O contexto da formação em psicologia é tradicionalmente marcado pela patologização das performances de gênero e das sexualidades que fogem à matriz heteronormativa. A ausência da discussão sobre a diversidade sexual na formação em psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul motivou o projeto de pesquisa-intervenção aqui apresentado. O objetivo foi estimular o debate sobre a diversidade sexual utilizando o cinema como disparador de discussões em graduandos em psicologia, a fim de se compreenderem suas crenças e atitudes sobre a temática. As análises apontam para a resistência à discussão desta temática para além das abordagens tradicionais, as quais situam a diversidade sexual no campo da psicopatologia. No entanto, apesar da resistência, foi possível criar um espaço para a discussão que possibilitou ao corpo discente e docente refletir sobre o tema.
Neste artigo, apresentamos uma discussão sobre a utilização de conceitos na construção de uma tese. Argumentamos a respeito da necessidade de entrar em contato com aquilo que não se faz tão evidente no processo do pensamento e, para tanto, afirmamos a necessidade de problematizar os conceitos numa operação que chamamos de desmontagem. Elencamos então algumas operações envolvidas nesse processo, inspiradas por Deleuze e Guattari, tomando como ponto de partida os conceitos como contingentes e construídos, situando-os no plano de imanência, historicizando-os e articulando-os com o campo problemático em que se constroem. Afirmamos, assim, o caráter criativo da construção de uma tese, na qual desmontar torna-se também remontar conceitos, dando consistência ao processo de produção de conhecimento.
O objetivo deste trabalho é discutir a noção de poética da extração como um operar que decanta efeitos de criação do trabalho de subtração/perda. Para tanto, parte da articulação entre os estudos de Rosalind Krauss (1979), em que a autora deriva a proposição de campo expandido do delineamento de uma noção de escultura que se ergue a partir da composição de negativos, e o trabalho do escritor norte-americano Jonathan Safran Foer, que escreve o livro Tree of codes operando uma verdadeira exumação da obra de Bruno Schulz, A Rua dos Crocodilos. A articulação desses trabalhos permite delinear condições de localização de um impossível que resta indicado, sem ser apreendido, e que acaba por fazer incidir efeitos de expansão sobre campos, como os da literatura, da arte e os estudos da memória, bem como por ver surgir o que nos permitimos chamar de um livro-objeto-escultura-obra-de-arte.PALAVRAS-CHAVE: campo expandido; poética da extração; escultura; literatura.
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