A b s t r a c t Autism is a long-life disorder that affects not only the autistic child but also the family caregivers. There is increasing recognition about the importance of taking into account both child and family needs when treating autism. However it has been a major debate about what intervention is the most appropriate. In this paper we will review the current literature on the different interventions that have been used in the treatment of autism with special attention to those that are empirically based. It is not our objective to discuss in detail any particular intervention. We intend to present an overview of both positive aspects and limitations of each type of intervention. The conclusion is that there is no single approach that is totally effective for all children the whole time. Instead, it is argued that families change their expectation and values regarding their children's treatment according to the child's development and the family context. In other words, a specific intervention that may work well in a certain period of time (e.g. pre-school years) may not work so well in the following years (e.g. adolescence). Finally the importance of early identification and treatment of autism is stressed.Keywords: Autistic disorder/therapy; Disease management; Family/complications; Identification (Psychology); Early intervention (Education)Resumo O autismo é um transtorno permanente que afeta não somente a criança autista mas também a família que cuida dela. Há um crescente reconhecimento sobre a importância do tratamento do autismo envolver tanto as necessidades da criança como as da família. No entanto, há controvérsias sobre qual intervenção seria a mais apropriada. Neste artigo, revisaremos a literatura recente sobre as diferentes intervenções que têm sido utilizadas no tratamento do autismo com ênfase naquelas que possuem base empírica. Não pretendemos discutir em detalhe nenhuma intervenção em particular, mas apresentar uma visão geral sobre os aspectos positivos e as limitações de cada tipo de intervenção. Concluímos que não há uma abordagem única que seja totalmente eficaz para todas as crianças durante todo o tempo. Ao contrário, argumentamos que as famílias modificam suas expectativas e valores com relação ao tratamento de seus filhos de acordo com a fase de desenvolvimento da criança e do contexto familiar. Em outras palavras, um tipo específico de intervenção pode funcionar bem por um certo período (e.g., nos anos anteriores à escolarização) e não funcionar tão bem nos anos subseqüentes (e.g., adolescência). Finalmente, enfatiza-se a importância do diagnóstico e tratamento precoces do autismo.
Apesar do tema atenção compartilhada (AC) dominar a literatura nas áreas da psicologia do desenvolvimento e da psicopatologia, observa-se que as discussões têm sido, em alguma medida, fragmentadas. Isso porque a ênfase ora é colocada na descrição dos comportamentos que compõem essa habilidade e dos períodos de sua emergência, ora no seu papel enquanto preditor de comprometimentos futuros no processo de desenvolvimento social. Raramente a habilidade de atenção compartilhada tem sido discutida a partir dos seus fundamentos epistemológicos, qual seja, das noções de intencionalidade e seu papel na comunicação. As razões pelas quais essa habilidade tem constituído um dos mais fidedignos preditores de problemas no desenvolvimento social, comparada a outros comportamentos sociais (ex: sorriso e contato ocular), também não têm sido claramente abordadas. Outro aspecto a ser criticado é a compreensão da AC enquanto competência interna da criança, relativamente independente do contexto familiar-questão crucial no caso de autismo.
RESUMO:O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. Estas características podem levar a um isolamento contínuo da criança e sua família. Entretanto, acredita-se que a inclusão escolar pode proporcionar a essas crianças oportunidades de convivência com outras da mesma faixa etária, constituindo-se num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento da competência social. O objetivo deste estudo foi revisar criticamente a literatura a respeito do conceito de competência social e dos estudos atualmente existentes na área de autismo e inclusão escolar. Identificaram-se poucos estudos sobre este tema, os quais apresentam limitações metodológicas. Este panorama aponta para a necessidade de investigações que demonstrem as potencialidades interativas de crianças com autismo e a possibilidade de sua inclusão no ensino comum, desde a educação infantil.PALAVRAS-CHAVE: competência social; autismo; inclusão escolar. SOCIal COMPEtENCE, SCHOOl INClUSION aNd aUtISM: CRItICal lItERatURE REVIEWABSTRACT: autism is a condition characterized by an atypical development in the social interaction and communication, and by a remarkably restricted repertoire of activities and interests. these characteristics can lead the child and her family to a continuous isolation. However, it is believed that the school inclusion can provide these children opportunities to be with others of the same age group, allowing the development of the social competence and learning. the aim of this study was to critically review the literature on the concept of social competence and school inclusion in the area of autism. Few studies were identified about this topic, but with methodological limitations. this situation points to the need of studies that demonstrate the autistic children's interactive potentialities and the possibility of their inclusion in the mainstream school, since early education.KEYWORDS: social competence; autism; school inclusion. O interesse nas questões da interação social e as reflexões sobre a sua importância para o comportamento humano surgiram no século passado. Entre 1830 e 1930 já era possível encontrar uma ampla e variada produção que pressupunha que as relações sociais interpessoais se encontravam entre os principais determinantes da natureza humana, sendo passíveis de investigação científica (Aranha, 1993; Dessen & Aranha, 1994). Já naquela época, apontava-se, inclusive, para a importância da experiência social com pares (Hartup, 1983). Entretanto, as ideias geradas naquele período possuíam um caráter mais especulativo, pois ainda não havia sido construída uma base empírica consistente e métodos sistemáticos para a coleta dos dados nessa área. Foi somente a partir da década de 30 que se desenvolveram métodos e técnicas de observação de grupo, em especial os instrumentos sociométricos.Igualmente envolvido com a temática das relações entre indivíduo e sociedade no mesmo período, Georg...
