Resumo: Frente à discussão em torno da renda proveniente de atividades não agrícolas e sua importância para a população rural brasileira, este artigo analisa (i) os condicionantes da pluriatividade e da condição não agrícola das famílias rurais e (ii) os impactos das atividades não agrícolas na renda das famílias rurais. As análises baseiam-se em dados empilhados da PNAD de 2001 a 2013, período caracterizado por marcantes transformações na economia e sociedade rural. Os resultados destacam como as chances de a família rural possuir atividade não agrícola dependem tanto de fatores endógenos à estrutura familiar, como a presença de filho em idade adulta e escolaridade da pessoa responsável, quanto de fatores exógenos, como a proximidade do domicílio às áreas urbanas e região geográfica. Apesar das sensíveis melhoras no emprego e renda agrícola nos anos 2000, manteve-se o ritmo histórico de redução das famílias com atividade exclusivamente agrícola no rural brasileiro. Essa dinâmica justificar-se-ia, em parte, pela renda das famílias com atividades não agrícola, que é maior que a das famílias exclusivamente agrícolas e apresentou crescimento superior no período, contribuindo para a intensificação das disparidades de renda no meio rural. Palavras-chaves:Mercado de trabalho agrícola; Pluriatividade; Desigualdade; Renda agrícola; Demografia rural. ; and (ii) Abstract: Based on the discussion of the income from non-agricultural activities and its importance for the Brazilian rural population, this study analyzes: (i) the determinants of pluriactivity and non-agricultural activities in rural households
This study analysed the impact of changing family structure on income distribution. Specifically, it analysed how changes in the proportions of different categories of family in the population contributed to increases in the income of the richest and poorest social strata in Brazil, and the consequent impacts on income inequality. Rural and urban families were compared in order to understand how these dynamics had different impacts on more developed (urban) and less developed (rural) areas. The results emphasize how changes observed in family structure are more pronounced among the richest families, contributing to an increase in (i) the income of the richest families and (ii) income inequality between the richest and poorest families, as well as between urban and rural areas.
Em paralelo às mudanças institucionais do meio rural brasileiro, o setor agropecuário brasileiro passou por profundas transformações produtivas nas últimas décadas. Este artigo avalia a evolução da população de áreas rurais ocupada no setor agrícola com base nos dados dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. Os resultados destacam que houve queda do número de ocupados agrícolas nos anos 1990 e aumento nos anos 2000. A geração do emprego agrícola nos anos 2000 abrangeu boa parte das áreas rurais. Aumentou também a inserção das mulheres no mercado de trabalho agrícola rural, atendendo em grande medida a demanda por mão de obra no setor. Por outro lado, diminuiu significativamente o número de empregadores agrícolas, fenômeno que pode estar associado à maior vulnerabilidade dos pequenos produtores e aumento da concentração no setor. Por fim, é importante destacar que a compreensão da evolução da população agrícola rural deve considerar a dinâmica demográfica local e suas perspectivas.
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