O presente trabalho apresenta a análise de um mapeamento realizado com base nas publicações acerca da temática das Representações Sociais em periódicos nacionais, avaliados no estrato A pelo Qualis CAPES, na área de Ensino. Após a identificação e catalogação dos artigos, foi construído um banco de dados com auxílio de planilhas eletrônicas, levando em consideração as principais características dos trabalhos. Os dados coletados foram dispostos em tabelas e analisados por meio do uso do software Gephi 0.9.1 para a identificação de possíveis relações. Classificamos os trabalhos em três grandes áreas (Ciências Humanas, Ciências da Saúde e Multidisciplinar), considerando a classificação proposta pela CAPES e passamos a trabalhar com as principais características de cada área mediante as publicações. Por meio dos dados coletados, foi possível sinalizar uma predominância das pesquisas em Representações Sociais na área das Ciências da Saúde com ênfase para a questão da saúde coletiva. No entanto, o campo das Ciências Humanas também tem aplicado o referencial proposto por Moscovici (2012) e vem desenvolvendo um quantitativo crescente de investigações.
A pesquisa se constituiu no Laboratório de Pesquisa EDUCIRS em parceria com o grupo OBEDUC-GT RS do Núcleo PPCTE a partir do levantamento de trabalhos sobre representações sociais publicados em periódicos nacionais da área de Ensino, dos anos de 2000 a 2015 e permitiu a construção de um panorama, possibilitando diversos olhares que, nesse caso, convergiram no objetivo de conhecer as principais características desses estudos desenvolvidos na área de Ensino de Ciências, especificamente tratando de temas das Ciências Biológicas. O levantamento deu-se a partir de periódicos nacionais avaliados pela CAPES no estrato A. Foram identificados 21 artigos com assuntos relativos ao ensino de Biologia, com destaque os derivados das interações entre os seres vivos. As análises mostraram que esses estudos são relevantes na medida em que contribuem na compreensão dos processos de produção social de conhecimentos, além de sinalizarem caminhos na elaboração de práticas educativas para o ensino de Biologia.
No presente texto apresentamos o relato de nossa experiência de trabalho com Feira de Ciências, realizada no ano de 2018, em uma escola municipal de Ensino Fundamental do estado do Espírito Santo. O evento se efetivou mediante o desenvolvimento de atividades que incentivaram a problematização de temas cotidianos e o estabelecimento de investigações sobre alimentação, com um grupo de vinte e cinco alunos do 4° ano dessa etapa da Educação Básica. Foi possível notar, de maneira positiva, o envolvimento dos alunos com as atividades, que lhes permitiram a aquisição de conceitos científicos, a participação em discussões, a argumentação de posicionamentos e a concretização de ações científicas. Assumimos, nessa tarefa, o papel de mediadores, o que exigiu esforços no sentido de reestruturar práticas e posturas pedagógicas por meio de reflexões críticas acerca do ensino tradicionalmente aplicado.
Resumo Neste artigo objetivamos, com atenção ao referencial teórico-metodológico da Teoria das Representações Sociais, apresentar um estudo cognitivo-estrutural das representações sociais das vacinas expressas por um grupo de alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, marcando a relevância desses estudos em ações pedagógicas ancoradas na abordagem de aspectos sociocientíficos que permeiam as relações entre Educação em Ciências e Saúde. Partindo da evocação de palavras, por meio da abordagem estrutural da Teoria do Núcleo Central, sinalizamos um arranjo representacional sublinhado pela importância das vacinas na prevenção de doenças e na conservação da saúde, mas que causa dor e amedronta os estudantes. Pretendemos, diante das análises, construir encaminhamentos da relevância dos estudos que se dedicam à compreensão das formas de conhecimento cotidiano na condução dos processos de ensino e aprendizagens na perspectiva da (re)significação das relações entre Educação em Ciências e Educação em Saúde.
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