Coloniality is constructed through a tangle of multiple hierarchies. Moreover, peripheral Black women are often the ones affected by colonial violence. Strategies of reparation for these violations must be concrete for
Este estudo buscou elucidar a relação entre a cultura patriarcal e a ocorrência de feminicídio íntimo no Estado do Ceará. Trata-se de pesquisa documental, realizada por meio de reportagens de jornais, cujo ponto de interseção foi o assassinato de mulheres por seus ex- ou atuais companheiros. A busca se deu em 3 periódicos locais (Diário do Nordeste, G1 Ceará e O Povo Online), com uso dos descritores feminicídios e feminicídios íntimos no Estado do Ceará e recorte de uma década para análise e discussão. Foram selecionados 54 casos de feminicídio ocorridos entre 2011 e 2021. Buscou-se compreender os principais aspectos históricos relacionados à cultura patriarcal vigente e às nuances da violência contra a mulher. Alguns marcadores foram evidenciados de modo recorrente nos casos de feminicídio, como violência anterior ao crime, ciúmes e a não aceitação do fim do relacionamento. Constatou-se que a maioria dos casos de feminicídio íntimo ocorre no interior do estado, contexto que pode incidir sobre uma expressão mais contundente da cultura patriarcal e do machismo. Além disso, lançamos como reflexão possíveis dificuldades de acesso aos direitos sociais básicos, que poderiam proporcionar uma rede de proteção e apoio às mulheres.
O desenvolvimento das desigualdades sociais, raciais e de gênero no Brasil tem suas origens no processo de colonização. Igualmente, a origem eurocêntrica, cientificista e colonial atravessa a Psicologia a partir da colonialidade. Utilizando fundamentos da Psicologia da Libertação e dos estudos decoloniais, tem-se como objetivo analisar a atuação com as comunidades em situação de pobreza como estratégia de decolonização da Psicologia brasileira. Resgatar a memória histórica, potencializar as ações de resistências coletivas interseccionais e enfrentar as desigualdades coloniais são estratégias apontadas para transformar de forma decolonial esse modo de fazer da Psicologia. O profissional deve questionar seus marcadores de privilégio e de opressão baseados em raça, classe, gênero e território. A atuação precisa utilizar metodologias participativas, potencializando as estratégias de resistências históricas das populações negras e indígenas e escolhendo as comunidades em situação de pobreza como campo de ação.
Este artigo se propõe a socializar a história do Movimento Cada Vida Importa: A Universidade na Prevenção e no Enfrentamento da Violência no Ceará (MCVI) em seu primeiro ano de atividades. Inicialmente, abordam-se as condições de surgimento e os princípios básicos do MCVI. Em seguida, contextualiza-se o cenário de violência no Estado do Ceará em 2018, com dados críticos e interrogações sobre suas novas manifestações – como o aumento vertiginoso de homicídios de meninas. A ausculta de contextos e a escuta de diversificados atores sociais vêm sendo consideradas constantemente nas ações desse coletivo e são expostas a partir de dimensões axiais: a) sensibilização; b) mobilização; c) formação; d) articulação; e e) incidência. Ao final, este estudo apresenta alguns desafios postos para o MCVI em 2019, considerando as mudanças do cenário político e a crise da segurança pública do estado no mês de janeiro. Constata-se que o MCVI reconhece a necessidade de obter maior capilaridade nas instituições de Ensino Superior (IES), tanto em termos de sua ampliação para um número maior de unidades de ensino e campos do saber quanto da inclusão de outros atores sociais das IES – como os servidores técnico-administrativos e os trabalhadores de apoio. É o MCVI em movimento.
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