RESUMOIntrodução: O Hematoma Subdural Crônico (HSDC) é uma condição neurocirúrgica comum, em que os pacientes sintomáticos são, em geral, tratados com trepanação e drenagem. Estudos, porém, sugerem que o uso de TXA pode prevenir quadros sintomáticos e recorrências pós-cirúrgicas. Neste trabalho, tais evidências serão revisadas. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica qualitativa que incluiu artigos publicados entre os anos de 2006 e 2020. As buscas foram realizadas nas bases de dados bibliográficas PubMed, Scielo e Google Scholar, a partir de artigos científicos escritos em inglês e português. Discussão: O 1º estudo sobre o tema avaliou 18 pacientes com HSDC tratados apenas com TXA. Observou-se redução do volume dos hematomas, média de 55,6 ml para 3,7 ml, e ausência de recorrência ou progressão destes. Porém, um questionário sobre terapêuticas utilizadas por neurocirurgiões no HSDC mostrou que, em relação ao tratamento conservador, 21% adotam essa conduta regularmente. Dentre esses, o uso de TXA é adotado por 45%, mas só é utilizado raramente. Um relato de caso demonstrou a eficácia do TXA para HSDC em pacientes em anticoagulação. Após recorrências do HSDC, na 5ª cirurgia, utilizaram-se doses de TXA, com resolução dos sintomas e, após 9 meses, ausência de hematoma residual. Estudo comparou pacientes com e sem uso de TXA após o tratamento cirúrgico: os volumes residuais encontrados foram menores no grupo que recebeu a medicação, e não foram evidenciados efeitos colaterais do TXA. Uma revisão sistemática foi feita com 26 estudos randomizados controlados em andamento, com 5 estudos analisando o uso de TXA, avaliando sua eficácia tanto como monoterapia quanto adjunto ao cirúrgico. Um protocolo de tratamento conservador (TRACS) tem sido proposto e encontra-se em fase IIB e propõe realizar 20 mg/kg/48h EV em 1 mês e em seguida 10 mg/kg/48h VO, com suspensão do TXA após resolução completa na TC de crânio. Conclusão: É evidente que os últimos estudos realizados demonstram certo benefício no uso de TXA em pacientes com HSDC, no entanto, não está claro ainda se maior benefício seria atingido naqueles pacientes em tratamento apenas conservador ou cirúrgico associado, ou ainda quais critérios seriam utilizados para indicar o uso do medicamento.
Introdução: O hímen localiza-se na abertura do introito vaginal, no limite entre os órgãos genitais femininos internos e externos. Possui importância simbólica em algumas culturas por marcar o inícioda vida sexual da mulher. Na embriologia, o seio urogenital origina os dois terços inferiores da vagina,a qual, em torno do 5º mês de vida embrionária, torna-se uma placa canalizada, porém ainda separada por uma delgada lâmina, que virá a ser o hímen. A porção central da membrana himenal desaparece antes do nascimento, resultando na abertura do hímen da vagina para o introito e sua borda pode apresentar-se fimbriada, circunferencial ou posterior. Variações himenais anormais, como hímen navicular, septado, cribriforme (tipo “peneira”), microperfurado e imperfurado resultam de diferentes graus de falha da abertura central no período perinatal. Quanto ao hímen septado, trata-sede uma condição incomum que pode cursar com infecções recorrentes e dispareunia, afetando a qualidade de vida da mulher. Relato de caso: Paciente de 27 anos, coitarca há seis meses, com dispareunia à penetração desde o início da vida sexual. Negava patologias. Ao exame, apresentava hímen septado com orientação vertical, sem outras alterações em órgãos genitais externos. Ecografia da pelve condizente com a normalidade para a faixa etária e gênero. Realizou-se exérese ambulatorial de septo himenal com bisturi elétrico, sob anestesia local, sem intercorrências. Na reavaliação, o orifício himenal era pérvio, sem sinais de suboclusões, sem aderências e com cicatrização completa. A paciente foi liberada para atividade sexual e evoluiu sem queixas. Conclusão: O processo embrionário de canalização do canal vaginal pode resultar em variações suboclusivas himenais, como o hímen septado, que possui um modo de herança ainda pouco conhecido, havendo o risco de outras mulheres da família apresentarem uma anormalidade semelhante. Contudo, não há associação com malformações anogenitais ou do trato urinário, tal como pode ocorrer em casos de oclusão total (hímen imperfurado). No hímen septado, há passagemdo fluxo menstrual sem formação de hematocolpo, mas, pela presença do tecido no local, pode haver retenção de parte desse fluxo, favorecendo a ocorrência de vulvovaginites. Ele pode ainda dificultar a inserção de tampões e cremes vaginais e causar dispareunia à penetração. Logo, a detecção da variante himenal deve ser ao nascimento e a correção cirúrgica é indicada na puberdade, antes da menarca, para evitar complicações associadas ao fluxo menstrual ou à atividade sexual. Pode ser feita em consultório, sob anestesia local, com o consentimento da paciente. Esse relato mostra a importância do exame físico da genitália externa na pré-púbere, evitando um diagnóstico tardio, que ainda é o mais comum e que afeta a qualidade de vida das pacientes. As anomalias suboclusivas do hímen devem ser diferenciadas de malformações graves e é necessário considerar a possibilidade de ocorrência familiar.
Introdução: O Hematoma Subdural Crônico (HSDC) é uma condição neurocirúrgica comum, em que os pacientes sintomáticos são, em geral, tratados com trepanação e drenagem. Estudos, porém, sugerem que o uso de TXA pode prevenir quadros sintomáticos e recorrências pós-cirúrgicas. Neste trabalho, tais evidências serão
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