OBJETIVO: Os objetivos desse estudo foram: constituir um protocolo piloto de avaliação do risco para disfagia, visando auxiliar o fonoaudiólogo a identificar e interpretar as alterações na dinâmica da deglutição, caracterizar os sinais clínicos sugestivos de penetração laríngea ou aspiração laringo-traqueal, definir pontualmente a gravidade da disfagia e estabelecer condutas a partir dos resultados da avaliação. MÉTODOS: O Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia foi elaborado com base na literatura, segundo a identificação dos pontos comuns a todos os protocolos de avaliação da deglutição. Os pontos não comuns foram excluídos e os itens julgados relevantes foram incluídos. RESULTADOS: O Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia foi constituído por três partes: teste de deglutição da água, teste de deglutição de alimentos pastosos, classificação do grau de disfagia e condutas. CONCLUSÃO: O Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia é baseado em uma proposição teórica e depende de sua aplicação populacional, em larga escala e por diferentes profissionais para que venha a se configurar como um teste validado em sua proposta. A contribuição aqui apresentada busca uma forma de contemplar, de maneira mais completa possível, a avaliação fonoaudiológica para o risco de disfagia em beira-de-leito, norteando a atuação fonoaudiológica e consolidando sua atuação baseada em evidências. A segunda fase desta pesquisa será experimental.
IntroductionThe development of postextubation swallowing dysfunction is well documented in the literature with high prevalence in most studies. However, there are relatively few studies with specific outcomes that focus on the follow-up of these patients until hospital discharge. The purpose of our study was to determine prognostic indicators of dysphagia in ICU patients submitted to prolonged orotracheal intubation (OTI).MethodsWe conducted a retrospective, observational cohort study from 2010 to 2012 of all patients over 18 years of age admitted to a university hospital ICU who were submitted to prolonged OTI and subsequently received a bedside swallow evaluation (BSE) by a speech pathologist. The prognostic factors analyzed included dysphagia severity rate at the initial swallowing assessment and at hospital discharge, age, time to initiate oral feeding, amount of individual treatment, number of orotracheal intubations, intubation time and length of hospital stay.ResultsAfter we excluded patients with neurologic diseases, tracheostomy, esophageal dysphagia and those who were submitted to surgical procedures involving the head and neck, our study sample size was 148 patients. The logistic regression model was used to examine the relationships between independent variables. In the univariate analyses, we found that statistically significant prognostic indicators of dysphagia included dysphagia severity rate at the initial swallowing assessment, time to initiate oral feeding and amount of individual treatment. In the multivariate analysis, we found that dysphagia severity rate at the initial swallowing assessment remained associated with good treatment outcomes.ConclusionsStudies of prognostic indicators in different populations with dysphagia can contribute to the design of more effective procedures when evaluating, treating, and monitoring individuals with this type of disorder. Additionally, this study stresses the importance of the initial assessment ratings.
OBJETIVO: Relatar os resultados da avaliação clínica completa da deglutição em pacientes críticos de um hospital de ensino de grande porte na cidade de São Paulo. MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo, descritivo, no período de setembro a novembro de 2009, em uma unidade de terapia intensiva de emergências clínicas de trinta leitos, de um hospital terciário de grande porte do Brasil. Foram encaminhados 35 pacientes para a avaliação fonoaudiológica clínica da deglutição. Para a avaliação clínica completa da deglutição na unidade de terapia intensiva, foram preconizados os seguintes protocolos: Protocolo de Avaliação Preliminar (PAP), Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD) e Protocolo de Introdução e Transição da Alimentação por Via Oral (PITA). RESULTADOS: Neste estudo, foi constatada uma prevalência de 63% de disfagia orofaríngea (DO) na UTI, sendo a maioria destas classificadas como moderada e moderada-grave (39%). Entre os pacientes encaminhados para avaliação da deglutição, 74% apresentaram intubação orotraqueal prévia. A análise estatística revelou as variáveis que poderiam classificar corretamente os pacientes como tendo ou não DO nos testes clínicos. Esses indicadores clínicos incluíram: força da tosse, coordenação pneumofonoarticulatória, gravidade da disfonia e elevação laríngea. Vinte e seis pacientes (74%) completaram todos os protocolos. Desse total, 38% retornaram à dieta regular. CONCLUSÃO: A prática com protocolos padronizados mostra-se como uma importante opção no gerenciamento da disfagia orofaríngea na unidade de terapia intensiva.
