As instituições de Ensino Superior enfrentam o desafio de implementarem propostas pedagógicas traduzidas no desempenho satisfatório do estudante para uma formação de qualidade. Ainda, as políticas públicas ressaltam a necessidade de mudança na formação de profissionais de saúde voltada para as necessidades da população. Descreve-se a construção do projeto pedagógico do curso de Terapia Ocupacional (TO) da Universidade Federal de São Carlos, no qual se propõe a formação reflexiva, levando o formando a interagir com o conhecimento de forma autônoma, flexível e criativa. O currículo é integrado, interdisciplinar e orientado por competência, no qual a prática profissional é fundamentada em capacidades voltadas para o enfrentamento de situações em diferentes contextos. A concepção pedagógica adotada é a socioconstrutivista, e são utilizadas metodologias ativas de ensino-aprendizagem, tais como a aprendizagem baseada em problemas e problematização.
O terapeuta ocupacional auxilia o paciente e a família a enfrentar e compreender o processo corporal e psíquico que a criança poderá passar a partir do momento que recebe o diagnóstico do câncer. No dia a dia visa melhorar a qualidade de vida da criança por meio de reabilitação, prevenção de sequelas, manutenção das atividades inerentes a faixa etária, além de proporcionar a (re)descoberta de capacidades e habilidades. O presente estudo teve por objetivo caracterizar os terapeutas ocupacionais que atuam na oncologia pediátrica do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e com abordagem quanti-qualitativa. A amostra se constituiu por 11 profissionais que atuam em instituições oncológicas. A coleta de dados ocorreu via internet, por questionário semiestruturado com questões fechadas e abertas sobre a formação e prática do profissional. Os profissionais participantes da pesquisa foram todos do sexo feminino, a faixa etária prevalente foi dos 25 aos 35 anos e a conclusão da graduação com maior incidência foi nos anos de 1980 e 2008. A abordagem terapêutica ocupacional predominante entre os profissionais teve como base o referencial da Terapia Ocupacional Dinâmica. As intervenções dos profissionais preconizam o trabalho multiprofissional, utilizam as brinquedotecas como local de intervenção e trabalham com uma diversidade de materiais em diferentes tipos de atividades. O quantitativo de terapeutas ocupacionais foi reduzido apesar de existirem 101 instituições que oferecem o tratamento oncológico. O tipo de atuação descrita pelos terapeutas ocupacionais denota responder aos preceitos da política de saúde no cuidado integral e ampliado.
Working with different forms of artistic and cultural expressions has been considered
O grupo artístico Meninas de Sinhá teve como princípio um encontro de mulheres idosas em situação de vulnerabilidade que utilizam a brincadeira da dança de roda como uma potência curativa, capaz de torná-las mais saudáveis. Investigamos a atribuição de sentidos pelo grupo, no campo da saúde e do lazer, ao longo de sua formação estabelecida nos espaços/tempos de brincar de roda. Analisamos os estados corporais revelados nos depoimentos das mulheres que constam em documentos produzidos sobre o grupo e nas suas músicas autorais. Explicitamos esses estados na passagem da condição de adoecimento para a vida de artistas. Percebemos que, como prática comunitária, a brincadeira de roda constituiu-se como uma necessidade social específica para fruição da experiência do lazer, para mobilizar uma rede de encontros e cuidados (na troca e no autocuidado) e para o empoderamento dessas idosas.
O objetivo dessa pesquisa foi compreender as formas pelas quais as pessoas com deficiência física se engajam em atividades de Esporte e Lazer na cidade de Belo Horizonte (MG). Participaram deste estudo qualitativo transversal 10 pessoas com deficiência física, cadeirantes, selecionadas pelo método de bola de neve. Os participantes foram entrevistados e as entrevistas analisadas por meio da construção interpretativa e dialógica das falas. Os resultados apontam que pessoas com deficiência física, em Belo Horizonte, enfrentam diversas barreiras para participar de atividades de lazer. Podemos concluir que a deficiência não está ligada apenas a atributos físicos da pessoa, mas também diz respeito ao meio ao qual ela está inserida. Os resultados podem ser úteis para avaliação e criação de políticas públicas de Esporte e Lazer, a fim de questionar e aprofundar o conhecimento sobre o tema com uma perspectiva regional e nacional.
Objetivo: Verificar se o ato de cozinhar na sala de espera de uma Unidade de Saúde da Família é capaz de ser um potencial educador em saúde e gerar reflexões acerca da alimentação enquanto provedora de sentido, de comunicação e de transformação na saúde das pessoas. Métodos: A pesquisa, de cunho qualitativo-descritiva, desenvolveu-se a partir do ato de cozinhar na sala de espera em uma Unidade de Saúde da Família no município de São Carlos, São Paulo. Foram utilizados a metodologia de observação participante, transcrita em diários de campo, e um roteiro prévio elaborado pela pesquisadora, aplicado em oito encontros. Foram abordadas questões referentes ao Guia Alimentar para População Brasileira, além disso, realizou-se a preparação de receitas saudáveis e econômicas a cada encontro. Resultados: Os resultados do estudo demonstraram que cozinhar neste espaço despertou outros sentidos que até então não haviam sido vividos no local. Tal experiência modificou a relação com a espera, trouxe reflexões para os participantes sobre seus hábitos alimentares e estimulou a alimentação saudável, de modo a tornar claro o fato de que ela pode ser saborosa e compatível com seus modos de vida. Houve participação de 26 mulheres e três crianças durante os oito encontros. Conclusão: O ato de cozinhar, em uma sala de espera de uma Unidade de Saúde da Família, proporcionou a transformação de um ambiente típico de um serviço de saúde em um espaço potencial de educação em saúde.
This paper reports the experience of a "storytelling and playing" group that took place in a Family Health Unit in Sao Carlos, State of Sao Paulo. The group was formed as from the evaluation of the occupational therapist in the context of Primary Health Care, which broadly considers the daily lives of the actors involved: children, one user of the system, and the health team. From the viewpoint of Occupational Therapy, with focus on the problems of the territory, interventions linking the following matters were proposed: individual care, collective care, and co-responsibility of the community and staff in pursuit of the resignificance of the everyday lives of the actors involved. This is a concrete example of paradigm shift from the existing health model to the precepts of the Family Health Strategy, with the involvement of users and professionals from various areas. The occupational therapist identified different demands of the territory: the need for transformation of daily life and routine of a user; the need for children's leisure; and the desire of the health team to build this space through a playroom. The possible combination of the user, children and the team's everyday realities composed an intervention project based on the vision of the clinic expanded. The "playing and storytelling" was able to actually transform the health care model.
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