Este artigo é um relato de pesquisa que apresentou uma técnica de tratamento para pacientes psicóticos em crise Institucionalizados. O objetivo foi estudar a prática de atividades físicas como fator atenuante dos sintomas psicóticos, investigando, nesse setting não convencional, a atividade grupal como elemento propiciador da percepção do outro enquanto objeto relacional. Utilizou-se como procedimento a técnica denominada Grupo de Atividades Físicas, que compreendia três momentos principais: caminhada (de ida e volta da Instituição à Praça de Esportes da comunidade), atividade física coletiva e fechamento simbólico da sessão. A psicanálise foi o referencial teórico usado para a discussão e interpretação dos resultados. Conclui-se que a técnica utilizada direcionou o grupo no sentido da organização psíquica, oportunizando a relação com o outro se constituindo num espaço para legitimar afetos (...) DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v26i2.271
Resultados revelam: condições sociais específicas (acesso aos recursos biotecnológicos, influências familiares, sociais, econômicas e religiosas) associadas às condições inconscientes (conflitos, resistências, ambivalências, fantasias e angústias) interferiram na realização do projeto parental, comprometimento do vínculo conjugal (diminuição da espontaneidade e interesse sexual, dificuldades para reformulação do projeto vital e interferências no cotidiano), prejuízos à convivência familiar e social, regressão aos estágios iniciais do funcionamento mental desencadeando angústias persecutórias e depressivas e uso de defesas primitivas (negação, ilusão, projeção, deslocamento e racionalização).Palavras-chave: casal; parentalidade; esterilidade; psicanálise grupal. AbstractThis study aimed to investigate parental project postponement, emphasizing psychological and social aspects that determined it, effects of sterility on marital bonds, and the experience with reproductive Texto recebido em fevereiro de 2009 e aprovado para publicação em junho de 2010.
Em relação ao tema específico, como observamos por esses dados, não há conclusão definitiva alguma, sendo muito alta a taxa de discrepância nos resultados.Assim sendo, constitui propósito deste estudo trazer contribuição ao tema. MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo objetiva descrever as atividades do grupo de crianças a fim de se compreender melhor o que se passa na ação psicoterapêutica quando em casos de dificuldades de adaptação. O grupo foi formado por sete crianças de ambos os sexos, com idades entre quatro e seis anos. A análise do material coletado foi qualitativa. O grupo de atividades facilitou o contato das crianças entre si e com o grupo e contribuiu para fortalecer o ego em desenvolvimento nas crianças. O brincar foi uma forma de comunicação que facilitou o estabelecimento de uma relação mais íntima entre as crianças e serviu como meio para expressar sentimentos, desejos e fantasias.
Temos visto, hoje em dia, muitas pesquisas focalizando os avanços da informática interferindo nas relações pessoais. Se, por um lado, usufruímos os benefícios das infinitas possibilidades de acesso e contato com outros mundos, por outro, nos deparamos com nossos novos comportamentos frente a estes outros mundos. Para ilustrar estas idéias, apresentamos um caso clínico no qual a paciente, uma jovem senhora de vinte e sete anos, casada há oito anos, tem vivido há um ano uma "relação virtual", pela internet. Este processo tem absorvido-a completamente. Ela sente-se muito distante de seu marido desde que isolou-se em seu mundo paralelo, no qual apresenta uma nova identidade em todos os níveis. Esta nova identidade é inteiramente oposta à de sua vida real. No entanto, a impossibilidade de sentir-se realizada, seja em sua vida cotidiana, seja em seu universo paralelo, desencadeou-lhe um grave processo depressivo. Este exemplo clínico levou-nos a discutir os seguintes aspectos: (1) as experiências virtuais pela internet e os universos paralelos mencionados por Hugh Everett, um físico norte - americano; (2) a questão da ética feminina; (3) as manifestações mobilizadas no grupo pela paciente.
