RESUMOEste trabalho inspira-se em Coetzee (2016) para realizar análise fonológica da palatalização regressiva de /t, d/ numa variedade de português brasileiro (rotina~ro[ʧ]ina, medida~me [ʤ]ida, parte~par[ʧi], onde~on [ʤi]) de contato com falares dialetais italianos. Como Coetzee (2016), assume-se que fatores linguísticos e não linguísticos atuam na variação fonológica: os primeiros são implementados como restrições gramaticais e os segundos têm efeito sobre os pesos das restrições. Objetiva-se (a) aplicar os fundamentos de Coetzee (2016) ao exame de um padrão variável captado por análise de regra variável (LABOV, 1972), e (b) analisá-lo com o ORTO -Ajuste Paramétrico (DORNELLES FILHO, 2014), algoritmo que processa a gramática com variação. Os dados vêm de Battisti et. al. (2007) e os padrões de aplicação da regra variável, de Battisti e Dornelles Filho (2009, 2010). Neste estudo, controla-se o efeito do fator social Local de Residência (zona rural ou zona urbana) sobre o peso das restrições gramaticais. Mostra-se que, nos indivíduos cuja fala conforma-se ao padrão 1, sem palatalização em qualquer contexto, Local de Residência tem efeito sobre a restrição *t[i], satisfeita com a palatalização da oclusiva alveolar desvozeada por vogal anterior alta derivada (parte~par[ʧi]). Já na fala dos indivíduos que seguem o padrão 3 (palatalização apenas por vogal alta não derivada), o fator afeta os pesos O efeito de fatores sociais sobre restrições linguísticas na análise fonológica de um processo variável Athany Gutierres, Elisa Battisti, Adalberto Ayjara Dornelles Filho de ambas as restrições referentes ao contexto de palatalização por vogal anterior alta derivada, *t[i] e *d[i]. A análise consegue esclarecer não só o papel de Local de Residência na gramática da palatalização em Antônio Prado, como explicitar o efeito da elevação variável da vogal média átona anterior, que alimenta o processo, num padrão de variação na mudança linguística em progresso. PALAVRAS-CHAVE: variação fonológica; Teoria da Otimidade; efeito das restrições sociais; palatalização de /t, d/; português brasileiro. ABSTRACT This paper follows Coetzee (2016) to analyze regressive palatalization of /t, d/ (rotina~ro[ʧ] ina, 'routine', medida~me[ʤ]ida 'measure', parte~par[ʧi] 'part', onde~on[ʤi] 'where') in a variety of Brazilian Portuguese in contact with Italian dialects. As Coetzee (2016), it is assumed that linguistic and non-linguistic factors act on phonological variation: the former are implemented as grammatical constraints and the latter have an effect on the weight of constraints. It is aimed (a) to apply Coetzee's (2016) foundations to the exam of a variable pattern captured by variable rule analysis (LABOV 1972), and (b) to analyze it with ORTO -Ajuste Paramétrico (DORNELLES FILHO, 2014), an algorithm that processes grammars with variation. Data comes from Battisti et. al. (2007) and the application patterns of the variable rule, from Battisti e Dornelles Filho (2009, 2010). In the present study, the effect of the social factor Place of Re...
Objective: to determine the prevalence and describe the main morphological and metric variations of the splenic artery in terms of its origin, path and polar and terminal branches. Methods: cross-sectional study, carried out at Hospital de Clínicas between July and November 2020. Computed tomography scans were analyzed with intravenous contrast of the patients seen at the Radiology and Diagnostic Imaging Service. The findings were categorized as to origin, path and splenic ramifications. Results: 1,235 patients were evaluated. As for the origin, the splenic artery appears in the celiac trunk in 99.11% of the individuals. Of these, 5.95% have a bifurcated celiac pattern, 92.17% trifurcated and 1.88% tetrafurcated. The mean arterial diameter was 5.92mm (±1.2), the highest one being in white men. As for the path, the splenic artery was unique in the entire sample. The suprapancreatic course was found in 75.63% of the individuals, with a higher occurrence in women, 78.87% (p<0.001). The terminal splitting pattern of the splenic artery was characterized by the bifurcated type (95.47%). The terminal branches seen most frequently were those with three arteries (34.90%) and most individuals did not have polar branches. Conclusion: the splenic artery presents a highly variable pattern of origin and its average caliber is influenced by sex and color. The suprapancreatic path was the most characteristic and predominant in females. The bifurcated pattern of final division, with three terminal branches and the absence of polar arteries, occurs more frequently.
