Este trabalho pretende analisar o português falado em Timor-Leste, apresentando uma característica notória dessa variedade que é o uso de certos advérbios como marcadores aspectuais e modais do verbo, principalmente o emprego de já como marcador de aspecto perfectivo, ainda marcador de aspecto progressivo/durativo, ainda não como modalizador negativo. Argumenta-se aqui que a influência principal na existência desses marcadores é a língua materna (L1) do falante, já que a maioria das línguas nativas de Timor-Leste é de origem austronésia, com a presença de um grande número de marcadores pré-verbais e pós-verbais para expressar diversas categorias gramaticais no verbo.
Este trabalho aborda as atitudes linguísticas dos falantes leste-timorenses diante do português como uma língua pluricêntrica. Para tanto, são discutidos os conceitos de pluricentrismo, variedades não dominantes (em relação as variedades linguísticas do português em diferentes estágios de formação) e de atitudes linguísticas. Aplicamos três métodos distintos (tratamento social, abordagem direta e abordagem indireta) para quantificar e avaliar as atitudes dos falantes de Timor-Leste em relação à presença da língua portuguesa em seu país; à importância das línguas locais; ao Português Brasileiro (PB); e às demais variedades do português, principalmente variedades africanas e o português falado em Timor-Leste. Os resultados alcançados é que os falantes leste-timorenses apresentam uma atitude romântica convergente, considerando como português apenas a norma europeia, associando-a a valores positivos (bom, bonito, correto etc.), enquanto as outras variedades, incluindo até mesmo o PB e o português falado por eles, são encaradas negativamente.
Este artigo tem vários objetivos, entre eles: discutir algumas questões teóricas sobre o método histórico-comparativo e sua aplicação nos estudos das línguas de Timor Leste. Para tanto, após uma breve apresentação das línguas leste- timorenses e algumas considerações teóricas sobre a linguística histórica (2), discutir-se-á sobre a pré-história (3) e o período histórico (4), assim como os diversos contatos linguísticos ocorridos na ilha durante os períodos citados.
A língua Tetun2 é a língua oficial de Timor-Leste, juntamente com a língua portuguesa. O Tetun, de origem austronésia, é a língua franca de grande parte do território leste-timorense provavelmente desde a época anterior à chegada do colonizador português, no século XVI. O presente artigo possui o objetivo de contribuir para a pesquisa em ecolinguística ao realizar uma tentativa de mapear alguns elementos ecológicos e não ecológicos na gramática da língua Tetun. Assim, na seção (1), serão feitas algumas considerações teóricas sobre a ecolinguística, juntamente com a visão ecológica do sistema linguístico e a importância da identificação dos elementos ecológicos e não ecológicos nas línguas. Na seção (2), será feita a análise do sistema linguístico tetunófono de acordo com a teoria ecolinguística adotada e desenvolvida na seção anterior. Finalmente, em (3), serão apresentadas as considerações finais.
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