O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre bem-estar psicológico e a presença de sintomas depressivos em idosos saudáveis. Os instrumentos utilizados foram: ficha de dados sociodemográficos, EDEP e BDI-II. Os dados foram analisados com o auxílio do SPSS, por meio de frequências, média, desvio padrão e correlações de Spearman. A amostra foi composta por 64 idosos, com média de idade de 69,61 (DP=7,58) e média de escolaridade de 4,59 anos de estudo (DP=2,61). Os resultados indicaram correlação inversa, moderada e significativa entre sintomatologia depressiva e os domínios autonomia, ambiente e relações positivas com os outros, encontrou-se ainda correlação inversa e fraca entre sintomatologia depressiva e crescimento pessoal. Acredita-se que escolaridade e atividade física podem ser fatores protetivos para depressão e bem-estar psicológico no envelhecimento. Por fim, levanta-se a hipótese de haver uma retroalimentação entre as variáveis que se correlacionaram entre si de forma significativa neste estudo.
Este ensaio apresenta uma reflexão de autores implicados no debate da formação profissional em saúde. O texto discute, com referencial pós-estruturalista, as fronteiras da formação como uma abertura às forças do acontecimento, sustentando que a aprendizagem se dá não apenas por linhas institucionais formais, mas na força dos encontros e das derivas. São os fatores de exposição à diferença que dão consistência à figura de uma ‘pedagogia’ da vulnerabilidade. Colocam-se em questão as amarras das políticas de regulação do ensino da saúde em contraponto com brechas dos processos formativos que ocorrem no cotidiano. O texto aponta a potência de uma proposta de formação em saúde que esteja comprometida ética e politicamente com a vida enquanto devir e acontecimento.
Este trabalho busca refletir sobre a possibilidade de uma diluição de intolerâncias pelo aperfeiçoamento coletivo do senso crítico como meio de estimulação de uma consciência social e tecnológica. Centra-se na busca por um contexto no ambiente educacional capaz de conciliar formação, senso comum e experiências, mediado por um modelo de autoridade construído em um possível consenso social. Para essa tarefa, são abordadas perspectivas de autores como Maffesoli (2010), Benjamin (1994), Sennett (2014), entre outros. No decorrer deste trabalho, buscou-se encontrar um possível modelo interpretativo, tendo como estratégia a valorização do senso comum e da experiência enquanto motivadores de percepções e comportamentos, em especial, na relação professor-aluno, indispensável na tarefa do educar para a cidadania. Nesse sentido, o desenvolvimento de um senso crítico capaz de reconhecer a importância da organização social é aqui considerado potencial motivador para o reconhecimento da autoridade do educador, tanto pelo aluno como pela sociedade em geral.
Resumo: O artigo pretende contribuir para um discurso caro ao tempo atual: a urgência das questões ambientais. Para isso trazemos autores reconhecidos mundialmente que tratam dos dramas que nos acometem cotidianamente. Busca-se também apontar o modo como o tema de uma crise ambiental tem entrado na pauta da sociedade atual, sobretudo nas mídias, sustentando muitas vezes uma política do medo. Enfatiza-se a discussão de uma ética do cuidado planetário, tomando o cuidado como categoria ontológica capaz de nos reconectar com a Terra. Ante a política do medo, feita da culpa e do terror, a Educação tem a responsabilidade de agenciar uma práxis que favoreça o sentido de coletividade e ação política, contrário ao individualismo contemporâneo.
Este ensaio resulta da experiência de vida e reflexão de dois profissionais da área da saúde - psicólogo e enfermeira - implicados pelo cotidiano da formação profissional no ensino superior. Coloca em cena a potência dos encontros como processos (trans) formadores, sobretudo quando educação, linguagem e saúde constituem os termos de um agenciamento de desejo. Colocam-se em questão os encontros que vitalizam ou amortecem o processo da formação profissional como experiência autoformativa de caráter ético-estético-político, para além da formação de competências e habilidades técnico-científicas. O texto objetiva mostrar a potência da informalidade na construção de novos saberes, permitindo aprendizados mestiços, onde já não sabemos ao certo em que tempo somos enfermeiros, psicólogos, professores, filósofos ou amigos, o que permite e de onde provém uma atitude transdisciplinar.
O presente artigo tem por objetivo analisar as ocupações das escolas estaduais pelos estudantes do Rio Grande do Sul que ocorreram nos meses de maio e junho de 2016. Tomamos como materialidade analítica a ocupação da Escola Estadual Normal 1º de Maio, localizada na zona norte de Porto Alegre, utilizando os conceitos “ciberdemocracia” de Pierre Lévy e “cuidado de si” de Michel Foucault e o pressuposto que estas mobilizações podem representar uma reativação do movimento estudantil e um novo uso do espaço público. As ocupações no Estado seguiram, em maior ou menor grau, as ocorridas em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, tanto nas reivindicações contra a privatização do ensino público, da limitação da prática docente ou/e na busca por melhorias de infraestrutura, quanto no formato de organização, um movimento autônomo, autogerido, onde os próprios estudantes realizam o trabalho necessário para o surgimento e consolidação da ocupação e na forma de mobilização através do uso de redes sociais virtuais. A mobilização através da ocupação potencializa o estar junto, visibilizando a necessidade da participação cotidiana para a construção da ação coletiva, através da reapropriação do espaço escolar, da horizontalidade nas interações, do protagonismo, das fruições culturais e do reconhecimento do outro.
Este artigo propõe-se a discutir os limites e as possibilidades educativas de enfrentamento do vazio existencial que assola as paisagens humanas contemporâneas, na forma de uma cultura da imagem. A constituição de novas territorialidades concebidas aqui como outros modos possíveis de existir e conviver assinala a aposta em práticas educativas que reafirmem o cuidado e a produção de sentido como opções éticas e políticas capazes de contribuir com a expansão da vida em sua potência de invenção e responsabilidade com o coletivo, a partir de Martin Heidegger e Donald Winnicott.
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