Esta dissertação versa sobre o mundo do trabalho contemporâneo e suas implicações sociais e econômicas na esfera de gênero. Aqui abordamos a situação das mulheres bolivianas no setor de confecção na cidade de São Paulo, no período de 1980 a 2010. Procuramos, através desta pesquisa, elucidar os modos de inserção e permanência deste grupo na referida cidade, observando os papéis que desempenha na economia informal, através do seu trabalho no setor de confecção; buscamos, também, ampliar a compreensão acerca do mundo do trabalho contemporâneo, reestruturação produtiva e a questão de gênero. Para tanto, utilizamos como principais fontes as fichas de coletas de dados da Pastoral do Migrante no processo de Anistia de 2009, dados do setor de têxteis e confecção, além de entrevistas.
Nos propusemos a debater os sentidos mais profundos das recentes políticas educacionais, que são a BNCC e a reforma do Ensino Médio, e suas implicações na conformação de um currículo culturalmente rebaixado e instrumentalizado para atender aos desígnios do capital neoliberal. Aludimos a importância de múltiplos aparelhos privados de hegemonia na direção desse processo, com destaque para o Movimento pela Base, convergentes e articulados na expropriação cultural do processo de formação integral e desinteressado dos estudantes brasileiros.
Neste artigo, buscamos debater como os teóricos Karl Marx, Nicos Poulantzas e Antonio Gramsci nos oferecem subsídios para problematizar o Estado na sociedade capitalista e o caminho de superá-lo, pela via socialista, no processo de formação da sociedade comunista. Entendemos esses autores como basilares para a compreensão do Estado como elemento imprescindível, substancial e intrínseco das relações de reprodução ou emancipação humana. Assim, nos amparamos nas possibilidades da Pedagogia Histórico-Crítica que no campo da educação, com seus referenciais didático-pedagógicos, muito contribui para esse processo de mediação de superação da sociedade produtora de mercadorias, para uma sociedade em que o ser humano possa emancipar-se, ultrapassando as iniquidades e a reificação tão características da forma social capitalista.
implicações no processo de formação do jovem estudante brasileiro. Entendemos que essa reforma – engendrada por aparelhos privados de hegemonia internacionais e nacionais, imposta pela lei 13.145/2017, na esfera da educação, imbricada com outras dimensões da hegemonia neoliberal na atual quadra histórica – configura-se numa política educacional tecnicista de expropriação cultural do processo formativo integral dos filhos e filhas das classes subalternas, cuja perspectiva é moldar um comportamento psicofísico adequado às necessidades do mercado de trabalho, isto é, do capital. Neste sentido, aludimos a importância de disputar na sociedade civil e na sociedade política a premência de uma formação cultural que possibilite ao aluno um desenvolvimento escolar unitário e desinteressado que potencialize todas as suas qualidades intelectuais e práticas.
Discutimos neste artigo a contação de histórias como metodologia didática no processo formativo de crianças entre 6 e 12 anos de idade, que participaram de um programa de educação integral, sob a perspectiva da educação não formal, e orientação formativa de educadores sociais. Nosso objetivo é discutir a relação construída, por meio de metodologias educativas de caráter crítico, que envolveram a oficina de teatro, realizada durante os períodos de 2015-2019. Em especial atenção, a título de compreensão do processo de construção do fazer da educação não formal e em sua interpretação crítica, discutimos uma das experiências formativas neste período. Com enfoque na metodológica qualitativa, levantamos aqui um relato de experiência, a partir do entendimento da importância da contação de histórias como ferramenta metodológica na superação das tensões sócio-históricas, assim como, na construção da superação do senso comum, em sentido gramsciano e práticas de sociabilidade mais cidadãs e críticas.
Tratamos neste artigo sobre as possiblidades de engajamento político-cultural no contexto pandêmico da Covid-19, as reais perspectivas de articulações sociais no âmbito de disputas por políticas que não atendam somente os aspectos da sobrevivência imediata, mas também que visem resoluções no campo democrático que nos levem a uma transformação qualitativa de nossa sociedade. Encontramo-nos diante do sentimento, descrito por Ernst Bloch, de uma “falta de algo” que nos incita a buscar outro modo de vida, os sentidos utópicos que nos levam à efetiva luta. Assim, aqui buscamos elucidar os preceitos das estruturas — tais como os lobbies do setor de tecnologia e seus conglomerados, os avanços antidemocráticos, instrumentalizados pela Lawfare, autoritarismo e anticonstitucionalismo do governo federal brasileiro, os ataques aos trabalhadores da educação e à própria disputa no setor educacional como campo de controle¬ —, que podem nos encaminhar para o rompimento das distopias que cercam o cotidiano da classe trabalhadora, em especial a realidade educacional brasileira e seus desafios e gargalos que se exponenciam com a pandemia da Covid-19.
Palavras-chave: Utopias. Distopias. Neoliberalismo. Educação. Pandemia da Covid-19. Ideologia.
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