O íleo biliar é uma rara obstrução mecânica do trato gastrointestinal decorrente da impactação de cálculos biliares, podendo ocorrer em qualquer parte deste trato. Sua ocorrência aumenta proporcionalmente à idade e, em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, o íleo biliar apresentou crescimento na sua incidência. Manifestada tipicamente por dor em cólica, distensão abdominal, náuseas e vômitos, seus sintomas inespecíficos dificultam um diagnóstico rápido e preciso, resultando em altas taxas de morbimortalidade. A tomografia computadorizada é considerada, atualmente, o padrão ouro no diagnóstico do íleo biliar, entretanto, o diagnóstico também pode ser dado por radiografia, a partir da presença da tríade de Rigler (pneumobilia, distensão de alças intestinais e presença de cálculos radiopacos intraluminais). O principal objetivo terapêutico consiste na extração do cálculo agressor, após a estabilização clínica do paciente. Embora a cirurgia aberta tenha sido estabelecida como método padrão de tratamento, nos dias de hoje, o reparo por endoscopia tornou-se bem aceito, principalmente em pacientes mais frágeis. Entretanto, nos casos em que o método conservador falha ou em cenários de emergência, a cirurgia deve ser realizada prontamente. Esta, por sua vez, pode ser realizada por uma abordagem única, com a extração do cálculo biliar simultânea à colecistectomia e ao reparo da fístula, ou em dois estágios, ou seja, apenas a extração do cálculo biliar e posteriormente o reparo da fístula e a colecistectomia. De qualquer forma, a escolha da melhor conduta deve sempre ser individualizada, levando sempre em consideração a situação do paciente e a localização dos cálculos.
Populações de usuários de drogas têm sido associadas a epidemias de infecções ou Infecções Sexualmente Transmissíveis, especialmente a infecção pelo HIV (que está associada a drogas injetáveis, uso de equipamentos contaminados para drogas injetáveis e sexo inseguro). A droga mais associada às DSTs é a cocaína fumável de base livre (crack), devido ao aumento dos comportamentos sexuais de risco. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo compreender o impacto do uso de drogas no aumento das infecções sexualmente transmissíveis. Para isso, adotou-se como metodologia a revisão sistemática de literatura, realizando buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS/Medline a partir do uso de descritores DeCS/MeSH e aplicação de critérios de inclusão e exclusão. A partir da análise e interpretação dos dados, concluiu-se que que pessoas que fazem uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas, sejam elas mulheres, homens, adolescentes, jovens, adultos, idosos, em situação de rua ou não, tendem a desenvolver comportamentos vulneráveis que pode resultar em IST. Somado a isso, enquanto comportamento de risco, tem-se a preferência por não usar preservativo, seja em relações sexuais com pessoas monogâmicas como com dois ou mais parceiros. Nesses casos, tanto o uso exacerbado de drogas como a falta de informação sobre comportamento sexual demonstram-se insuficientes.
Resumo Objetivo Analisar os preditores de saúde associados à fragilidade na população idosa atendida em um serviço de Atenção Secundária em Geriatria e Gerontologia, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Métodos Estudo observacional transversal, envolvendo amostra de 4.323 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, submetidos a avaliação clínico-funcional. Selecionou-se variáveis sociodemográficas e clínico-funcionais que foram analisadas em comparação à variável dependente do estudo: estrato clínico-funcional por meio da Escala Visual de Fragilidade de forma dicotomizada em frágil e não frágil. Foram realizadas regressões logísticas univariadas. As variáveis com valor p<0,2 foram submetidas à regressão multivariada por meio dos métodos de stepwise e forward de seleção de variáveis na equação. Resultados O valor potencial de explicação do modelo foi de 70,4%. Sete variáveis relacionaram-se à fragilidade: idade (OR 1,016; IC 95%: 1,00–1,028; p<0,001), demência (OR 5,179; IC 95%: 3,839–5,961; p<0,001), sintomatologia depressiva (OR 1,268; IC 95: 1,090–1,475; p=0,002), incontinência urinária (OR 1,330; IC 95%: 1,153–1,535; p<0,001), alterações no padrão de marcha (OR 1,483; IC 95%: 1,287–1,709; p<0,001), circunferência de panturrilha (OR 0,956; IC 95%: 0,932–0,982; p=0,001), IMC (OR 1,026; IC 95%: 1,008–1,044; p=0,005). Conclusão A idade avançada, os quadros demenciais, sintomatologia depressiva, alterações esfincterianas e da marcha associaram-se com fragilidade. Destacam-se a associação entre fragilidade com mensurações reduzidas da circunferência de panturrilha e valores aumentados de IMC e o diagnóstico de demência como a maior força de associação com a síndrome de fragilidade.
Objective To analyze the health predictors associated with frailty in the older population treated at a Secondary Care Service in Geriatrics and Gerontology, Belo Horizonte, Minas Gerais state, Brazil. Methods A cross-sectional observational study involving a sample of 4,323 individuals aged 60 years or older that underwent a clinical-functional evaluation was conducted. Sociodemographic and clinical-functional variables were analyzed and compared against the dependent variable of the study: clinical-functional stratum, as measured by the Visual Frailty Scale, dichotomized into frail and non-frail. Univariate logistic regressions were performed and the variables with p-value <0.2 were submitted to multivariate regression by stepwise and forward methods of selecting variables in the equation. Results The potential explanatory value of the model was 70.4%. Seven variables were associated with frailty: age (OR 1.016; 95%CI: 1.001–1.028; p<0.001), dementia (OR 5.179; 95%CI: 3.839–5.961; p<0.001), depressive symptoms (OR 1.268; 95%CI: 1.090–1.475; p=0.002), urinary incontinence (OR 1.330; 95%CI: 1.153–1.535; p<0.001), changes in gait speed (OR 1.483; 95%CI: 1.287–1.709; p<0.001), calf circumference (OR 0.956; 95%CI: 0.932–0.982; p=0.001), and BMI (OR 1.026; 95%CI: 1.008–1.044; p=0.005). Conclusion Advanced age, dementia, depressive symptoms, and continence and gait changes were associated with frailty. The study results reveal an association of reduced calf circumference and increased BMI values with frailty in older adults and that dementia diagnosis had the strongest association with the frailty syndrome.
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