Este trabalho analisa a variação de nós e a gente na posição de sujeito. Com base nos princípios da Sociolingüística Quantitativa Laboviana foram identificados os fatores lingüísticos e sociais com o objetivo de explicar a diferente distribuição destas formas. O estudo focaliza o uso de falantes cultos das três principais regiões geográficas do Brasil: Rio de Janeiro (Sudeste), Porto Alegre (Sul) e Salvador (Nordeste).
• RESUMO: Propõe-se, neste estudo, delimitar os sistemas de tratamento vigentes no início do século XX em documentação produzida por brasileiros. • PALAVRAS-CHAVE: Pronomes de tratamento. Variação tu/você. Mudança linguística. Mescla de formas de tratamento.
<div class="page" title="Page 12"><div class="section"><div class="layoutArea"><div class="column"><p><span>Neste trabalho, busca-se discutir a produtividade das estratégias pronominais de referência ao sujeito de 2</span><span>a </span><span>pessoa do discurso e os tipos de relações sociais travadas entre remetente e destinatário em missivas cariocas e mineiras oitocentistas e novecentistas. O foco deste estudo são os tipos de relações sociais que parecem condicionar a frequência de uso das estratégias pronominais de 2</span><span>a </span><span>pessoa no Brasil à luz da Teoria do Poder e da Solidariedade pensada por Brown e Gilman (1960). De uma forma geral, nas missivas cariocas e mineiras caracterizadas pelas relações sociais simétricas e assimétricas, observou-se a difusão do </span><span>você</span><span>, parecendo já sedimentar a semântica da Solidariedade no Brasil novecentista. </span></p></div></div></div></div>
Resumo: Neste trabalho, busca-se discutir a produtividade das estratégias pronominais de referência ao sujeito de 2 a pessoa do discurso e os tipos de relações sociais travadas entre remetente e destinatário em missivas cariocas e mineiras oitocentistas e novecentistas. O foco deste estudo são os tipos de relações sociais que parecem condicionar a frequência de uso das estratégias pronominais de 2 a pessoa no Brasil à luz da Teoria do Poder e da Solidariedade pensada por Brown e Gilman (1960). De uma forma geral, nas missivas cariocas e mineiras caracterizadas pelas relações sociais simétricas e assimétricas, observou-se a difusão do você, parecendo já sedimentar a semântica da Solidariedade no Brasil novecentista. ! Palavras-chave: variação tu/você; mudança linguística; sistema pronominal; segunda pessoa; relações sociais simétricas e assimétricas.Abstract: This paper seeks to discuss the productivity of the pronominals strategies for using the 2 nd person in speech (tu and você) and types of social relations between sender and receiver locked in 19 th century and 20 th century in letters produced writings by cariocas and mineiros. The focus of this study are the kinds of social relations that seem to constrain the frequency of use of strategies pronominal of the 2 nd person in handwritten letters in the Brazil to the Theory of Power and Solidarity thought by Brown and Gilman (1960). To sum up, the results present the prevalence of the subject você in social relations symmetric and asymmetric of the carioca and mineiro letters already looking to settle the semantics of Solidarity in the nineteenth-century Brazil. ! Keywords: variation tu/você; linguistic change; pronominal system; second person; social symmetric and asymmetric relations.
Este artigo expõe encaminhamentos metodológicos conduzidos por dois modelos de análise piloto responsáveis não só por auxiliar o processo de reconstrução do perfi l sociocultural do redator com base em traços linguísticos da missiva histórica, mas também por evidenciar, através de vestígios gráfi cos, o grau de letramento de missivistas de sincronias passadas. Assim sendo, argumentamos, num primeiro momento, sobre a relevância de o linguista-pesquisadoratentar para as informações relacionadas aos perfi s socioculturais que se mostram circunscritas ao próprio documento, cotejando-as com informações arquivísticas e enciclopédicas acerca de redatores socialmente conhecidos. Num segundo momento, buscamos expor através das potencialidades da ferramenta computacional de edição (Programa E-dictor), traços dos grausde letramento de missivistas socialmente desconhecidos. Com base nessa proposta de análise piloto de traços gráfi cos e grafo-fonéticos em manuscritos históricos, constatamos se tratar de informantes dotados de um baixo grau de letramento, considerando as sistemáticas evidências de hipossegmentações e hipersegmentações não só em contextos de formas presas, mas tam-bém em ambiências de fronteiras silábicas.
Livro resenhado:LONGHIN, Sanderléia Roberta. Tradições discursivas – conceito, história e aquisição. Série Leituras introdutórias em linguística – volume 4. São Paulo: Cortez, 2014. 132
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