This study aimed to identify from the literature review whether agroforestry systems have been an agricultural practice adopted by indigenous peoples for income generation and food and nutritional security. For this, a systematic review was conducted in the period from 2010 to 2020 of 92 articles, dissertations, and theses. Thus, it is found that agroforestry practices are traditional indigenous forms of farming that provide food security, income generation, and medicines, in addition to preserving biodiversity. Indigenous agroforestry is fundamental to indigenous culture, strengthening spiritual practices and the relationship with nature. Women have vital importance in the management of agroforestry practices because, through this productive practice, they ensure the food consumption of the family, besides generating income. However, women still face many difficulties in the countryside because their working hours are longer than those of men; besides not participating in decisions on the choice of species and form of management, in some countries, they still face difficulty accessing and owning land. The studies provide evidence on the economic viability of agroforestry systems. However, research gaps are identified that verify the economic and financial analysis of agroforestry models, which address the concerns of indigenous communities, aiming at food security. These analyses are essential for the implementation and continuity of the production system.
No Brasil, as Áreas de Reserva Legal (ARLs) destinam-se à manutenção da biodiversidade e dos processos ecológicos, porém pode-se explorá-las economicamente de forma sustentável. Para restauração e uso desses espaços degradados, são recomendados os sistemas agroflorestais biodiversos (SAFs), que são apontados como sustentáveis, por proporcionarem, simultaneamente, benefícios ambientais e socioeconômicos. O objetivo desse trabalho é propor dois arranjos de sistemas agroflorestais biodiversos destinados à restauração de ARLs no ecótono entre Cerrado e Mata Atlântica e no bioma Cerrado, com viabilidade socioeconômica, visando atender ao Código Florestal Brasileiro e subsidiar aos agricultores para restauração de passivos ambientais, produzirem alimentos e gerarem renda nessas áreas. Realizou-se um estudo multidisciplinar para a indicação das espécies arbóreas e arbustivas nativas, bem como as espécies destinadas à geração de renda e os respectivos desenhos para cada um dos SAFs, as estimativas de produção, comercialização e geração de renda. Para a análise de viabilidade econômica, utilizou-se as técnicas de avaliação de investimentos de capital, como: Valor Presente líquido, Taxa Interna de Retorno, Valor Anual Uniforme Equivalente, Payback atualizado, Índice de Lucratividade, Taxa Interna de Retorno Modificada, relação Benefício/Custo e Modelo de precificação de ativos financeiros, onde foram inseridos dados de receitas e despesas que refletem a realidade da agricultura familiar, verificando sua rentabilidade ao longo de 20 anos. Os resultados demonstraram que sistemas agroflorestais biodiversos podem ser adotados pelos agricultores para implementarem a “recuperação produtiva” de Áreas de Reserva Legal, gerando renda desde o primeiro ano após sua implantação, mantendo-se ao longo do tempo.
Os sistemas agroflorestais biodiversos (SAFs) se constituem em alternativa de produção diversificada, pautando-se no uso sustentável da terra, associando a conservação e melhoria dos recursos ambientais com benefícios socioeconômicos à população rural. Entretanto, algumas lacunas nesses sistemas causam incertezas e dificultam a ampla adoção, em função da carência de informações inerentes às características dos arranjos nos consórcios, as espécies a serem cultivadas, os custos e potencial de viabilidade econômico-financeira. Nesse contexto, desenvolveu-se um trabalho multidisciplinar com o objetivo de propor arranjos de sistemas agroflorestais para fins de diversificação da matriz de produção de alimentos e melhoria ambiental, com viabilidade econômico-financeira. São dois arranjos de sistemas agroflorestais que contemplam espécies vegetais anuais consorciadas com frutíferas para fins de geração contínua de renda, associando-as a espécies arbóreas nativas e exóticas destinadas à melhoria ambiental, seguindo-se preceitos agroecológicos. Para analisar a viabilidade econômico-financeira, optou-se por técnicas de avaliação de investimentos de capital, como: Valor Presente líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE), Payback atualizado, Índice de Lucratividade (IL), Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM), Relação Benefício/Custo (B/C) e Modelo de precificação de ativos financeiros. Ambos os arranjos agroflorestais propostos têm potencial para serem viáveis economicamente, sendo que o SAF 1 demoraria 1,29 anos para recuperar todo o investimento (Payback atualizado) e no SAF 2 esse processo ocorreria em 2,82 anos. As espécies vegetais destinadas à geração de renda possuem ciclos produtivos distintos e devem gerar renda contínua ao longo de cada ano e suas receitas variam entre os sistemas. Os maiores custos ocorrem nos quatro primeiros anos, decorrentes das despesas de implantação dos agroecossistemas, bem como de demandas das culturas anuais nesse período, necessitando-se de mais mão de obra e insumos que nos anos seguintes, influenciando significativamente no resultado do Fluxo de Caixa do Produtor.
Avaliações econômicas e financeiras são importantes em investimentos voltados ao setor da produção de alimentos, principalmente em mercados emergentes, com maior risco. Incertezas tendem a impactar as decisões em organizações, os agentes de desenvolvimento e as escolhas realizadas por produtores rurais. Contudo, há limitada contribuição empírica sobre o risco de investimento em sistemas agroecológicos, o que dificulta a escolha por alternativas de geração de renda e segurança alimentar. Assim, objetivou-se analisar a viabilidade econômica num Sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS). Um estudo de caso foi realizado no município de Dourados, MS, entrevistando um gestor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, um técnico de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e um produtor rural. A metodologia utilizou as técnicas de orçamento de capital (VPL, TIR, TIRM, VAUE, IL e PBd) e diferenciou-se pela análise de risco com o método Monte Carlo e por uma abordagem alinhada com a condição de mercado emergente, como o do Brasil. Com a taxa mínima de atratividade (TMA) (8,7525%) calculada com o modelo CAPM híbrido (AH-CAPM), chegou-se aos seguintes valores: VPL= R$ 62.550,13; TIR=55,74%; TIRM = 24,78%; VAUE = R$ 9.640,65; IL=3,95; PBD= 2,03 anos. A probabilidade de o VPL ser negativo foi de 0,5%. A contribuição empírica, com ênfase em risco, aponta para a viabilidade do sistema agroecológico PAIS, o que pode subsidiar a escolha por tecnologias e estilos de produção de alimentos alinhados com o desenvolvimento rural sustentável e o fortalecimento da agricultura familiar.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.