Resumo Operações urbanas consorciadas (OUC) foram popularizadas nos planos diretores pós-Estatuto da Cidade, principalmente pela promessa de convergir interesses públicos e privados na implantação de grandes projetos urbanos. O instrumento baseia-se no princípio do solo criado, compartilhando custos e benefícios do desenvolvimento urbano e regularizando a oferta de incentivos ao mercado imobiliário por meio de contrapartidas. Entretanto, seus resultados são polêmicos e ainda pouco explorados em municípios de menor porte. O caso de Balneário Camboriú, objeto desta pesquisa, demonstra o desvirtuamento do solo criado ao permitir a utilização do potencial construtivo gerado pela OUC fora de seu perímetro. Consolidando frentes de expansão imobiliária, o instrumento vem colaborando com a verticalização local e pouco gerou de contribuições para a cidade como um todo.
As Áreas de Urbanização Especial (AUEs) são um zoneamento previsto no Plano Diretor de Florianópolis de 2014 onde a intenção de preservação ambiental alia-se ao adensamento e à criação de novas centralidades. Em uma cidade polinucleada e com diversos ecossistemas frágeis, as AUEs apresentam potencial para o desenvolvimento urbano. Entretanto, a partir da análise do Plano Diretor e levantamento de dados quantitativos e qualitativos, este trabalho aponta dificuldades na formulação e aplicação deste zoneamento. Enquanto a legislação é indefinida sobre os benefícios e as contrapartidas esperadas, o número de AUEs indicadas e suas localizações demonstram a dificuldade de equacionar os interesses presentes, configurando-se atualmente como áreas “congeladas” e com futuro incerto.
Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar os impactos das operações urbanas consorciadas em municípios de médio porte, com população entre 100 mil e 500 mil habitantes e não inseridos em regiões metropolitanas. As operações urbanas consorciadas são instrumentos para a implantação de grandes projetos urbanos nos quais a outorga de benefícios construtivos e urbanísticos financiaria investimentos em transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental. Embora seja um dos instrumentos mais polêmicos do Estatuto da Cidade, as pesquisas mais conhecidas sobre as operações exploram grandes metrópoles nacionais. Esta pesquisa, no entanto, realizou o levantamento das experiências de operações em cidades brasileiras de médio porte, visando compreender o equilíbrio entre benefícios e contrapartidas esperados dos projetos a partir da análise de legislações e decretos normativos, publicações nos diários oficiais, documentos e notícias locais, além de contatos diretos com as prefeituras. Como conclusão, ao longo do artigo, expõe-se o desequilíbrio entre os incentivos dados à iniciativa privada e os investimentos de caráter ambiental e social decorrentes das operações. Finalmente, questiona-se a adequação desse instrumento para as intervenções analisadas nas cidades de médio porte.
Resumo Identificadas como formas de flexibilização do planejamento urbano e captura de valorização imobiliária, operações urbanas consorciadas são instrumentos previstos no Estatuto da Cidade para a realização de grandes projetos urbanos utilizando parcerias público-privadas. Buscando avaliar sua implementação nacionalmente, esta pesquisa levantou os casos de operações urbanas consorciadas nos municípios brasileiros. Como resultado, encontrou-se um alto grau de difusão do instrumento, presente em planos diretores de todas as regiões do País e em realidades urbanísticas diversas. Entretanto, encontrou-se um baixo índice de transformação do instrumento em lei específica, além de propostas judicializadas, leis revogadas e projetos não iniciados, demonstrando a atratividade das operações e as dificuldades em sua implementação. Finalmente, expõem-se as problemáticas de acesso a informações e transparência dos projetos.
The maker movement, which is based on experimentation, can be used as a teaching approach in universities and in society. This work presents the results of teaching-learning experiments of robotics projects using maker education approach in learning by doing and project-based learning methods. The research had two moments, in the first, two short-term workshops were held using prototyped cardboard parts and discarded electronic components. In the second moment, a long-term workshop was held with robotic kits. The data gathered through unsystematic observations was analyzed in order to understand the benefits of introducing maker education in different contexts and to present the limitations of each group. The experiments provided a collaborative experience, encouraging the development of initiative, autonomy, and critical and investigative sense of students in relation to the proposed problem.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.