O presente artigo utiliza o arcabouço epistemo-metodológico da ANTi-History (Durepos, 2009; Durepos & Mills, 2012; Quelha-de-Sá & Costa, 2018a) para (re)montar a rede de atores envolvida na realização da primeira cirurgia de redesignação sexual no Brasil, em plena ditadura civil-militar (1964-1985). Durante tal período ocorreram graves violações aos direitos humanos, incluindo perseguição às pessoas LGBTQ+, consideradas ameaças à segurança nacional, à família e à moral. Aproximadamente três décadas após o final desse período, foi instituída uma Comissão Nacional da Verdade, cujos relatórios foram fundamentais para desvelar os crimes e abusos cometidos. No entanto, muitas das agressões contra LGBTQ+ permaneceram turvas, sendo um exemplo o caso de uma cirurgia que passa de uma questão de saúde pública a uma questão de justiça pública. Nesta pesquisa, seguimos vestígios deixados por rede de atores associadas a diferentes instituições da administração pública e que lidam, à época, com um mesmo fenômeno de formas distintas. Assim, este trabalho contribui para estudos históricos em Administração desvelando os momentos de virada (turning points) que definem aspectos inerentes a uma rede de atores em um passado, ao identificar alguns aspectos que ainda se encontram refletidos no momento presente de instituições pertencentes à Administração Pública.
The Critical Management Studies series covers topics from management style techniques, corporate culture and cross-cultural management to evaluation, organizational structure and management science and operations, drawing on a range of radical traditions that include feminism, critical theory, Marxism, postmodernism/poststructuralism, critical race theory, environmentalism, labor process theory, postcolonial theory, existentialism, and applied critical management studies.Books in this series aim to contribute to sociopolitical change, from authors who self-identify as critical management scholars, critical scholars of management, or those with practical experience in the field, encouraging us to rethink the fundamental relationships between working/organizing/managing and our sense of humanity.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.