Pesquisa sobre a prática da educação ambiental na disciplina de Matemática por meio da modelagem matemática. Apresenta e discute as implicações desse processo sob as perspectivas conservadora e crítica da educação ambiental e de aspectos teórico-metodológicos da modelagem matemática. A pesquisa foi realizada com quatro turmas do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública de São Lourenço do Oeste, Santa Catarina. Os dados foram coletados via questionários semiestruturados, registros em diário de campo e entrevista de grupo focal, os quais foram submetidos à análise de conteúdo. Na percepção dos estudantes, a questão não é apenas de ordem natural, mas também socioambiental. Apesar dos registros de comportamentos relacionados a cuidado com a natureza, atitudes e conscientização, houve registros reflexivos e críticos sobre o meio ambiente. Os estudantes apresentaram melhor compreensão da realidade ambiental e da matemática por meio da modelagem matemática.
O objetivo deste artigo é realizar um estudo sobre como alguns termos que pertencem ao âmbito da Modelagem Matemática estão sendo pautados no pensamento de Ludwig Wittgenstein. A metodologia baseia-se na pesquisa bibliográfica e o material de análise é constituído por oito artigos científicos que foram publicados em congressos e em periódicos. Pelo estudo realizado, evidenciaram-se termos da Modelagem, tais como: matemática, realidade, modelo, matematização e inteiração, os quais apresentaram um entrelaçamento discursivo com a filosofia da linguagem de Wittgenstein. Constatou-se que tal entrelaçamento ocorre por meio da atividade, ou seja, “ao modelar” é possível detectar como os modeladores articulam tais termos e como os percebem.
A aprendizagem de conceitos científicos não ocorre de modo espontâneo. Cabe à escola organizar momentos nos quais os estudantes sejam colocados em situações de aprendizagem para manejar tais conceitos. O artigo tem por objetivo apresentar e discutir a hipótese de que a modelagem matemática se constitui como uma estratégia adequada para colocar o estudante em atividade. Mais especificamente, propõe-se que a modelagem matemática pode promover a atividade do estudante, levando ao desenvolvimento de processos psicológicos dirigidos à criação de sentidos e à motivação para a aprendizagem nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. Para apoiar a argumentação, é relatada uma pesquisa em que essa estratégia foi utilizada com estudantes do 9º ano de uma escola de São Lourenço do Oeste, Santa Catarina.
Este artigo objetiva apresentar reflexões, subsidiadas por elementos teórico-filosóficos, que apontam para um modo de ver uma Filosofia da Educação Matemática na perspectiva wittgensteiniana. Para tanto, mostraremos o caráter terapêutico da filosofia de Wittgenstein e a natureza do conhecimento matemático nesta perspectiva, apontando a epistemologia do uso e seus desdobramentos para o campo pedagógico. Desta forma, cumpre, de início, apresentar pontos importantes da Filosofia da Linguagem do período Clássico e do Medievo, o que permite compreender melhor a Filosofia da Linguagem de Wittgenstein. Subsequentemente, são explanados aspectos de uma perspectiva wittgensteiniana da Filosofia da Matemática, discutindo de modo breve acerca das três correntes filosóficas clássicas da Matemática (logicismo, intuicionismo e formalismo) e mostrando que Wittgenstein se diferencia de todas. Por fim, é apontada a Terapia Filosófica de Wittgenstein e a Epistemologia do Uso para o esclarecimento de confusões de natureza linguística existentes no âmbito da Educação Matemática, em decorrência dos usos unilaterais das concepções das correntes filosóficas tradicionais que subsidiam a natureza do conhecimento matemático, como possibilidade para se advogar em favor de uma Filosofia da Educação Matemática numa perspectiva wittgensteiniana. Constata-se que, para isso, a linguagem necessita assumir o papel de protagonista, de modo que os conhecimentos que constituem o educar matematicamente estejam assentados em uma concepção de linguagem que vai além da concepção referencial.
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