Introdução: A doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) é responsável por repercussões sistêmicas a médio e longo prazo. Fadiga e redução da aptidão cardiorrespiratória são sintomas frequentemente relatados. Objetivo: Avaliar a condição aeróbica de pacientes que foram infectados pelo SARS-COV-2 e as repercussões cardiorrespiratórias de acordo com a gravidade da doença. Métodos: Foram analisados os prontuários dos pacientes acometidos pela COVID-19 e submetidos ao teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) em um hospital privado em Aracaju/SE, decorrido, pelo menos, um mês do quadro viral agudo. Os voluntários foram divididos em 3 grupos, conforme a gravidade da doença: G1-leve, G2-moderada e G3-grave. Os pacientes foram submetidos ao TCPE, onde eram avaliadas as respostas cardiovascular, respiratória e periférica ao esforço. Resultados: A amostra constou de 80 indivíduos e os exames foram realizados, em média, 135,12 ± 90 dias do início dos sintomas. A idade média foi de 47±12,7 anos, com predominância do sexo masculino. O consumo de oxigênio no limiar anaeróbico em relação ao predito foi menor no G3. Não houve comprometimento da espirometria pré-esforço, da reserva ventilatória, da saturação de oxigênio e da eficiência ventilatória. Do ponto de vista cardiovascular, o pulso de oxigênio e a captação periférica do consumo de oxigênio tiveram comportamento normal nos três grupos. Na análise multivariada de covariância, a gravidade da doença teve influência na condição aeróbica. Conclusão: A condição aeróbica foi menor no grupo de maior gravidade da COVID-19, possivelmente pelo descondicionamento físico, uma vez que os parâmetros do desempenho cardiovascular e respiratório exibiram comportamento normal.
As funções da equipe pluridisciplinar no cuidado da covid-19 The functions of the multidisciplinary team in the care of covid-19
Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) caracteriza-se hemodinamicamente por uma pressão arterial pulmonar média (PAPm) >20 mmHg em repouso. Pacientes com Esclerose Sistêmica (ES) podem ser acometidos pela HAP e evoluir com prognóstico reservado. O padrão ouro para o diagnóstico é o cateterismo direito do coração, mas métodos não invasivos permitem o acompanhamento anatômico e funcional para avaliação da gravidade e do tratamento. O Teste Cardiopulmonar de Exercício (TCPE) avalia a condição aeróbica, o possível mecanismo responsável pela redução da capacidade de exercício e os marcadores de prognóstico, sendo reconhecido seu papel em pacientes com ES e HAP. Objetivo: O estudo tem como objetivo utilizar o teste cardiopulmonar de exercício no diagnóstico diferencial da dispneia em paciente portadora de hipertensão pulmonar primária. Metodologia: Trata-se de relato de caso associado à revisão de literatura. Conclusão: No caso clínico abordado, fica evidente a importância do TCPE no diagnóstico diferencial da dispneia e na avaliação de marcadores prognósticos, auxiliando na decisão terapêutica, a fim de proporcionar maior qualidade de vida e sobrevida dos pacientes.
Introdução: A varfarina constitui um dos principais fármacos utilizados na prevenção de fenômenos embólicos. Como o seu metabolismo é influenciado por diversos fatores, a sua efetividade terapêutica é avaliada pelo TTR (Time in Terapeutic Range) do INR (Razão Normalizada Internacional) do tempo de protrombina. Todavia, tem sido relatada grande variabilidade do TTR entre os serviços de cardiologia. Objetivos: Avaliar o TTR de um ambulatório de anticoagulação e identificar os fatores impeditivos para se atingir o TTR ≥ 60%. Metodologia: Foram avaliados 130 prontuários de pacientes tratados com varfarina, no Hospital da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), localizado na cidade de Aracaju/SE, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2019. Foram coletados os principais achados demográficos, clínicos e os INR do período do estudo. As variáveis quantitativas foram descritas como média ± desvio padrão, e a comparação entre os grupos foi realizada por meio do teste t de Student. As variáveis categóricas foram sumarizadas como número absoluto e percentagens e a comparação mediante os testes Qui quadrado (X²) e exato de Fischer, quando apropriado. Para análise das variáveis associadas ao TTR < 60%, foi utilizada a regressão logística, por intermédio do método “forward stepwise” e “backward stepwise”. Resultados: Os pacientes tinham idade média de 57,6 ± 16,2 anos e 88 (67,7%) voluntários exibiam fibrilação atrial. A média do TTR foi de 64,4%. A chance de apresentar TTR ≤ 60% foi: 1,69 vezes nos indivíduos do sexo feminino, 1,92 vezes nos portadores de diabetes mellitus (DM), 1,95 vezes em pacientes com trombofilia e 2,17 vezes naqueles que apresentaram acidente vascular cerebral (AVC). Conclusão: Os pacientes tratados com varfarina no HU-UFS exibiram o excelente TTR de 64%. Por outro lado, as mulheres e os portadores, de DM, AVC e trombofilia, tiveram maior chance de apresentar TTR < 60%.
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