Medicamentos vencidos ou não utilizados oferecem riscos ambientais e à saúde pública quando descartados inadequadamente no lixo comum e no vaso sanitário ou pia. A logística reversa propõe restituir ao setor empresarial resíduos de medicamentos para destinação final ambientalmente segura. Este estudo objetivou descrever a estrutura para logística reversa disponibilizada ao público consumidor em drogarias. Foram pesquisadas quatro drogarias, cada uma pertencente a grandes redes do varejo farmacêutico do Brasil. As drogarias foram investigadas nas esferas: operacional, econômica, institucional e educacional. Verificou-se que ações de logística reversa de medicamentos são praticadas parcialmente, pois nem sempre atingem a totalidade de drogarias das redes. Existe carência de disponibilização de equipamentos para o descarte específico destes resíduos e de informações de educação ambiental para a população. O presente estudo possibilitou a reflexão sobre as potencialidades da logística reversa de medicamentos como contribuinte para a educação ambiental da população e para a preservação ambiental. Logística Reversa. Descarte de Medicamentos. Gestão de Resíduos. Unused or expired medications represent environmental and public health risks when improperly discarded in the trash, toilet, or sink. Reverse logistics (RL) consists of returning drug waste to the business sector for environmentally safe disposal. The aim of this study was to describe the reverse logistics framework available to drugstore consumers. Four pharmacies were surveyed, each belonging to a large Brazilian retail pharmacy chain. The drugstores were investigated with regard to operational, economic, institutional, and educational issues. It was found that the RL activities for medications are carried out in part, but do not always cover all drugstores in the networks. There is a lack of both specific equipment for disposing this waste and information on environmental education for the population. This study contributes to thinking related to the potential for RL of medications as a tool for environmental education and environmental preservation.
O descarte de medicamentos envolve dois fluxos: o fluxo institucional, dos resíduos de fármacos, classificados como resíduos de serviços de saúde, utilizados na indústria e nas instituições de saúde; e o fluxo domiciliar, dos medicamentos vencidos/em desuso em poder da população. O descarte dos resíduos de medicamentos de origem domiciliar pode ser promovido pela logística reversa, onde este tipo de resíduo é devolvido ao setor empresarial para destinação final ambientalmente segura. O objetivo deste estudo foi identificar as estratégias mais viáveis para operacionalização da logística reversa de medicamentos. Os resultados poderão contribuir para a operacionalização de um sistema de logística reversa de medicamentos, considerando todos os atores envolvidos e buscando conciliar suas necessidades, possibilidades, limitações e interesses.
An appropriate disposal of medication waste from households can be promoted by reverse logistics. This can be achieved by returning this kind of waste to the business sector for an environmentally friendly disposal. The aim of this study is to identify and describe the obstacles to the implementation and management of the reverse logistics of drugs from the perspective of the pharmaceutical industry and of product distribution representatives. Representatives identified as obstacles the lack of formalization of reverse logistics that are specific for the pharmaceutical segment, the lack of education aimed at the general population, to weak control of delivery stations and incoming waste and scarce financial resources. Creating awareness about such perceptions is fundamental to the search for solutions and to the debate about viable alternatives for both the general population and the pharmaceutical industry and its distribution network.
RESUMOO varejo farmacêutico é um segmento do comércio que merece atenção, uma vez que a destinação inadequada de resíduos de medicamentos pela população em nível domiciliar gera um significativo passivo ambiental. Os medicamentos vencidos ou não utilizáveis são enquadrados como resíduos de serviços de saúde. A legislação é direcionada somente para os estabelecimentos de saúde, e não trata do descarte de resíduos ou medicamentos pela população em geral. Pela logística reversa, este tipo de resíduo é restituído ao setor empresarial para destinação final ambientalmente adequada. Este estudo objetivou descrever a estrutura para logística reversa disponibilizada ao público consumidor em drogarias. Foram pesquisadas quatro drogarias localizadas na região central da Capital de São Paulo, cada uma pertencente a grandes redes de varejo farmacêutico do Brasil. As drogarias foram investigadas nas esferas operacional, econômica, institucional e educacional. Verificou-se que a logística reversa de medicamentos é praticada por três das quatro grandes redes de varejo farmacêutico incluídas neste estudo. Essa prática é parcial, pois nem sempre atinge a totalidades das drogarias das redes. Existe uma carência de disponibilização de equipamentos para o descarte específico destes resíduos e de informações de educação ambiental para a população. Há um desconhecimento das informações relativas à logística reversa e ao cuidado com a destinação final dos medicamentos não utilizados e vencidos inclusive pelos funcionários das drogarias. No momento da venda dos medicamentos as orientações sobre o descarte destes não são contempladas. Há campanhas pontuais de educação ambiental da população. Este estudo demonstra que a participação dos laboratórios farmacêuticos e órgãos públicos na prática de logística reversa de medicamentos é tímida e possibilitou uma reflexão sobre as potencialidades do varejo farmacêutico em ações pós-consumo, como contribuição para a educação ambiental da população e para a preservação ambiental.
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