A prevalência da infecção pelo vírus linfotrópico humano de células T em puérperas do Estado de Mato Grosso, no Brasil, não é conhecida. Neste estudo transversal definiu-se a prevalência da infecção em puérperas atendidas em três maternidades públicas de Cuiabá (MT). De abril a setembro de 2006, 3.831 partos foram realizados e 2.965 puérperas foram submetidas aos testes sorológicos para o HTLV-1/2 (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay - ELISA e Western Blot). A idade média das mulheres participantes foi de 23,9 anos. A prevalência da infecção pelo HTLV-1/2 foi de 0,2%, semelhante à observada na população geral de vários centros desenvolvidos do país. Esse achado de baixa prevalência sugere que ainda não é justificada a introdução de intervenção de saúde pública para a população de gestantes de nosso meio, visando à redução da transmissão vertical do HTLV-1/2.
IntroduçãoOs anticoncepcionais hormonais orais (ACHO), comercializados a partir dos anos 60, sofreram redução na dose do componente estrogê-nico de 50 para 20 µg, ou mesmo 15 µg, em cada comprimido. O componente progestagênico, intensamente pesquisado, evoluiu com a síntese de novos compostos, quase desprovidos de atividade androgênica. Os ACHO atuais são ingeridos durante 21-24 dias, seguindo-se intervalo livre de 4-7 dias antes do reinício. A pílula exerce seus efeitos principalmente pelo bloqueio parcial da foliculogênese e da inibição do pico de gonadotrofinas. A ação moduladora gonadotrópica/ antigonadotrópica dos estrogênios é conhecida há quase oito décadas, sendo este efeito dose e tempo-dependente 1 . No hipotálamo, o estrogênio exerce retroalimentação negativa sobre o sistema neuronal responsável pela síntese do hormônio liberador de gonadotrofinas e, na hipófise, favorece a síntese e o armazenamento das gonadotrofinas, mas inibe sua liberação pelo gonadotropo 2 . O estrogênio mantém ainda a estabilidade endometrial e, pelo aumento da concentração dos receptores progestagênicos, potencializa a ação destes compostos 3 . O
A proposta deste estudo foi avaliar as variações do FSH e LH em usuárias de um anticoncepcional hormonal oral contendo 20 µg de etinilestradiol (EE) + 75 µg desogestrel (DSG). Incluiram-se no estudo 31 mulheres com idade entre 17 a 36 anos. Níveis séricos de hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), prolactina (PRL) e estradiol foram verificados no dia de ingestão do último comprimido de uma cartela e no 7º dia de pausa entre duas cartelas. Durante o uso do contraceptivo observou-se acentuado grau de atenuação nos níveis séricos de FSH, LH e estradiol. Na pausa entre as cartelas houve recuperação dos níveis das gonadotrofinas e estradiol na or- dem de 300% e 39% respectivamente. Os níveis de prolactina apresentaram um decréscimo de 23,5% durante a pausa da pílula. Como a medida das gonadotrofinas no último dia da pausa do anticoncepcional mostrou ser menor que o nível observado na fase folicular precoce das pacientes não usuárias , poder-se-ia utilizá-la como marcador para suspensão do anticoncepcional hormonal oral nas pacientes climatéricas, sem elevar o risco de gravidez indesejada nesta fase da vida. Palavras-chave:Hormônio folículo estimulante. Hormônio luteinizante. Contracepção. Resumo de TeseOs métodos atuais para quantificar o hormônio estimulador da tireóide (TSH), a tiroxina (T4) e a tiroxina livre (T4L) permitiram o reconhecimento das formas subclínica e clínica de hipotireoidismo. O objetivo deste estudo, de corte transversal, foi avaliar a prevalência de hipotireoidismo em 168 mulheres de 40 a 65 anos atendidas nos ambulatórios do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Júlio Muller, em Cuiabá-MT. A idade média das mulheres foi de 48,9 anos, a maioria era de casadas (70,8%), não-brancas (53,6%), não-tabagistas, abstinência de álcool (64,5), baixa escolaridade (94,0%) e migrantes de outros estados (51,8%). Em relação à classe social, encontrou-se que 78,6 % delas pertenciam às classes "D e E". O peso corporal médio foi de 68,0 kg e a estatura média 1,55 metros. A análise do índice de massa corpórea mostrou que 31,5% eram obesas e 36,3% sobrepeso. A idade média da menarca foi de 13,3 anos e a paridade média foi de 4,8 gestações por mulher. A ligadura de trompas (72,1%) e a histerectomia (23,0%) (20,2%). Dos sintomas referidos, diminuição de memória (65,5%), nervosismo (64,9%), fogachos (57,1%) e redução da libido (62,3%) foram os mais freqüentes. A prevalência de hipotireoidismo foi de 17,9 % (30/168). O hipotireoidismo foi associado à maior prevalência de depressão (p=0,005), diminuição da memória (p<0,001), sonolência (p=0,016) e sensação de frio (p,0,001) e a menor prevalência de fogachos (p=0,012) e nervosismo (p=0,002). Não mostrou correlação com sudorese (p=0,622), insônia (p=0,655), tontura (p=0,670), taquicardia (p=0,435) e artralgia (p=0,817). Pela elevada prevalência, e intima relação com a idade e sexo feminino, conclui-se ser importante o rastreamento do hipotireoidismo no climatério.
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