This article proposes a panel of quality indicators for the management of swallowing rehabilitation (SR) therapy in a hospital setting. There were four stages in developing these indicators: identifying procedures to be managed; generating indicators and standardizing data collection; identifying the correlation among indicators; and formulating the panel of indicators. The following 12 quality indicators were developed: swallowing evaluation index; individual care index; speech-language pathologist (SLP) care index; number of assisted patients index; severity rate; swallowing diagnosis rate per hospital unit; swallowing rehabilitation demand index; time until first swallowing evaluation; SLP index per hospital bed; time until removal of feeding tube; time until reintroduction of oral feeding; and time until decannulation. The proposed indicators were designed to improve the management of dysphagia in a hospital setting. Measuring these indicators is essential to understanding the patient's needs and providing quality care. Managing care using these indicators will make it easier to track the patient's rehabilitation process, measure the effectiveness of new therapeutic processes and technologies, and evaluate the performance of hospital units relative to other providers in the area. The management of SR using quality indicators allows the effectiveness and efficiency of rehabilitation programs to be clearly evaluated. RESUMOEste estudo propõe um painel de indicadores de desempenho para a gestão de um programa de reabilitação da deglutição (PRD) em ambiente hospitalar. Para a elaboração do painel de indicadores foram estabelecidas quatro fases: identificação de processos a serem gerenciados; elaboração dos indicadores e padronização de obtenção dos dados; classificação e proposição de correlação de indicadores; elaboração do painel de indicadores. Os resultados apontam 12 indicadores: índice de avaliação da deglutição; índice de atendimento por paciente; índice de atendimento por fonoaudiólogo; índice de pacientes atendidos; taxa de gravidade; taxa de avaliação por unidade de internação hospitalar; índice de demanda para reabilitação da deglutição; tempo para avaliação da deglutição; índice de fonoaudiólogo por leito; tempo para retirada da via alternativa de alimentação; tempo para o retorno da alimentação por via oral; tempo para decanulação. O processo de medição de indicadores é essencial para entendimento e gerenciamento da disfagia em ambiente hospitalar e delineamento da qualidade. O gerenciamento por indicadores padronizados favorece a análise do desempenho ao longo do tempo, frente à inclusão de novos processos ou tecnologias, e a comparação a outros Serviços julgados como referências no setor. Este gerenciamento contribui para que a eficácia e eficiência dos programas de reabilitação sejam evidenciadas.
IntroductionOral transit time is one of the parameters observed during the clinical assessment of the swallowing function. The importance of this parameter is due to its impact on the total duration of a meal, whose consequence can be an unfavorable nutritional prognostic.ObjectiveTo document scientific papers that measure oral transit time in healthy subjects.MethodThe review followed the steps proposed by the Cochrane Handbook. The search was done via the PubMed database through the use of descriptors related to the oral phase of swallowing, as well as to types of food consistency.ResultsThe articles on the theme had different definitions for oral transit time, as well as heterogeneity of tested volumes, age and gender of the participants. The times found varied from 0.35 s to 1.54 s for liquids, from 0.39 s to 1.05 s for pasty foods and from 1 s to 12.8 s for solid foods. Also, regardless of volume or consistency, oral transit time in elderly people is significantly longer than in adults.ConclusionThere's no consensus in the literature about oral transit time in healthy subjects. However, this parameter should be valued during the assessment of the swallowing function due to its negative impact on the dynamics of swallowing, which can cause high energy expenditure during feeding.
Agradeço a Deus por me conduzir por caminhos que julgo certos na construção pessoal e profissional. Como fonte de energia, permitiu que pessoas muito especiais fizessem parte da minha história. Abençoada por muitas realizações! Aos meus pais e irmão, presentes que me foram dados pela vida, obrigada pelo amor e apoio ao longo da minha formação, pelo exemplo de vida, de persistência, de responsabilidade e por me ensinarem a buscar ser uma pessoa melhor a cada dia. À minha orientadora, minha mestra, Profa Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade pela condução séria pelos caminhos da ciência e do conhecimento. Agradeço as orientações, as broncas, a confiança e investimento! Ao Dr. Waldemir Washington Rezende, que talvez não saiba, mas foi fundamental no meu despertar pela ciência da administração, me incentivando e oferecendo oportunidades e exemplos no início da minha carreira profissional! Ao Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento pelas oportunidades e confiança. À minha família Pedroni e Moraes, meu refúgio, pelo carinho e respeito. Agradeço a compreensão nos momentos em que precisei me ausentar para o desenvolvimento desta dissertação. Às minhas amigas Fgas.
iii AGRADECIMENTOS " (...) e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz!" Gonzaguinha Dentre acertos, erros, caminhos fáceis e difíceis da minha vida acadêmica, muitos estiveram sempre presentes e apoiando cada momento:
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