Neste trabalho desenvolvemos o tema "A Importância da Cultura Grega na Construção dos Vínculos", visando mostrar a utilidade da cultura grega para a configuração do mundo moderno. Os recentes e rápidos avanços da ciência e da tecnologia revolucionaram nossos conceitos de indivíduo e sociedade. As áreas das Comunicações, da Indústria, da Informática, da Educação, da Medicina e da Psicologia revolucionaram a qualidade dos vínculos que construímos. Defrontamo-nos, no final do século XX, com um momento que aponta, inevitavelmente, para a necessidade de recordação e de uma reavaliação do passado, reavaliação esta que deve se pautar em um processo contínuo. Antes de nos prepararmos para o futuro devemos compreender as influências do passado em nossa situação atual. Em 1996, estávamos em Delfos, na Grécia, para apresentar um trabalho científico no IV Congresso Internacional de Psicanálise quando sentimo-nos fascinados pelas idéias da continuidade da história, ou seja, pelo fato da repetição de determinados atos fundamentais do destino humano. A emoção que experimentamos nesse local foi quase indescritível. Na entrada do grande Templo do oráculo de Apoio estava o mais famoso dos provérbios délficos: "ΓΝΩθΙΣΕ AυTON", isto é, "Conhece-te a ti próprio" (European Cultural Center Of Delfi, 1978) Na Grécia antiga, no século V aC., Sócrates era considerado o homem mais sensato do mundo pelo oráculo. Este filósofo teria, provavelmente, interpretado a expressão acima referida como "A vida não examinada não merece ser vivida". Na época de Freud o enunciado "Conhecete a ti próprio" significava, em primeiro lugar, a procura introspectiva do Eu real, a busca das nossas motivações emocionais. No final do nosso século, na "era pós-moderna", passou a exprimir também o seguinte pensamento: "Sabe de onde vens, uma vez que o passado não pode ser destruído e deve ser conhecido". Assim como Freud (1909) disse que a infância deve ser estudada para que seja possível compreender o adulto, devemos também olhar para a infância da humanidade. Esta antiga matriz original da referida mensagem grega tem tido diferentes significados em épocas diversas, ou seja, as muitas interpretações a ela atribuídas têm sido coerentes com os 1 Professor da Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-Campinas e SPAG-Camp.
A aversão não adquiriu um estatuto de conceito na obra de Freud, porém abriga nela a série de afetos e reações, tais como o nojo e a repugnância, tendo grande importância na constituição e na vida do homem civilizado, assim como participa nas manifestações da repulsa à sexualidade e aos seus objetos. A aversão não é dada de antemão, mas é uma consequência da vida em cultura, constituindo o estágio inicial, após o complexo de castração, em que se erguem as barreiras à sexualidade infantil perversa e polimorfa em direção às aquisições culturais via o recalcamento, a sublimação, a identificação etc. Trata-se do sinal afetivo-corporal em que a sexualidade perversa polimorfa se negativa na latência para dar vez a uma entrada subjetiva no âmbito social e cultural.DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v23i1.321
<p>O estudo busca mostrar a riqueza da abordagem grupal, que resgata<br />fontes esquecidas e constitutivas da teoria psicanalítica, amalgamadas no<br />constructo freudiano, formando um todo articulado que tende a velar suas<br />fontes primevas. Entre tais fontes, o idealismo alemão, o pragmatismo<br />americano e o estruturalismo, os últimos, nascentes à época de Freud,<br />contemporâneo de Peirce e Saussure. De tal matriz, sobretudo da noção<br />de alteridade como reconhecimento, a influência sobre uma geração de<br />psicanalistas, entre eles aqueles preocupados com a questão da grupalidade<br />e que produziram seus construtos no início do século XX, pertencentes à<br />Escola de Relações Objetais. Conjectura-se, neste estudo, que a inquietação<br />e a insatisfação desses autores com as limitações dos modelos existentes,<br />inclusive a metapsicologia, para explicação ou mesmo a compreensão dos<br />fenômenos da grupalidade, tenham contribuído para lançar as bases para o<br />projeto transdisciplinar da ciência da cognitiva.</p>
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