Um crescente número de estudos tem conectado sexualidade, gênero e poder para discutir a crescente disseminação do HIV entre mulheres. Apesar dos esforços realizados, ainda são significativos os desafios teóricos e programáticos que a epidemia impõe. O objetivo deste trabalho é investigar como códigos culturais que sancionam a experiência sexual se manifestam na subjetividade de mulheres e orientam suas interpretações e práticas relativas ao risco de infecção pelo HIV. A partir de uma amostra de 15 mulheres com idades entre 18 e 30 anos, com quem foram realizadas entrevistas em profundidade, foram reconstituídas três histórias de vida, que focalizavam seus roteiros sexuais. Os dados foram organizados pelo programa Nud-Ist e submetidos à análise de base hermenêutica. É possível notar que os significados e práticas associados ao risco de contrair o HIV variam a depender do momento de vida, da rede de sociabilidade e do tipo de vínculo que é estabelecido com o parceiro. Os achados apontam para a necessidade de compreender os significados sexuais partilhados em contextos específicos, a fim de que se possa elaborar programas de prevenção culturalmente mais sensíveis.
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