A investigação da qualidade de vida dos professores de ciências e a busca por melhorias que promovam um melhor desempenho desses profissionais no cotidiano das escolas podem ser uma forma de reduzir as desigualdades na educação no Brasil e favorecer o crescimento dos professores em nível educacional e social. Este estudo teve o objetivo de analisar indicadores físicos e mentais de qualidade de vida dos professores de ciências de uma escola pública localizada no interior do Rio Grande do Sul. Foram avaliadas informações acerca das características demográficas, econômicas, ocupacionais, atividades domésticas, esforços físicos, saúde física, saúde mental e os diagnósticos médicos mais referidos pelos professores desde o início do trabalho como docente. Como resultados, encontraram-se diversas queixas em relação à saúde e à qualidade de vida dos professores estudados, como nervosismo, rouquidão, dor nas costas, braços e pernas, além de formigamento e inchaço nas pernas. Conclui-se que o conhecimento dessas evidências pode contribuir para a construção de medidas para a reorganização da sistemática de trabalho e influenciar diretamente na qualidade de vida dos professores, gerando melhor desempenho na atividade de educar.
A síndrome metabólica é uma doença crônica representada por um conjunto de fatores de riscos cardiovasculares. O objetivo deste estudo foi analisar o diagnóstico da síndrome metabólica sob diferentes critérios de definição. Foram avaliados parâmetros antropométricos, bioquímicos e hemodinâmicos de 125 indivíduos. A prevalência de síndrome metabólica variou conforme o critério utilizado para análise: 16,8% (World Health Organization), 57,6% (National Cholesterol Education Program) e 75,2% (International Diabetes Federation). A diferença na prevalência de síndrome metabólica apresentada para a mesma amostra nos leva a concluir que a obrigatoriedade da disfunção relacionada à glicose, apresentada pela Organização Mundial da Saúde, subestima muitos casos do diagnóstico por não considerar outros fatores de risco, como por exemplo a hipertensão, a dislipidemia e a obesidade central, que podem estar presentes no indivíduo.
Resumo Há evidências que o apoio e o comportamento parental interferem diretamente no comportamento saudável dos adolescentes. O objetivo deste estudo é identificar a relação do Perfil de Estilo de Vida (PEV) parental com os estudantes. Participaram 208 escolares, de 11 a 15 anos, e seus respectivos pais (mãe/pai). Para avaliar o PEV dos pais foi utilizado um instrumento que engloba cinco componentes associados ao estilo de vida: nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse. Já, para os alunos foi aplicado o instrumento adaptado para adolescentes. A análise dos resultados foi através da estatística descritiva e o teste Qui-Quadrado. Os alunos, as mães e os pais apresentaram um comportamento positivo (CP) para os componentes PEV, a pontuação média das respostas na nutrição dos alunos e dos pais ficou próxima a um comportamento negativo (CN). A média de pontos das mães na atividade física correspondeu a um CN. Não houve relações significativas dos componentes do PEV do grupo casais com o grupo de filhos, somente no componente atividade física foi encontrada uma relação significativa. As relações estabelecidas entre os grupos nos componentes sugerem que uma postura conjunta positiva de ambos os pais possibilita aumentar a possibilidade de ter filhos com CP.
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercícios físicos combinados no tempo de atividade física e qualidade de vida de adultos com deficiência visual (DV). Participaram nove adultos com DV com média de idade de 44,9±11,3 anos. Foi realizado um programa de treinamento com exercícios aeróbicos e de treinamento com pesos combinados em uma única sessão, duas vezes na semana, por um período de 12 semanas, em um Espaço de Atividades Físicas. O tempo de atividade física (TAF) foi avaliado por meio do IPAQ, versão curta e a qualidade de vida (QV) pelo WHOQOL – BREF abreviado na versão em português. Também foi aplicada uma Ficha Anamnética para caracterizar os participantes. As avaliações foram realizadas anteriormente o início do treinamento e ao término do mesmo. Foi utilizado o teste Shapiro–Wilk para verificar a normalidade dos resultados e o teste Wilcoxon para avaliar a diferença entre as médias obtidas antes e após o treinamento. Foram observadas melhoras estatisticamente significativas no TAF e nos domínios físico e psicológico da QV. Conclui-se que a prática de exercícios físicos combinados promove melhoras nos níveis de QV e TAF, possibilitando um estilo de vida mais ativo e maior independência para pessoas com DV.
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