A complexa construção histórica e social das mulheres, possibilitou na formação de uma desigualdade social. Dentro dessa marginalização, surge a importância de analisar os papeis sociais por meio de uma ótica que inclua também as mulheres nos estudos sociais e econômicos. Para tentar diminuir essa lacuna, a atual pesquisa traz como um de seus eixos teóricos a economia feminista e divisão sexual do trabalho. Como objetivo geral pretende, analisar de que maneira são construídos socialmente os elos de trabalho produtivo e reprodutivo tanto nos locais públicos e privados ocupados pelas mulheres da Associação Artes da Terra localizada no município de Itajubá-MG. Os objetivos serão alcançados, metodologicamente, através do uso do método sequencial circular, do uso da abordagem de conflito e, como instrumentos, a observação participante, entrevista de profundidade e análise de documentos realizadas juntamente com as mulheres da associação.
A Revista Tecnologia e Sociedade segue, constantemente, primando pela diversidade de assuntos e aprendizados, a fim de abranger cada vez mais leitores, sobretudo, evidenciando a abrangência do campo CTS no cotidiano. A 31º edição da revista não foge à regra e segue plural, apresentando temas que envolvem a ciência (biologia molecular, neutralidade da ciência, crítica à perspectiva linear da ciência e da tecnologia); os investimentos/gastos sobre a ciência (política de inovação, P&D nos países da OCDE); o território (estratégias de sobrevivência do povo indígena após a colonização, defesa do território e o processo de afirmação identitária e de pertencimento da comunidade); a segurança (sistema de monitoramento e alerta de eventos extremos em Blumenau); a exportação (determinantes das exportações paranaenses para América Latina e Caribe através do modelo gravitacional); as incubadoras tecnológicas (relação entre universidade e sociedade a partir da atuação das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares); o poder de polícia ambiental ( em face da prática de atos e omissão de fatos na conduta da administração pública); o capital intelectual (sistema de informação contábil integrado à gestão do Capital Intelectual).
ResumoNeste artigo fazemos uma releitura, com lentes feministas, de duas infl uências históricas do pensamento latino-americano sobre a tecnologia social. Em um primeiro momento, olhamos para o movimento independentista da Índia, na primeira metade do século xx, que incorpora à sua causa uma política de disseminação da charkha, uma espécie de roca de fi ar. Difundida no período em que Gandhi liderou o movimento, a fi ação passou a ser símbolo da luta nacionalista, e é tida como exemplo emblemático de alternativa sociotécnica. Em um segundo momento, analisamos o "movimento de tecnologia apropriada", como um conjunto de refl exões e iniciativas que se popularizam nos anos 1970 para a disseminação de tecnologias supostamente adequadas à realidade das regiões empobrecidas do sul. Ocupando-nos de preencher as lacunas analíticas de gênero, destacamos as contribuições de autoras que desvelaram o caráter androcêntrico de tais políticas, explicando como se produzem tecnologias inadequadas a partir da oclusão do trabalho das mulheres e das demandas comunitárias de cuidados no meio rural africano e asiático. Por fi m, tecemos conexões entre o gênero e a construção de alternativas sociotécnicas e argumentamos que é na invisibilidade do caráter feminizado do cuidar e na incorporação acrítica da lógica produtivista que a tecnologia social encarna o androcentrismo.Palavras-Chave • Tecnologia social. Feminismo. Tecnologia apropriada. Gandhi. Cuidar. IntroduçãoNeste artigo tecemos uma releitura das infl uências históricas que conformam o marco analítico-conceitual da tecnologia social (TS) na América Latina. Revisitamos os fi os que compõem uma história particular de construção de alternativas sociotécnicas com lentes feministas. Procuramos, nesse passado, as marcas deixadas pelas mulheres do sul na defi nição das alternativas constituídas e analisamos como estruturas hierarquizadas relacionadas ao gênero compõem os fatores sociais que moldam e são moldados pela construção tecnológica contra-hegêmonica. Através dos fi os soltos da história fazemos uma refl exão sobre os contornos androcêntricos do pensamento contemporâneo da TS.
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