RESUMO -Dificuldades no desenvolvimento social são os indicadores mais prováveis de um futuro diagnóstico de autismo, entretanto o atraso da fala parece ser o motivo que mais mobiliza os pais na busca por assistência. Neste estudo foram investigados os primeiros sintomas percebidos pelos pais de crianças com autismo e a idade da criança na ocasião. Participaram 32 pré-escolares e o instrumento utilizado foi a Autism Diagnostic Interview-Revised. Comprometimentos no desenvolvimento da linguagem foram os sintomas mais frequentemente observados, porém os da socialização foram os mais precocemente identificados. No geral, a idade média em que os primeiros sintomas foram percebidos foi 15,2 meses. Os resultados corroboram achados de outros estudos, ressaltando a importância dos comprometimentos sociais para a identificação precoce do autismo. Palavras-chave: autismo, identificação precoce, percepção dos pais Parents' Perception of the First Symptoms of AutismABSTRACT -The occurrence of problems related to social development is the best predictors of a future diagnosis of an Autistic Disorder. Speech delay, however, seems to be the main that reason that leads parents to seek assistance. The present study aimed to investigate the first symptoms observed by the parents of children with autism and the age that it occurred. Thirty-two preschool children participated in the study. The instrument used was the Autism Diagnostic Interviwed-Revised. Abnormalities in language development were the most frequent symptoms reported by the parents, but social impairment was the earliest that was noticed. The average age when the parents noticed the first symptoms was 15.2 months. The results corroborate other findings, highlighting the importance of social deficits for the early identification of autism.
OBJECTIVE: To translate into Brazilian Portuguese the Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R), an extremely useful diagnostic tool in autism. METHODS: A case-control study was done to validate the ADI-R. After being translated, the interview was applied in a sample of 20 patients with autism and 20 patients with intellectual disability without autism, in order to obtain the initial psychometric properties. RESULTS: The internal consistency was high, with a of Crombach of 0.967. The validity of criterion had sensitivity and specificity of 100%, having as a gold standard the DSM-IV diagnostic criteria. The interview had high discriminant validity, with higher scores in the group of patients with autism, as well as high interobserver consistency, with median kappa of 0.824. CONCLUSION: The final version of ADI-R had satisfactory psychometric characteristics, indicating good preliminary validation properties. The instrument needs to be applied in bigger samples in other areas of the country.
Resumo: Este estudo tem por objetivo revisar o conceito de coparentalidade e suas implicações para a pesquisa e para a clínica. Para isso, examinou-se a origem e a evolução do conceito e sua relevância para o contexto atual. O uso deste conceito nas pesquisas tem sido ampliado, passando de uma ênfase nas díades mãe-criança para uma concepção que envolve a tríade mãe-pai-criança. Esta evolução no conceito de coparentalidade tem implicações para a clínica, tanto com famílias de pais casados como divorciados. Verificou-se também uma carência de instrumentos nessa área, cuja elaboração merece ser enfocada em futuros estudos. Palavras-chave:Coparentalidade. Sistema familiar. Relacionamento conjugal A coparentalidade (coparenting) tem sido definida na literatura como um conceito que se refere à extensão na qual o pai e a mãe dividem a liderança e se apóiam nos seus papéis de "chefes" da família, ou seja, nos papéis parentais 1 . Este conceito envolve tanto dimensões de cooperação como de antagonismo e as interações do grupo familiar oferecem oportunidade de observar se os pais apóiam ou se opõem à intervenção do outro componente do sistema parental para com a criança. Feinberg 2 complementa que uma relação coparental não inclui os aspectos legais, românticos, sexuais, emocionais ou financeiros dos relacionamentos adultos que não estão relacionados aos cuidados sobre a criança. Além do mais, o termo coparentalidade não implica que os papéis parentais devam ser equivalentes em autoridade e res-# Psicóloga, Doutoranda em Psicologia do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rrio Grande do Sul. Endereço para correspondência:
ResumoEstudos têm apontado evidências de estresse em famílias de portadores de autismo. Neste processo, deve-se considerar as estratégias de coping utilizadas pelos familiares frente às circunstâncias adversas. O objetivo deste estudo foi verificar as estratégias de coping maternas frente a dificuldades dos portadores de autismo, assim como as estratégias das mães para lidar com as próprias emoções desencadeadas pelo estresse. Participaram 30 mães, entre 30 a 56 anos, cujos filhos apresentam diagnóstico de autismo e freqüentam instituições de atendimento. Utilizou-se uma entrevista semi-estruturada, a qual foi transcrita e analisada com base na Análise de Conteúdo. As principais dificuldades se referem ao comportamento do filho, frente às quais as mães utilizam predominantemente as estratégias de ação direta e de aceitação. Quanto às estratégias para lidar com as emoções, as categorias mais freqüentes foram distração, busca de apoio social/religioso, inação e evitação. Os resultados são discutidos considerando-se o estresse e a adaptação materna. Palavras-chave: Autismo; estresse materno; estratégias de coping. AbstractMany studies have shown evidence of high levels of stress in families with autistic children. Concerning this process, it is important to consider the coping strategies used by family members in face of the adverse circumstances. The purpose of this study is to investigate the coping strategies of mothers when dealing with their autistic children, as well as how they deal with their own emotions unleashed by the stress. Thirty mothers, between 30 and 56 years old participated in the study. Their children have met the criteria for autism and attended special education schools. The coping strategies were investigated using a semi-structured interview, which was transcribed and analyzed by content analysis. The main difficulties refer to the child's behavior. In relation to these difficulties, the strategy used by the mothers was predominantly direct action and acceptance. Concerning the strategies to deal with their own emotions, the most frequent categories were distraction, reaching out for social/religious support, lack of action and avoidance. Results are discussed in terms of stress and maternal adaptation model.
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