This paper aims to analyze the relationship between the 1964 military civilian coup, the educational reforms implemented in the period, and the Theory of Human Capital. In the period under consideration, the educational system was seen as a key element for the rationalization and enlarged productivity. In terms of methodology, we opted for a bibliographic and documentary research of the period in order to reveal the interests of the bourgeoisie that materialized in the coup. Thus concluding that the presence of a grounded perspective on technicality is explained not only by the dictatorship, but by the material bourgeois hegemony that lead to the conservative modernization of higher educational institutions and impoverishment of education for the children of the working class.ResumoO presente trabalho tem por objetivo analisar as relações entre o golpe civil militar de 1964, as reformas educacionais implementadas no período e a Teoria do Capital Humano. No período em tela, o sistema educacional era visto como elemento fundamental para a racionalização e aumento da produtividade. Em termos metodológicos, optamos por uma pesquisa bibliográfica e documental do período com a finalidade de desvelar os interesses da burguesia que se materializaram no golpe de Estado. Concluindo assim que a presença de uma perspectiva alicerçada no tecnicismo explica-se não apenas pela ditadura, mas pela hegemonia material burguesa que se traduziu na modernização conservadora das instituições superiores de ensino e precarização da educação para os filhos da classe trabalhadora.Resumen Este artículo tiene como objetivo analizar la relación entre el golpe civil militar de 1964, las reformas educativas implementadas em el período y la Teoría del Capital Humano. En el período en cuestión, el sistema educativo fue visto como un elemento fundamental para la racionalización y el aumento de la productividad. En términos metodológicos, optamos por una investigación bibliográfica y documental del período para revelar los intereses de la burguesía que se materializó en el golpe. Concluyendo así que la presencia de una perspectiva basada en el tecnicismo se explica no solo por la dictadura, sino por la hegemonía material burguesa que ha resultado en la modernización conservadora de las instituciones de educación superior y la educación precaria para los niños de la clase trabajadora.Palavras-chave: Reformas na educação, Ditadura civil-militar, Teoria do capital humano.Keywords: Reforms in education, Civil-military dictatorship, Human capital theory. Palabras claves: Reformas en educación, Dictadura civil-miltiar, Teoría del capital humano.ReferencesARAPIRACA, José Oliveira. A USAID e a educação brasileira; um estudo a partir de uma abordagem critica do capital humano. 1979. 273 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Estudos Avançados em Educação/Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1979.GOMES, Marco Antônio de Oliveira. Economia, educação e segurança nacional na ditadura civil militar no Brasil. Revista Cocar (online), v. 12, p. 421-445, 2018.BRASIL. Ato Institucional – AI n.º 5. Brasília, 13 de dezembro de 1968. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm Acesso:15/04/2020BRASIL. Decreto nº 66.600. Brasília, 20 de maio de 1970. Disponível: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-66600-20-maio-1970-408046-publicacaooriginal-1-pe.html Acesso: 15/04/2020BRASIL. Lei n.º 5.692, de 11/08/1971. Disponível: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=F8342BB4536FBA13C8A2FC6081001C83.proposicoesWebExterno2?codteor=713997&filename=LegislacaoCitada+-PL+6416/2009 Acesso: 15/04/2020BRASIL. Reforma Universitária. Lei n.º 5.540, de 28/11/1968. Disponível: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5540-28-novembro-1968-359201-normaatualizada-pl.pdf Acesso: 15/04/2020CAMPOS, Renata Azevedo. As políticas públicas educacionais da ditadura empresarial-militar brasileira no bojo das disputas entre frações burguesas pelos rumos da educação. Trabalho necessário, Rio de Janeiro, v. 15, n. 28, p. 44-70, 2017.CUNHA, L. A. Ensino profissional: o grande fracasso da ditadura. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 44, n. 154, p. 912-933, 2014.CUNHA, Luiz Antônio. A universidade reformanda: o golpe de 1964 e a modernização do ensino superior. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.DREIFUSS, René Armand. 1964: A conquista do Estado - ação política, poder e golpe de classe. 5. Ed. Petrópolis, Vozes, 1981.FERREIRA JR., Amarilio; BITTAR, Marisa. Educação e ideologia tecnocrática na ditadura militar. Cadernos CEDES, Campinas, v. 28, n. 76, 2008.FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola "improdutiva": um (re)exame das relações entre educação e estrutura econômico social capitalista. In: A produtividade da escola improdutiva. 