Even though research has been showing that telework, under regular circumstances, could benefit the integration of work and family life, mandatory telework during the COVID-19 lockdown brought additional challenges, with potential to create conflicts between work and family spheres. Using regression analysis, this study examined the contribution of demographic and job-related variables to the prediction of work–family conflict among a sample of 213 workers who were involved in mandatory telework during the first lockdown due to the COVID-19 pandemic. The results revealed that role overload, after-hours work-related technology use, and low job autonomy accounted for the prediction of work–family conflict. Support from the supervisors and coworkers did not have an impact in easing the perception of work–family conflict but presented a moderation effect between after-hours work-related technology use and work–family conflict. Implications of the study for management practices related to telework, limitations of the study, and directions for future research are discussed.

INTRODUÇÃONa fase do ciclo vital que corresponde à passagem da adolescência para a idade adulta, ocorrem transições traduzidas no desenvolvimento, realização e consolidação da identidade pessoal e social do sujeito, que culminarão com a aquisição do estatuto social de adulto. Este último é sustentado pelo alcance de uma posição social decorrente do desempenho de papéis profissionais e familiares, que simultaneamente assinalam o final da juventude e caracterizam a idade adulta.Contudo, se classicamente, "ser adulto" era definido pelo exercício de uma actividade profissional e pela constituição de uma família, as mudanças sociais actuais dão novos contornos tanto à transição para a idade adulta, como ao assumir dos papéis de adulto por parte dos jovens. Por um lado, surge o prolongamento dos estudos e uma marcada instabilidade profissional que dificulta a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Por outro lado, os processos de emancipação residencial em relação à família de origem tendem a ocorrer mais tardiamente em termos etários, o que se repercute na idade para a constituição de uma família própria. O papel parental parece, assim, também ser adiado.De um modo geral, as mudanças sociais colocam novos desafios ao modo como os jovens vivem a transição para a idade adulta fazendo surgir uma nova figura de adulto "em transição", o chamado adulto emergente. O PROLONGAMENTO DOS ESTUDOS E AS DIFICULDADES DE INSERÇÃO PROFISSIONALUm dos aspectos que mais tem sido destacado na literatura sobre as novas configurações de transição para a vida adulta está relacionado com os investimentos prolongados dos jovens na formação escolar, originados pelo desenvolvimento do mercado de trabalho. De um modo geral, pode constatar-se, através dos indicadores sociológicos, que a melhoria generalizada das condições de vida e a modificação progressiva 255

Portugal apresenta uma crescente participação feminina no mercado de trabalho, levando a que o modelo familiar de um único elemento a trabalhar fora de casa tenha perdido expressão. Actualmente, as famílias de duplo­‑emprego ul­tra­passam em número as famílias com um único emprego, pelo que homens e mu­lhe­res debatem­‑se com as novas exigências do seu trabalho e da sua família. Assim, as responsabilidades do trabalho profissional, tarefas domésticas e cuidado dos filhos não se confinam mais à divisão tradicional dos papéis de género. Deste mo­do, uma relação conflitual entre as duas esferas é cada vez mais evidente. Neste es­tudo evidenciam­‑se as vivências de conflito profissional e familiar de homens e mu­lheres de famílias de duplo­‑emprego (n= 492) com filhos em idade pré­‑escolar. Os resultados apontam que o conflito trabalho­‑família é distinto do conflito família­‑trabalho e que este processo é particularmente distinto para homens e mulheres. Os antecedentes de cada tipo de conflito são também explorados em função do género.DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v25i1.277

No abstract

O presente artigo tem como principal objectivo adaptar o instrumento Questionnaire of Markers of Adulthood -QMA (Arnett, 2001), junto de jovens portugueses. Inspirado no conceito de Adultez Emergente, um conjunto de marcadores psicológicos, biológicos, sociais e contextuais de transição para a idade adulta foram avaliados a partir de 37 itens, junto de uma amostra de 224 estudantes universitários. Análises factoriais exploratórias e confirmatórias evidenciaram uma estrutura com cinco factores. Os resultados deste estudo confirmam a importância dos marcadores psicológicos como elementos nucleares na definição da idade adulta. Adicionalmente, para os jovens que ainda não se percepcionam completamente adultos, a independência financeira surge como um elemento crucial na sua definição da idade adulta. Este estudo reforça a importância atribuída, por outros autores contemporâneos, a esta fase emergente da vida e oferece um instrumento capaz de avaliar, de forma fiável e válida, a importância relativa dos marcadores de transição na conceptualização da idade adulta em Portugal.

se utiliza para diagnosticar el trastorno por déficit atencional/ hiperactividad (TDAH) en niños del Liceo Agrícola "José Abelardo Núñez", ubicado en San Miguel de Azapa, Arica, Chile, con el propósito de desarrollar estrategias de diagnóstico precoz para prevenir este trastorno, que se asocia frecuentemente a conductas de alto riesgo, como el uso de sustancias adictivas. Las niñas y varones aymarás obtuvieron puntajes significativamente menores en comparación con los niños pertenecientes a la población no aymará. Se discuten las implicaciones genéticas, antropológicas y culturales de este hallazgo, concluyendo que posiblemente tenga como causa una interacción entre factores culturales y genéticos en concordancia con la etiología multifactorial que en general se asigna al TDAH. Palabras claves: niños aymarás, baja prevalencia de trastornos déficit atencional/hiperactividad, etiología multifactorial. The distribution of scores on the Conners Scale which is used to diagnose attention deficit/hyperactivity disorder (ADHD) is studied in children of the "José Abelardo Núñez" school of San Miguel de Azapa, Arica, Chile with the purpose of developing early diagnostic strategies to prevent ADHD which is frequently associated with high risk conducts, like the use of addictive substances. Aymara girls and boys rated significantly lower when compared to non-Aymará children. The genetic, anthropological and cultural implications of these findings are discussed, concluding that an interaction of cultural and genetic factors is probably responsible for our findings in agreement with the multifactorial etiology generally assigned to ADHD.

This qualitative study explores the experiences of role boundary management of working-student mothers during COVID-19 pandemic shelter in place order. A thematic analysis was used to examine the experiences and consequences of role blurring due to remote work, school closures, and remote learning and the strategies used to cope with the demands of three roles – being a mother, a worker, and a student. Eight participants enrolled in higher education programs participated in a focus group using Zoom technology. Several experiences of role blurring and barriers to satisfactorily manage all the roles emerged from the analysis. Strategies to cope with permanent demands seemed to have had only a small effect on working-student mothers' adjustment and well-being as they navigated through the days of shelter in place order. Implications for a better understanding of the experience and impacts of role boundary management during COVID-19 are discussed.

No abstract