Objetivo: avaliar a implantação e os efeitos observados da Estratégia Amamenta Alimenta Brasil (EAAB) em Unidades de Saúde (USs) de Piracicaba/SP. Métodos: Pesquisa avaliativa realizada em duas etapas: 1) análise da adesão das equipes à EAAB; 2) análise comparativa dos marcadores de consumo alimentar em USs com e sem EAAB. Na etapa 1 os dados foram obtidos por um instrumento de monitoramento das ações pactuadas nas oficinas de implantação da EAAB e, na etapa 2, por marcadores de consumo alimentar registrados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional no período de 2015 a 2018. Resultados: Na etapa 1, 100% das USs tiveram adesão de 80-85% da equipe e pactuaram ações para a promoção do aleitamento materno e alimentação complementar saudável. Na etapa 2, as US com EAAB apresentaram aumento do percentual médio dos indicadores de aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses, aleitamento materno complementar, introdução alimentar e redução no indicador de consumo de macarrão instantâneo. Conclusão: Houve boa adesão à EAAB por parte dos membros das equipes e os indicadores de promoção do aleitamento materno e alimentação complementar saudável das USs com EAAB foram mais positivos em relação às sem EAAB.
Introduction: Syphilis is an infectious disease of bacterial nature, acting on organs and/or systems. The increase in the number of cases worldwide has been of concern and the infection has been considered a public health problem. Given this scenario, this study evaluates the epidemiological profile, spatial distribution, and time series of the cases of acquired syphilis, syphilis in pregnant women, and congenital syphilis in a Brazilian municipality. Methodology: This is a cross-sectional and descriptive study with second data of the notified cases. For the definition of the population universe, an initial survey of syphilis cases notified in the municipality was carried out, from January 1, 2013 to December 31, 2017. Results: There was an increase in the notified cases and the detection/incidence rates of syphilis. The epidemiological profile was composed of men (76.7%), adults (24.8%), white (60.4%), with eight or more years of study (53.7%) in addition to pregnant adolescents (36.7%) and young adults (26.0%), with inadequate treatment and untreated partners. A concentration of cases was identified in the regions with the lowest monthly income and the time series showed an increasing trend (p-value < 0.001). Conclusions: Health actions should continue to improve access to diagnosis and to notification, focusing on treatment, cure and health education actions to control and prevent new cases.
OBJETIVO O objetivo foi analisar o papel da Literacia em Saúde (LS) como fator associado às perdas dentárias entre usuários do Sistema Único de Saúde com doenças crônicas não transmissíveis. MÉTODOS O estudo transversal e analítico foi conduzido com usuários adultos e idosos selecionados em dez Unidades de Saúde da Família sorteadas, em Piracicaba – SP, Brasil. Foi aplicado um questionário com dados sociodemográficos (sexo, idade, cor da pele e escolaridade), comportamentais (escovação e uso de fio dental), determinantes em saúde (tipo e frequência de uso de serviço de saúde médico e odontológico) e clínica (dor). As condições bucais foram coletadas por exame intrabucal do biofilme dental visível e Índice Pediodontal Comunitário. As condições clínicas sistêmicas (glicemia, hemoglobina glicada e pressóricas) foram extraídas dos prontuários. A variável explanatória foi a LS (baixa, média e alta), medida pelo Health Literacy Scale (HLS-14). RESULTADOS O desfecho foi à perda dentária medida pelo Índice de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados. Foi realizada regressão logística com uso de um modelo conceitual para a LS (p < 0,05). Para os 238 indivíduos, a média de idade foi 62,7 anos (± 10,55). A perda dentária esteve associada à LS nos modelos de regressão ajustados por tipo de serviço odontológico, frequência odontológica e uso de fio dental. No modelo final, a perda dentária teve como fatores associados a maior idade (OR = 1,12; IC95% 1,07–1,17), menor escolaridade (OR = 3,43; IC95% 1,17–10,10), ao uso irregular de fio dental (OR = 4,58; IC95% 1,75–7,31), uso irregular do serviço odontológico (OR = 2,60; IC95% 1,32–5,12), bolsa periodontal (> 4mm) (OR = 0,31; IC95% 0,01–0,08), ter biofilme dental visível (OR = 7,23; IC95% 3,19–16,41) e maior índice de glicemia (OR = 1,98; IC95% 1,00–3,92). CONCLUSÕES A perda dentária esteve associada à LS quando ajustada por comportamentos em saúde, a partir da inclusão das variáveis sociodemográficas e condições clínicas ela perdeu a significância. No modelo final, comportamentos, determinantes em saúde e condições clínicas foram indicadores de risco da perda dentária, demonstrando a multifatorialidade envolvida neste fenômeno.
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A curiosidade e a vulnerabilidade, decorrentes da idade, tornam as crianças vítimas frequentes de acidentes. Por passarem grande parte do dia na escola, é comum a ocorrência de acidentes neste ambiente, exigindo dos professores/cuidadores, conhecimentos sobre primeiros socorros. O objetivo do presente estudo foi analisar a percepção destes profissionais quanto a primeiros socorros e prepará-los para atender a situações de emergência. Tratou-se de um estudo descritivo, de abordagem quali-quantitativo, com aplicação de intervenção, em instituições de educação infantil do município de pequeno porte, do estado de São Paulo. Para a coleta dos dados, utilizou-se um questionário para caracterização dos sujeitos e das situações vivenciadas e um para a avaliação dos conhecimentos prévios. Dos sujeitos (n= 87), 97% eram do gênero feminino, com idade média de 42 anos. Os acidentes mais frequentes foram: quedas, sangramento nasal e picada de inseto. Com o intuito de identificar se a capacitação surtiu efeito, o mesmo questionário utilizado para a avaliação dos conhecimentos prévios foi aplicado. A intervenção se mostrou eficaz, pois, 79,8% dos indivíduos melhoraram a quantidade de acertos nas questões. A educação continuada e a construção de vínculos e parcerias entre profissionais de saúde locais e professores se faz necessária para ampliar a saúde no âmbito escolar.
OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores associados à Síndrome de Burnout e à qualidade de vida no trabalho de profissionais da Atenção Primária à Saúde de uma cidade do interior do estado de São Paulo.MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, conduzido com 520 profissionais de unidades de saúde de um município do interior do estado de São Paulo, Brasil. A qualidade de vida no trabalho foi avaliada a partir do instrumento Quality of Working Life Questionnaire e a Síndrome de Burnout a partir do instrumento Maslach Burnout Inventary. Foram realizadas análises descritivas e bivariadas das variáveis dependentes e independentes e, em seguida, regressão logística com as variáveis que apresentaram p<0,20. Adotou-se nível de significância de 5%.RESULTADOS: A maioria dos profissionais era do gênero feminino, auxiliar/técnico de enfermagem, com carga horária de 40 horas semanais. Quanto à Síndrome de Burnout, 57,7% dos profissionais apresentaram esgotamento e 49,2% consideraram sua qualidade de vida no trabalho global como baixa. Identificou-se associação entre função e percepção de saúde, com qualidade de vida no trabalho.CONCLUSÕES: Houve prevalência de Síndrome de Burnout e esta foi elevada, principalmente entre as funções administrativa e médicos. O esgotamento profissional esteve associado à função percepção da saúde e à qualidade de vida no trabalho.
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