A Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e a Diarréia Viral Bovina são enfermidades virais amplamente distribuídas no mundo e no Brasil, causando graves problemas de ordem reprodutiva, afetando negativamente a produtividade dos rebanhos. O objetivo deste trabalho foi apresentar os resultados dos exames sorológicos realizados pelo Laboratório de Virologia e Imunologia da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas entre os anos de 2013 e 2014, na área de bovinocultura de corte e leite. Um total de 2303 amostras de soro bovino foram submetidas à técnica de soroneutralização para a detecção de anticorpos específicos contra o herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) e o vírus da Diarréia Viral Bovina (BVDV) de animais vacinados e não vacinados contra esses agentes. Os resultados demonstraram a necessidade do estabelecimento de uma política de defesa sanitária específica, que contemple, além do controle das enfermidades por eles transmitidas, critérios rigorosos para o licenciamento de vacinas no Brasil.
Primeiro relato de Salmonella enterica e Campylobacter spp. isolados de Garibaldi (Chrysomus ruficapillus) e Canário-da-terra (Sicalis flaveola) silvestresFirst report on the Salmonella enterica and Campylobacter spp. isolation from wild birds Garibaldi (Chrysomus ruficapillus) and Canário-da-terra (Sicalis flaveola) RESUMO Algumas espécies de aves silvestres têm sido identificadas como reservatórios de Campylobacter e Salmonella, as quais atuam como propagadoras desses micro-organismos; entretanto, não há estudo sobre o papel das aves silvestres na transmissão desses agentes patogênicos no Brasil. O objetivo do presente trabalho foi de verificar a presença desses agentes patogênicos em aves silvestres que se alimentam em lavouras orizícolas. Vinte e três Garibaldis (Chrysomus ruficapillus), uma Rolinha-picuí (Columbina picui) e um Canário-da-terra (Sicalis flaveola) foram capturados com redes de neblina. As amostras de fezes das aves foram coletadas com o uso de zaragatoas e foram processadas para efetuar pesquisa de Campylobacter spp. e Salmonella enterica. Oito (32 %) amostras de fezes de C. ruficapillus foram positivas para Campylobacter e seis (24 %) foram positivas para Salmonella enterica. Cinco (20 %) amostras coletadas de C. ruficapillus e uma de S. flaveola foram positivas para Salmonella. C. ruficapillus e S. flaveola mostraram ser reservatórios de Campylobacter e Salmonella e, consequentemente, podem atuar como potenciais disseminadores destes patógenos. Este é o primeiro registro de isolamento de Campylobacter e Salmonella de amostras de fezes de C. ruficapillus e S. flaveola silvestres. Palavras-chave. aves silvestres, orizicultura, Salmonella, Campylobacter.
RESUMO As aves silvestres podem ser reservatório de bactérias patogênicas e atuar como veiculadoras desses microrganismos para o ambiente, os animais domésticos e o homem. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de Campylobacter spp., Yersinia enterocolitica e Salmonella enterica em aves silvestres capturadas nas áreas próximas de aviários e em frangos de corte alojados nesses estabelecimentos, além de verificar a presença dos genes cdtA, cdtB e cdtC nos isolados de Campylobacter e identificar os sorotipos de Salmonella encontrados. Amostras de fezes de 189 aves silvestres capturadas com redes de neblina nas áreas próximas de 10 aviários e de 200 frangos de corte foram processadas para pesquisa de Campylobacter spp., S. enterica e Y. enterocolitica. Duas espécies de aves silvestres, Sicalis flaveola (canário-da-terra) e Zonotrichia capensis (tico-tico), foram positivas para Salmonella e Campylobacter, respectivamente. Foram isolados Campylobacter spp., S. enterica e Y. enterocolitica de frangos. Todos os isolados de Campylobacter analisados apresentaram os genes cdt. Em dois aviários, Campylobacter foi isolado tanto de frangos como de aves silvestres, entretanto a contaminação mútua entre essas aves não foi comprovada. Este foi o primeiro relato de isolamento de Campylobacter de Z. capensis e de Salmonella do sorotipo Derby de S. flaveola.
Salmonella is a major cause of foodborne illness worldwide, and poultry and its derived products are the most common food products associated with salmonellosis outbreaks. Some countries, including Brazil, have experienced an increased prevalence of Salmonella Heidelberg among their poultry flocks. Some isolates have also presented high resistance to antimicrobial agents and persist in the poultry farm environment. This study aimed to compare the susceptibility of S. Heidelberg strains isolated in 2006 with those isolated in 2016 against disinfectants and antimicrobial agents. The results showed that all the strains were highly susceptible to sodium hypochlorite, regardless of the conditions and year of isolation. Resistance to benzalkonium chloride varied according to the conditions applied, but not to the year of isolation. Increased antimicrobial resistance from 2006-2016 was observed only for tetracycline. The results suggest that the antimicrobial and disinfectant resistance of S. Heidelberg did not increase for ten years (2006-2016). However, further analysis should include a larger number of S. Heidelberg isolates from poultry origin and additional antimicrobial agents for more precise conclusions about the increasing in antimicrobial resistance in the last years.
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