7.ed. São Paulo, Cortez, 2001.FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva: um (re)exame das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. São Paulo: Cortez, 2006.FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 2003.IANNI, Octavio. A ditadura do grande capital. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1981.MENDONÇA, Sonia Regina de; FONTES, Virginia Maria. História do Brasil recente: 1964-1980. São Paulo: Editora Ática, 1991. SAVIANI Demerval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETI, C. J. et al. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.SAVIANI, Demerval. Política e educação no Brasil: o papel do Congresso Nacional na legislação do ensino. 6ª Ed. Campinas: Autores Associados, 2006.SAVIANI, Demerval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 5 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.SCHULTZ, Theodore William. O capital humano: investimento em educação e pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.SIMONSEN, Mário Henrique. Brasil 2001. Rio de Janeiro: APEC, 1969.e4424147
Em defesa de uma construção e organização educacional a nível nacional, com a ‘pauta’ escola pública, acessível e unitária, lançou-se em 1932 a apresentação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que por sua vez, foi amplamente divulgado pela impressa brasileira no período. Esse documento se encontra marcado pelos acontecimentos em curso na sociedade, como a Revolução de 1930 e o ingresso do projeto industrial presente na Era Vargas, entre outros, tendo presente o viés civilizatório, político e econômico de manutenção do poder. Nesse cenário, o estudo tem como finalidade analisar as propostas dos renovadores presente no Manifesto. Para tanto, o mesmo se encontra subdividido em três momentos, a saber: primeiramente descreve o cenário histórico de produção e reprodução do analfabetismo na República Velha (1889-1930); em seguida, apresenta a centralidade atribuída à educação no processo de modernização da sociedade; e por último, identifica no Manifesto a ordem burguesa propagada no sistema educacional.
O objetivo deste artigo é analisar o processo de implementação das legislações educacionais ao longo do Brasil Império (1822-1889) e suas implicações na vida dos negros cativos. Busca-se verificar os avanços e retrocessos na legislação educacional referentes ao negro e como essas leis se efetivaram na prática, observadas as condições materiais e políticas da época. A luta pela abolição se intensificou nos finais dos anos de 1880 à medida que o trabalho escravo foi se tornando antiquado aos interesses burgueses e internacionais. Os resultados do estudo apontam que as leis educacionais, nesse sentido, indicavam a necessidade de civilizar o Brasil para que pobres e negros se adaptassem as novas exigências capitalistas e, assim, permitir que o Brasil alcançasse maiores níveis de progresso econômico e social.
Este trabalho tem como propósito compreender<strong><em> </em></strong>como<em> </em>se deu a relação de Heleieth Saffioti com a educação. Para tanto, o texto aborda, num primeiro momento, aspectos biográficos da vida da estudiosa, tais como a formação acadêmica e político-ideológica; num segundo momento, tem como intuito discutir o legado teórico de Saffioti e seu pioneirismo; e, por fim, discute a relação de Saffioti com a educação. Não se trata aqui de empreender um julgamento de valor a respeito das ideias de Saffioti, tampouco tomar como dogmas suas concepções. O intento da análise é compreender como suas contribuições podem ser tomadas como referência na discussão sobre a educação numa perspectiva feminista, sobretudo, considerando a histórica luta de classes.
Este artigo se propõe, a partir de uma abordagem materialista-dialética, a analisar as condições históricas que possibilitaram o desenvolvimento dos pressupostos liberais no contexto da modernidade e discuti-los enquanto ideologia, que se tornou a hegemônica defensora da primazia dos direitos naturais do homem burguês moderno, considerando-se, principalmente, os enunciados teóricos de John Locke (1632-1704). A partir das análises realizadas, percebe-se que, em última instância, este legado teórico tem como cerne a defesa dos direitos naturais, essencialmente, da liberdade, da igualdade e, da propriedade. Busca-se, então problematizar as implicações desse pensamento para educação no bojo das transformações históricas, já que, ao homem burguês moderno caberia uma educação voltada para coordenar a nova sociedade capitalista que se forjava, qual seria então aquela destinada ao trabalhador livre assalariado, nascente juntamente com a burguesia em ascensão?
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.