In this paper we analyze the variable regressive palatalization of /t, d/ in a variety of Brazilian Portuguese (BP) in contact with Italian dialects. We follow Coetzee’s (2016) assumptions regarding the distinctive effects of grammatical and non-grammatical factors on the grammar. The aim of the study is to test such claims with Noisy-HG (BOERSMA; PATER, 2008; COETZEE, 2012; 2016; COETZEE; KAWAHARA, 2013). Palatalization in BP affects /t, d/ and it is triggered by a following underived /i/ (t/i/jolo ‘brick’, d/i/nheiro ‘money’) or derived [i] from /e/ in unstressed word positions (t/e/atro ® t[i]atro ‘theater’, nád/e/ga ® nád[i]ga ‘buttock’). We focus on palatalization triggered by derived [i]. Besides tokens of non-palatalized consonant plus non-raised vowel ([te]atro, ná[de]ga) and of palatalized consonant plus raised vowel ([ʧi]atro, ná[ʤi]ga), the data set comprises tokens of non-palatalized consonant plus raised vowel ([ti]atro, ná[di]ga), an innovation of the analysis regarding prior studies (BATTISTI; DORNELLES FILHO, 2010; GUTIERRES; BATTISTI; DORNELLES FILHO, 2018). The data were extracted from sociolinguistic interviews by Battisti et al. (2007). The linguistic constraints interacting in the grammar of palatalization come from Battisti and Dornelles Filho (2010). The analysis demonstrates that a non-grammatical factor as ‘place of residence’ works as a scaling factor on faithfulness constraints, moving their weights up or down and so affecting the variable raising of /e/, a process that feeds palatalization.
O objetivo deste trabalho é investigar o comportamento da vogal média anterior átona /e/ em sílabas abertas (ado.te) ou fechadas (es.ses) em posição postônica final no Português Brasileiro (PB) falado em Passo Fundo, Rio Grande do Sul (RS). No Brasil, a elevação (/e/ à [i]) é praticamente categórica nesses casos (adot/e/ à adot[i]; ess[e]s à ess/i/s), porém, em algumas localidades da região sul do país, principalmente naquelas do interior, é possível notar que há variação (GUTIERRES; BATTISTI, 2020; VIEIRA, 2014; VIEIRA, 2010; GUZZO, 2012; 2010). Para verificar o comportamento da vogal /e/ nesse contexto, foi realizada uma análise estatística de regressão logística (modelo de efeitos mistos) com dados de fala de 20 informantes nascidos e residentes em Passo Fundo. Foram controladas cinco variáveis sociais (faixa etária, gênero, escolaridade, ocupação e região de residência) e cinco linguísticas (contexto fonológico precedente e seguinte, qualidade da vogal da sílaba tônica precedente, número de sílabas e tipo de palavra). A aplicação da regra variável (elevação) ocorreu em 17% (110/630) da amostra, e a não aplicação (preservação da vogal átona), em 83% (520/630). Na fala passo-fundense, a elevação é favorecida socialmente pelas variáveis gênero, escolaridade e profissão; e gramaticalmente pelas variáveis contexto fonológico precedente, número de sílabas e tipo de palavra. O resultado da análise evidencia o efeito de fatores externos sobre a gramática e está consoante à literatura no que diz respeito às variedades de PB faladas no interior: há variação entre elevação e preservação de /e/, sendo essa última a preferência na comunidade.
RESUMO Objetivo: determinar a prevalência e descrever as principais variações morfológicas e métricas da artéria esplênica quanto a sua origem, trajeto e ramos terminais e polares. Métodos: estudo transversal, realizado no Hospital de Clínicas entre julho e novembro de 2020. Foram analisadas tomografias computadorizadas com contraste endovenoso dos pacientes atendidos no Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Os achados foram categorizados quanto à origem, trajeto e ramificações esplênicas. Resultados: foram avaliados 1.235 pacientes. Quanto à origem, a artéria esplênica surge no tronco celíaco em 99,11% dos indivíduos. Desses, 5,95% apresentam padrão celíaco bifurcado, 92,17% trifurcado e 1,88% tetrafurcado. O diâmetro arterial médio foi de 5,92mm (±1,2), sendo a maior média em homens brancos. Quanto ao trajeto, a artéria esplênica se apresentou única em toda a amostra. O curso suprapancreático esteve em 75,63% dos indivíduos, com maior ocorrência em mulheres 78,87% (p<0,001). O padrão de divisão terminal da artéria esplênica caracterizou-se pelo tipo bifurcado (95,47%). Os ramos terminais visualizados mais frequentemente foram os com três artérias (34,90%) e a maioria dos indivíduos não apresentou ramos polares. Conclusão: a artéria esplênica apresenta padrão de origem altamente variável e seu calibre médio é influenciado por sexo e cor. O trajeto suprapancreático foi o mais característico e predominou no sexo feminino. O padrão bifurcado de divisão final, com três ramos terminais e ausência de artérias polares, ocorre com maior frequência.
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