Introdução: Emergências oncológicas são condições agudas causadas pelo câncer, ou por seu tratamento, que requerem rápida intervenção. Objetivo: Analisar e sintetizar a produção científica relacionada à assistência ao paciente com urgências e emergências oncológicas. Método: Revisão integrativa da literatura com consultas no PubMed, Cinahl, Embase e Lilacs, em fevereiro de 2018, com os descritores Emergencies AND Oncology OR Neoplasm, sem restrições de tempo. Resultados: Selecionados 55 artigos, publicados de 1987 a 2017; com nível de evidência fraco ou moderado (96,3%); 54,5% dos artigos abordaram emergências estruturais-obstrutivas do trato gastrointestinal, 10,9% do trato respiratório, 7,2% infecções e sistema neurológico, 5,4% emergências cardíacas, abdominais e metabólicas e 3,6% emergências hepáticas. Conclusão: As emergências oncológicas devem ser mais bem estudadas, reconhecidas e entendidas pela equipe, para que haja melhora no prognóstico e na qualidade de vida dos pacientes.
Introdução: A sindrome mao-pe (SMP) ou eritrodisestesia palmopalmar e uma reacao cutanea toxica decorrente da quimioterapia antineoplasica, que ocorre com frequencia e constitui importante problema clinico ao individuo com neoplasia maligna. O desenvolvimento da SMP pode levar a interrupcao do tratamento e, com frequencia, a reducao da dose do quimioterapico. Objetivo: Analisar os dados clinicos e epidemiologicos de pacientes com SMP tratados com quimioterapia. Método: Estudo descritivo e retrospectivo, com coleta de dados realizada entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014 em prontuarios utilizando-se do registro de toxicidades dos antineoplasicos e da Escala de Performance Status do Eastern Cooperative Oncology Group. Resultados: Foram analisados 250 prontuarios. Destes, 70 realizaram tratamento quimioterapicos e 15 (21,4%) apresentaram SMP, com toxicidade grau 1 apos uso de dois ciclos de capecitabina (13,3%); grau 2 apos dois, quatro e ate 12 ciclos de tratamento (40%); grau 3 apos cinco e 11 ciclos de capecitabina (20%); e, em grau 4, um paciente apresentou toxicidade apos dois ciclos de capecitabina e outro, apresentou SMP apos dois ciclos de doxorrubicina lipossomal (13,3%). Conclusão: O tratamento com quimioterapia causa alto risco de apresentar SMP. No entanto, mostrou baixa incidencia dessa sindrome em pacientes com cancer que fazem tratamento com capecitabina, doxorrubicina e citarabina.
Objective: To evaluate the occurrence of hematological and functional toxicities during chemotherapy with doxorubicin and cyclophosphamide in women with breast invasive ductal carcinoma. Methods: This was a descriptive, cross-sectional and quantitative study, involving the data collection in clinical records of 119 women undergoing chemotherapy for breast invasive ductal carcinoma in an oncology outpatient clinic, carried out between February 2014 and February 2015. Results: The investigated toxicities and their respectively occurrences in patients exposed to doxorubicin and cyclophosphamide were hemoglobinemia (26,5%), leukopenia (21,6%), neutropenia (10,8%), thrombocytopenia (none) and reduced hematocrit (28,4%), in addition to fatigue (93,1%), fever (20,6%), gain (35,3%) and weight loss (22,5%). In these variables, there were no significant differences between the exposed and not exposed patients. The association with taxanes showed a significant reduction in hematocrit values (p=0.019) and the toxicities distributed by age group were not significant within the exposed group. Conclusions: Exposure to doxorubicin and cyclophosphamide was not associated with an increase in the occurrence of hematotoxicities and functional impacts in women with breast ductal invasive carcinoma, except when associated with taxane agents.
O objetivo do estudo foi descrever o perfil clínico-epidemiológico de mulheres em tratamento oncológico para carcinoma ductal invasivo da mama. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo por meio da coleta de dados em prontuários clínicos de mulheres em tratamento oncológico do câncer de mama em um serviço privado de oncologia, considerando variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram identificadas 125 mulheres que se adequaram aos critérios de inclusão propostos. A maioria das pacientes incluídas eram sergipanas (71,2%), pardas ou negras (65,6%), com companheiro (56%) e com média de idade de 53,5±11,4 anos. Destas, 80,8% não possuíam ensino superior e 77,6% possuíam renda familiar entre um e três salários mínimos. Todas se submeteram à quimioterapia, 64,8% à mastectomia total e 36% à radioterapia. Além disso, 32,8% apresentaram mudanças na autoimagem, 24,8% na autoestima, 64,8% sinais de ansiedade e 49,6% sintomas depressivos. Além disso, 40% eram portadoras de hipertensão arterial sistêmica. O perfil clínico-epidemiológico das mulheres com carcinoma ductal invasivo da mama descrito é amplo e possui componentes sociodemográficos importantes. O tratamento oncológico pode desencadear alterações clínicas relevantes para a saúde, bem-estar e qualidade de vida destas pacientes.
O câncer de mama e o seu tratamento são condições que acarretam diversos efeitos negativos na qualidade de vida do paciente, além de exercer um grande impacto emocional e psíquico. Objetivou-se avaliar o impacto do tratamento quimioterápico na QVRS de mulheres com câncer de mama, além de caracterizá-las quanto aos aspectos sociodemográficos, durante seu tratamento Foram realizados entrevistas com questões relacionados aos dados sócio demográficos, clínicos e terapêuticos e European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core30. A amostra foi composta por 206 mulheres com câncer de mama, que faziam tratamento com quimioterapia em dois ambulatórios de oncologia, média de idade de 53,1 anos, com Carcinoma Ductal Infiltrante, estadiamento III. A avaliação da QVRS mostrou média do escore 76,01; escalas funcionais apresentaram escore baixo, com aspectos físico, emocional, cognitivo, funcional e social bastante afetados após o tratamento, o desempenho de papéis e função emocional foram os mais prejudicados; na escala de sintomas, os domínios mais prejudicados foram: dificuldades financeiras, fadiga e insônia. Concluiu-se que os fatores socioeconômicos e demográficos interferem de forma incisiva na QVRS das mulheres com câncer de mama submetidas ao tratamento quimioterápico.
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