A pandemia de COVID-19 impôs limitações para os cenários de educação formal presencial. Por outro lado, essas limitações também convidaram para a inovação, seja na perspectiva das práticas educacionais ou nos conteúdos abordados. O presente artigo apresenta um relato de experiência, na percepção de um estudante de Sistemas de Informação, no contexto da disciplina de Avaliação em Interação Humano-Computador. Métodos de inspeção e observação foram aplicados na configuração de legado digital do Facebook. Dessa forma, o tema da finitude da vida foi abordado permitindo que as habilidades sociais e comunicativas fossem desenvolvidas, além das habilidades técnicas.
A constituição de um legado digital e as implicações da morte para a gestão póstuma de dados devem ser abordadas no contexto da sala de aula. Neste artigo, são partilhadas as reflexões dos alunos no contexto da disciplina Avaliação na Interação Humano-Computador. A pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, foi realizada a partir de uma experiência pedagógica em que todo o conteúdo da disciplina foi abordado com foco nos sistemas de gestão do legado digital. Ao final do curso, foi aplicado um questionário com o objetivo de compreender a percepção do aluno sobre o processo formativo vivenciado. Os dados revelam que a experiência foi positiva tanto para a aquisição de conhecimentos sobre os métodos de avaliação, como para as reflexões sobre a finitude da vida.
A morte é um tema evitado na sociedade brasileira, seja no contexto presencial ou no contexto virtual. Entretanto, a Educação para a Morte vem sendo defendida há mais de uma década tanto na Educação Básica quanto no Ensino Superior. O presente artigo visa relatar a experiência de um estudante da disciplina que trata da aplicação de métodos de Avaliação em Interação Humano-Computador, tendo como domínio um sistema para configuração de legado digital. Para avaliar a configuração de contato herdeiro do Facebook, foram aplicados métodos de investigação, inspeção e observação. De forma geral, os resultados indicam que a interface predominantemente textual dificulta a interação.
Death has become increasingly visible on social networks, especially after COVID-19, and Facebook addresses that with double standards: while some profiles remain active, others turn into memorials. This article investigates how Facebook’s system deals with dead users’ profiles either to support or restrict interactions concerning users’ deaths. Our qualitative analysis of data from 54 public profiles of people who died between June 2020 and March 2021 showed that (i) Facebook fails to communicate the criteria for transforming profiles into memorials; (ii) no information about their contacts of deceased users’ profiles is given; (iii) the frequency of interaction with memorials and with active profiles is different; (iv) profiles’ privacy settings shape interaction. Our results exemplify how a sociotechnical system influences people’s interactions with dead users’ profiles. We herein highlight implications for interaction design and evaluation, besides the need to consider interaction as existence, which raises big challenges to the Human Computer Interaction (HCI) community.
Na contemporaneidade, todos os setores da sociedade misturam-se ao espaço virtual e às tecnologias. Do mesmo modo, a arte sempre incorporou em suas propostas as tecnologias de seu tempo, em especial, hoje, os meios digitais. Nesse processo, a morte, seus ritos, o luto, a dor e outros aspectos culturais relacionados também ganham uma nova face nas culturas digitais. Considerando isso, esta pesquisa exploratória ambiciona mapear e entender obras de arte digital que tratam a morte, identificando-as e descrevendo-as. Desse modo, foi possível perceber as principais abordagens e tecnologias utilizadas em obras de arte digital que pautam a morte, bem como os modos de representação desse tema na arte digital.
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