Este trabalho foi construído com ajuda de muitas pessoas, a quem gostaria de agradecer. Ao meu orientador, Prof. Dr. José Guilherme Cantor Magnani, pelo incentivo e apoio dado desde o curso de graduação em Ciências Sociais. Meu amadurecimento como aluna e pesquisadora é devedor de seus estímulos e de sua generosidade em ouvir os problemas e desafios da pesquisa. Junto a ele, tive a feliz oportunidade de conviver com um grupo de pesquisadores do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU), com quem iniciei e compartilhei a pesquisa em vários momentos:
e exposições do Museu do Futebol. ResumoO artigo propõe um sobrevoo sobre os desafios envolvidos na patrimonialização do futebol, entendido como um fenômeno dinâmico que permeia diferentes áreas da vida social. A reflexão tem como mote o Museu do Futebol, inaugurado em setembro de 2008 e localizado no Estádio do Pacaembu, São Paulo. O comportamento do visitante e a relação estabelecida entre este e o acervo exposto são a chave para compreender como o MF constituiu-se, neste curto espaço de tempo, em um local no qual diferentes agentes protagonizam um processo de identificação a partir dos elementos simbólicos do futebol, fundamental para a preservação e escolha daquilo que será musealizado. Palavras-chaveMuseu do Futebol • patrimonialização • identidade.* Agradecemos à equipe do Museu do Futebol pelo apoio dado para a elaboração deste artigo, cujas ideias são fruto de agradáveis trocas, possibilitadas pela dedicação de todos ao trabalho. Em especial, agradecemos a
This article presents the work conducted at the Reference Center for Brazilian Football (São Paulo), focusing on methodological aspects of information gathering and the transfer of data to a computerized database. By using an ethnographic method to discover archives and register memories and references related to football practices, the project allows reflecting on the limits and potential of ethnography for the museological work of preservation and promotion of archives.
Antropólogo formado em Cambridge, Peter Fry fez sua primeira pesquisa de campo nos anos 1960 entre os Zezuru da Rodésia do Sul (atual Zimbábue), ligado à Universidade de Londres e a sua associada na África, a University College of Rhodesia and Nyasaland. Defendido seu doutorado, Fry veio para o Brasil em 1970, onde ajudou a fundar a UNICAMP e se integrou à vida acadêmica local, pesquisando no país temas relacionados a relações raciais, homossexualidade e religião. Entre 1989 e 1993, retornou à África como representante adjunto da Fundação Ford e, de volta ao Brasil, passou a integrar o corpo docente da UFRJ, onde permanece até hoje. Sua produção mais recente concentra-se no campo das discussões sobre sexualidade e na análise das conseqüências da utilização de categorias como raça, diversidade e outras, correntes no métier antropológico, nas políticas públicas para a população negra implementadas nos últimos anos. Textos sobre este assunto foram reunidos em A persistência da raça, 1 livro que nos serviu de mote para a realização desta entrevista realizada em 24 de agosto de 2005, em Campinas, que discorre sobre muitos pontos polêmicos e revela uma profunda �delidade do antropólogo a certos pressupostos de nossa disciplina. PF: A antropologia que eu estudei durante a graduação era absolutamente clássica. Meu orientador era o Jack Goody e em Cambridge eram todos africanistas, com exceção do Edmund Leach. Ele representava nesse departamento o início do estruturalismo; o restante dos professores era estrutural-funcionalista. Como ainda não havia mestrado lá, fui, depois de me formar, trabalhar em Londres. Jack Goody sugeriu que eu �zesse uma pesquisa de campo mesmo sem nenhum treinamento, já que a graduação era totalmente teórica. Sempre tive muita di�-culdade de imaginar como seriam na realidade aqueles conceitos que aprendíamos: linhagem mínima, linhagem máxima etc.; nunca consegui visualizar nada disso. Concorri, então, a uma bolsa e fui estudar na África, na antiga Rodésia do Sul. Uma das razões pelas quais concorri a uma vaga naquele departamento é que Jack Goody disse que ele era muito bom. �������������������������������������� | ���������� ��� ����� ����������������������������������� Naquela época, a Universidade de Londres estabeleceu �liais em vários lugares e um deles era a Rodésia do Sul: era a derradeira tentativa de assegurar o poderio branco naquela zona. A Universidade era muito nova e bem planejada e era o único lugar onde negros, mulatos e brancos conviviam. O chefe de departamento era o Clyde Mitchell, antigo colaborador de Max Gluckman que, na época, era professor em Manchester. Outra pessoa de muito destaque era o Jaap van Velsen, uma �gura muito interessante, holandês, membro da Resistência na Segunda Guerra Mundial, aluno do Gluckman que fez pesquisa em Niassalândia (atual Malavi) entre os tonga. Mitchell e outros alunos de Gluckman, ao invés de fazerem estudos tradicionais, rurais, começaram a fazer antropologia urbana, predominantemente nas cidades de Zâmbia (antiga Rodésia do Norte). A ques...
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