A autolesão não suicida (NSSI) é o dano deliberado e autoinfligido ao tecido corporal com ausência de intenção suicida e sem fins sociais ou culturalmente aceitos. A autolesão tem uma alta prevalência entre adolescentes e adultos jovens, gerando preocupações entre cuidadores e instituições nas quais esses indivíduos estão inseridos. Entretanto, no Brasil, as intervenções e tratamentos eficazes para essa condição ainda são escassos. Este estudo teve o objetivo de identificar as intervenções e abordagens psicológicas utilizadas para o tratamento da autolesão não suicida. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura que utilizou o protocolo PRISMA e a técnica “bola de neve” para realizar o levantamento dos dados. Foram utilizadas quatro combinações de descritores para a busca nas bases: Portal de Periódicos Capes, PubMed, Lilacs, SciELO e PsycInfo. Ao total, esse estudo analisou 16 artigos. A terapia comportamental dialética e a terapia cognitivo-comportamental foram os referenciais teóricos mais utilizados, sendo o treinamento de habilidades a partir de módulos a técnica mais usada nas intervenções. Os resultados sugerem que tanto a terapia cognitivo-comportamental quanto a terapia comportamental dialética apresentam evidências moderadas de eficácia para o tratamento de autolesões.
Resumo Pesquisas de levantamento (survey) em Psicologia utilizando coleta de dados on-line (CDO) se tornaram muito populares no Brasil devido a sua facilidade e capacidade de reunir muitos participantes. Essa nova prática, no entanto, necessita de uma metodologia própria e levanta questões éticas importantes. Problematiza-se, neste artigo, a questão referente à inexistência de diretrizes brasileiras que estabelecem as melhores práticas para seu uso, a fim de alcançar o objetivo deste estudo teórico de explorar os dilemas éticos e metodológicos referentes ao uso de CDO e propor algumas diretrizes e soluções básicas para tais questões. Serão discutidas questões sobre consentimento, sigilo e confidencialidade e qualidade dos dados. Além disso, serão apresentadas possíveis soluções e alternativas discutidas na literatura. Conclui-se que a pesquisa com uso de CDO é muito importante para o cenário brasileiro atual, mas algumas precauções devem ser tomadas a fim de garantir a proteção dos participantes e pesquisadores, bem como a qualidade dos dados.
O presente estudo objetivou conhecer o poder preditivo dos traços de personalidade, dos valores humanos e do perfeccionismo para com a procrastinação acadêmica, propondo um modelo explicativo. Participaram 348 universitários, a maioria do sexo feminino (58,4%), com idade média de 22 anos. Estes responderam a Escala de Procrastinação Acadêmica; a Escala de Quase Perfeição – Revisada; o Questionário dos Valores Básicos; o Inventário dos Cinco Grandes Fatores da Personalidade e perguntas demográficas. Baseado na regressão, propôs-se um modelo explicativo no qual a conscienciosidade predisse as dimensões de perfeccionismo (adaptativo e desadaptativo) e estas, por sua vez, predisseram a procrastinação acadêmica. Os resultados apontam para um ajuste satisfatório deste modelo que contribuem para o entendimento da procrastinação acadêmica.
Academic satisfaction has been studied from different perspectives that considerate distinct ways of measurement. However, the plurality of evaluated facets prevents a more parsimonious assessment of the general students’ academic satisfaction. In the article, we aimed to provide psychometric evidence of the validity and reliability for the AMSS in Brazil in two studies (N = 893). In Study 1, an exploratory factor analysis and item parameters (Item Response Theory) support the one-factor solution and the suitability of the six items. Moreover, evidence for factorial invariance across gender and convergent validity with the PANAS and with the SWLS was also presented in Study 2. In conclusion, the present paper provides evidence of the adequacy of the AMSS to evaluate global satisfaction with the academics course in Brazil.
Autolesão não suicida são ações intencionais de causar dano ao próprio corpo, sem a intenção suicida e sem propósitos sociais ou culturalmente aceitos. Já os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) são definidos como crenças centrais e amplas que provocam emoções negativas e comportamentos disfuncionais. O objetivo do estudo foi investigar através de uma revisão sistemática de artigos nacionais e internacionais se existe uma relação entre autolesão não suicida e EIDs. Foram utilizadas as bases de dados: SciELO, PePSIC, Index Psi, PubMed, Scopus, Web of Science, Lilacs, Science Direct e PsycINFO (APA), com os descritores: “early maladaptive schemas”, “schema therapy”, “schemas” e “esquemas iniciais desadaptativos”, “Non-suicidal self-injury”, “NSSI”, “self-harm”, “self-injury” e “autolesão”. Para análise final foram selecionados 5 artigos. Apesar das pesquisas sugerirem uma relação entre autolesão e EIDs, os resultados ainda são inconclusivos e necessitam de mais investigação empírica com amostras diversas.
O estilo de resposta aquiescente é um padrão de resposta há muito reconhecido na literatura sobre psicometria e avaliação psicológica, assim como a tendência a utilização de pontos extremos e também a evitação de pontos extremos. A aquiescência pode ser definida como a tendência de concordar com itens de um questionário a despeito do conteúdo apresentado, especialmente em instrumentos que utilizam escalas do tipo Likert. Assim, o respondente pode endossar igualmente itens opostos (e.g., sou otimista; sou pessimista), afetando as evidências de validade e fidedignidade dos instrumentos. O objetivo deste artigo é fornecer uma introdução ampla do conceito, apresentando as principais abordagens explicativas, evidências atuais de correlatos e uma breve retomada histórica sobre o conceito. São apresentadas as clássicas abordagens de cunho motivacional e cognitivo, e a recente proposta de modelos mais integrativos para o entendimento da aquiescência. Por fim, são apresentados e discutidos os dois modelos estatísticos mais utilizados para o controle da aquiescência em pesquisas com escalas do tipo Likert na área de desenvolvimento de testes e avaliação psicológica.
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