da técnica de Análise do Conteúdo. Os resultados apontaram questões concernentes a entraves na vivência dos currículos de seus respectivos cursos de graduação devido à falta de apoio pedagógico e de recursos tecnológicos suficientes, bem como devido à falta de planejamento quanto aos elementos do processo de ensino e aprendizagem como avaliação, metodologias e recursos didáticos. Consideramos que conhecer essas vivências nos permitiu perceber lacunas e necessidades que devemos atentar para a materialização de práticas inclusivas no ensino superior.
Resumo A Educação Infantil é caracterizada por ocupações relacionadas ao brincar, ao autocuidado e à aprendizagem. Para a terapia ocupacional, a participação nessas ocupações reflete no desenvolvimento físico, cognitivo, social, afetivo e ocupacional das crianças. Este estudo objetivou analisar formas de participação infantil em ocupações nos contextos escolares e propor critérios para classificação dessa participação, na perspectiva da terapia ocupacional. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, de observação participante a partir da técnica das Descrições Narrativas. Participaram deste estudo quatro crianças com desenvolvimento típico (DT) e quatro crianças que faziam parte do Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), sendo uma com deficiência física e três com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para a análise dos dados, a técnica de Análise do Conteúdo fez emergir quatro formas de participação, a partir de elementos como envolvimento na ocupação, assistência necessária ou autonomia na participação, tolerância, interações sociais, motivação e iniciativa. Essas formas de participação foram denominadas de participação plena, participação ativa assistida, participação rudimentar e participação restrita. A participação plena foi preponderante manifestada pelas crianças DT e a participação ativa assistida esteve relacionada à criança PAEE com deficiência física. Já a participação rudimentar e a participação restrita foram evidenciadas exclusivamente por crianças PAEE com TEA. Consideram-se os resultados relevantes para a identificação precoce de facilitadores e barreiras para a participação, bem como para o adequado provimento de condições e intervenções que potencializem a participação de todas as crianças nos ambientes escolares e para o fortalecimento e ampliação da atuação dos terapeutas ocupacionais nestes.
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