O estudo de fontes alternativas de nutrientes às plantas é de extrema importância, com vistas à redução dos impactos sociais, econômicos e ambientais. Diante da importância de encontrar fontes alternativas de fertilizantes para a agricultura, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da adição de pó de basalto associado ou não a bioativo sobre os atributos químicos do solo, após períodos de incubação. O experimento foi desenvolvido em delineamento experimental inteiramente casualizado, distribuídos em esquema fatorial (5x2x3). Foram avaliados cinco doses de pó de basalto (0, 2, 4, 8 e 16 Mg ha-1), associados ou não a bioativos (0 e 0,1 g recipiente-1) e três tempos de incubação do solo com o pó de basalto (30, 90 e 120 dias), com quatro repetições. O experimento foi realizado em casa-de-vegetação, na Faculdade de Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Grande Dourados. Após os períodos de incubação, determinaram-se os valores de acidez ativa, acidez potencial, K, Ca, Mg e P dos solos incubados. Os resultados foram submetidos à análise de variância. O uso de pó de basalto no solo resultou em aumento significativo nos teores de Ca e Mg e nos valores de SB e V% aos 90 dias da incubação do solo. Aos 90 dias da reação do pó de basalto no solo, a dose de 12 Mg ha-1 de pó de basalto proporcionou a máxima redução da acidez ativa. O pó de basalto pode ser considerado como uma fonte alternativa de fertilizante e corretivo do solo de baixo custo, o que resulta, ainda, em prática agrícola de menor impacto ambiental. Entretanto, a baixa solubilidade do pó de basalto indica que tal material não pode ser utilizado como a principal fonte de nutrientes às plantas.
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Objetivou-se com o presente estudo avaliar o efeito residual da adição de pó de rocha basáltica associado ou não a adubação química, sobre os atributos químicos do solo e produtividade da cultura da soja. O delineamento experimental foi de blocos casualizados em esquema fatorial (5x2), testando, cinco doses de pó de rocha (0; 2,5; 5,0; 7,5 e 10,0 Mg ha-1), com ou sem adubação química de NPK na formulação 05-25-06, com quatro repetições. O experimento foi conduzido em condições de campo. Foram avaliadas as características agronômicas de altura final de plantas, altura da inserção do primeiro legume, diâmetro do coleto, peso de 1000 grãos, produtividade da soja e os atributos químicos do solo. A adubação química influenciou os teores dos nutrientes P, K e Mn no solo. Na camada de 0-10 cm houve aumento dos teores de P e K. Na camada de 10-20 cm ocasionou redução no teor de Mn. O residual da aplicação das doses de pó de basalto ocasionou a redução das concentrações foliares de P, Cu, Zn. A adubação química complementar favoreceu a redução da concentração do Mg foliar. Altura de plantas, diâmetro do coleto, peso de grãos e produtividade foram maiores nos tratamentos que receberam a adubação química. A pequena liberação dos nutrientes do pó de basalto indica que tal material não pode ser utilizado como a principal fonte de nutrientes às plantas.
A busca por uma alternativa social, ambiental e economicamente mais vantajosa às fontes convencionais de nutrientes torna especialmente importante o estudo do potencial de rochas silicatadas para o emprego na agricultura. O silício é considerado um elemento benéfico para várias culturas, e o seu uso na agricultura tem se intensificado nos últimos anos. Neste sentido, objetivou-se com o estudo avaliar o potencial de uso de pós de rochas silicatadas no fornecimento de silício para o solo e para a cultura do milho. Para tal foram realizados dois experimentos, um com pó de basalto e outro com pó de serpentinito. O delineamento experimental para ambos os experimentos foi o de blocos ao acaso, distribuídos em esquema fatorial 5x2, sendo, cinco doses do pó de rocha (0, 2, 4, 8 e 16 Mg ha-1), associados ou não a bioativo, com quatro repetições. As variáveis analisadas foram o teor de silício foliar, disponibilidade de silício no solo e componentes de produção da cultura do milho. A adição de pó de basalto no solo contribuiu para a redução dos teores de silício na folha. O uso do pó de serpentinito no solo contribuiu para a elevação dos teores de Si no solo. A utilização dos pós de rochas não interferiu nos componentes de produção, nem na produtividade do milho.
A aplicação de serpentinito pode diminuir a acidez do solo aumentando a disponibilidade de Ca, Mg, P e Si às plantas. O Objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do serpentinito na produção de matéria seca da parte aérea da forrageira Urochloa brizantha cv. Piatã e decomposição da fitomassa da forrageira. O delineamento experimental empregado foi blocos casualizados em parcelas sub-subdivididas no tempo, sendo as doses de serpentinito nas parcelas (0, 2, 4, 8 e 16 mg ha-1), o uso de bioativo nas subparcelas (com e sem o uso de bioativo) e as épocas de avaliação nas subsubparcelas (0, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após o manejo). As variáveis analisadas foram: taxa de cobertura da fitomassa sobre o solo, massa remanescente, tempo de meia vida e constante de decomposição da fitomassa da forrageira. A aplicação do serpentinito proporcionou maior produtividade de matéria, aumentou a taxa de cobertura e massa remanescente da fitomassa da Urochloa brizantha sobre o solo. O uso do bioativo proporcionou maior produção de matéria seca da forrageira com menores doses de serpentinito.
Objetivou-se com este estudo avaliar os atributos de fertilidade dos solos em áreas de vegetação nativa do Estado de MS, visando gerar informações de referência para tomadas de decisões no uso do recurso solo. Foram coletadas amostras de solos deformadas em 13 pontos amostrais em remanescentes de vegetação nativa, nas profundidades de 0,0 a 0,20 m e 0,20 a 0,40 m. As análises químicas: pH em CaCl2, P, K+, Ca2+, Mg2+, Al3+, H+Al, M.O e índices de fertilidade calculados (SB, CTC a pH 7,0 e V%) bem como a granulometria (areia, silte e argila) foram determinadas conforme metodologias da Embrapa. Os dados obtidos foram avaliados por estatística descritiva e análise de componentes principais. A fertilidade dos solos sob remanescentes de vegetação nativa está intimamente ligada ao material de parental e aos processos pedogenéticos. Os solos MD, NV, RR e PVA apresentam alta fertilidade natural evidenciados pelos altos valores de CTC, SB e V%. A baixa fertilidade natural dos solos SX, LV e GX está associada aos altos teores de Al3+ e H+Al+ e valores baixos de pH e V%. Os solos LV e NV por possuírem maiores teores de argila podem contribuir com maior capacidade de retenção de água e fornecimento de nutrientes favoráveis ao desenvolvimento de plantas. Os solos GX e SX por possuírem características químicas indesejáveis para atender à demanda das plantas, como baixos teores de nutrientes e acidez elevada, localizam próximos as nascentes e aos cursos d’água, por isso devem deixá-los como áreas de preservação da fauna e flora e de mananciais hídricos. Os solos RR e MD esses apresentam limitações ao uso agrícola como pequena profundidade que impede uma boa retenção e infiltração de água, dificuldade de mecanização e risco à erosão. O conhecimento dos atributos de fertilidade do solo é importante para manejo adequado, tanto para a manutenção da vegetação nativa, quanto para maior aproveitamento do solo em determinado uso, resultando em economia ao homem e a própria natureza, evitando tomadas de decisões errôneas na utilização dos recursos naturais.
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