Este artigo objetivou verificar as representações sociais acerca da velhice e da boa velhice para idosos e para pessoas de sua rede social. Participaram do estudo 40 idosos e 40 membros de sua rede social (esposos/as, filhos/as, cuidadores/as, irmãos/irmãs, vizinho, todos residentes em Florianópolis e cadastrados em Unidades Básicas de Saúde. Para a coleta de dados foi utilizada uma entrevista semidiretiva, associada à técnica de entrevista episódica, além de questões para a caracterização sociodemográfica. Cada tema da entrevista foi organizado em um corpus, que foi submetido a uma Classificação Hierárquica Descendente, por meio do software IRAMUTEQ. Para os idosos, a representação social da velhice ancorou-se entre os polos da atividade versus inatividade. Já para os membros da rede social do idoso, a velhice foi compreendida a partir da oscilação entre valorização versus desvalorização. Por fim, a representação social de boa velhice englobou dimensões econômicas, familiares e comportamentais.
RESUMO: Este estudo objetivou comparar as representações sociais de brasileiros e italianos acerca do cuidado ao idoso e velhice. Foram entrevistadas 40 pessoas acima de 65 anos, 20 brasileiros e 20 italianos. Os resultados mostraram que as representações sociais da velhice e do cuidar da pessoa idosa, enfatizam a relevância da autonomia e manutenção da atividade, trazendo o contexto de doenças e dependência como algo indesejável. A vivência da velhice e o cuidar da pessoa idosa parecem mais difíceis em situação de doença, quando os agravos impõe a necessidade de um “cuidador”, o que abala a independência da pessoa idosa. Torna-se necessário a implementação de políticas de educação para a saúde, que levem em consideração as necessidades dos idosos.
Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR Artigo originAl ISSN 1980-8623 Social representations of aging and rejuvenation for women who adopt rejuvenation practices AbstractThis research aimed to investigate the social representations of aging and rejuvenation for women that adopt rejuvenation practices. The participants were 40 women aged from 30 to 60 years old. Half of them (n=20) have used non-invasive rejuvenation practices while the other half (n=20) have used invasive and/or minimal invasive rejuvenation practices. A semidirective and unstructured interview was used to investigate the social representations of aging and rejuvenation. Furthermore, a structured questionnaire was used and included objective questions related to participant's demographics. The data analysis involved descriptive and relational statistics. The results indicate that the social representations of aging and rejuvenation showed distinct elements, associated with each type of rejuvenation practice adopted. The elements such as social pressure and to be hard on yourself appears related to the type of rejuvenation practice adopted by the women. Lastly, the aging was meant as a subjective condition.Keywords: Social Representation; Aging; Rejuvenation. Representaciones sociales del envejecimiento y del rejuvenecimiento para mujeres que adoptan prácticas de rejuvenecimiento ResumenEsta investigación tuvo el objetivo de comprender las representaciones sociales del envejecimiento y del rejuvenecimiento para mujeres que adoptan prácticas de rejuvenecimiento. Participaron 40 mujeres entre 30 y 60 años, siendo que 20 de las mismas utilizaron prácticas no invasivas y otras 20 hicieron uso de prácticas invasivas y mínimamente invasivas. Se utilizó la entrevista semidirectiva y no estructurada para la investigación de las representaciones sociales del envejecimiento y del rejuvenecimiento, y un cuestionario conteniendo preguntas de caracterización de las participantes. Para el análisis de datos se empleó la estadística descriptiva y relacional. Los resultados indicaron que las representaciones sociales del envejecimiento y del rejuvenecimiento presentan elementos distintos, de acuerdo con el tipo de práctica adoptada. La presión social y la exigencia sobre las mujeres surgen como elementos representacionales que justifican la adopción de prácticas de rejuvenecimiento. Por fin, el envejecimiento es presentado como una condición subjetiva.
ResumoEste estudo teve como objetivo compreender as representações sociais de idosos acerca dos cuidados para consigo, para com outros idosos e relativas à sua rede social, relacionando-as com práticas de cuidados dispensados pela rede social. O estudo compreendeu um levantamento de dados com 102 participantes idosos, a partir do sexo e do grau de dependência, com os objetivos de identificar a rede social do idoso e a parte estrutural da representação social do cuidado do idoso. Os resultados evidenciados pela configuração e o mapa de redes indicaram diferença na configuração da rede social do idoso entre os sexos, com os homens e os idosos independentes em menor condição de solidão, o que pode evidenciar uma leve deterioração da rede social do idoso dependente. Na prática social o cuidado ao idoso é delegado ao cuidador informal, familiar e do sexo feminino. A representação social do cuidar da pessoa idosa envolveu como marca principal os aspectos pragmáticos do cuidado e sua funcionalidade, bem como a passividade do mesmo. Verificou-se a necessidade de políticas de educação para a saúde e o envelhecimento que privilegiem não somente os idosos, mas também as pessoas que se aproximam da vivência da velhice, em especial para aquelas que se tornaram na prática social cuidadores de idosos. Palavras AbstractThis study aimed to understand the social representations of elderly people self-care, care to other elders and their social network, by relating them to care practices used by social networks. The study included a survey distributed to 102 elderly subjects who were asked about their gender and dependency level, in order to identify the elderly social network and the structural part of the social representation of elderly people care. The results shown by the configuration and network map indicate a difference between gender in the elderly social network configuration, where men and independent elderly felt less loneliness, which may reflect a slight deterioration of dependent elderly's social network. In social practice, elderly people care is assigned to informal caregivers, family members and women. The social representation of elderly people care mainly included the pragmatic aspects of care, functionality and passivity. There is a need for educational policies related to health and aging that favor not only the elderly, but also people who are close to experience old age, especially those who have become, in social practice, elderly caregivers.
INTRODUÇÃO: Os serviços tecnológicos tiveram um crescimento exponencialmente acelerado nos últimos anos, principalmente com a chegada da pandemia coronavírus. Entre esses serviços estão aqueles relacionados à saúde, como a psicoterapia online. OBJETIVO: Esse estudo buscou compreender as representações sociais associadas ao atendimento online pelos psicólogos clínicos. MÉTODO: Utilizou-se como instrumentos: 1) teste de associação livre de palavras para investigação das representações sociais da psicoterapia on-line; 2) questionário semiestruturado para investigação das práticas sociais e atitudes relativas ao objeto; 3) questionário contendo questões de caracterização dos participantes e itens sobre o posicionamento atitudinal frente ao objeto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os participantes foram 151 psicólogos residentes no Brasil, acessados pela técnica snowball. Para análise utilizou-se os softwares SPSS, EVOC 2000 e IRaMuTeQ. Como resultados pode-se destacar a representação social da psicoterapia online muito relacionada a aspectos de facilidade, acesso e conexão, que parecem estar relacionadas a possibilidades de alcance de alguns grupos sociais, atrelados ao vínculo e acolhimento necessários neste serviço. Estas representações parecem também como ancoradas nas de psicoterapia presencial. CONCLUSÃO: Conclui-se que no momento desta pesquisa os profissionais estavam voltados à adaptação da psicoterapia presencial para a psicoterapia on-line e destaca-se a importância da ampliação dos conhecimentos sobre esse novo setting psicoterapêutico.
As variáveis que interferem no cuidado do idoso dizem respeito às normas, atitudes, valores e crenças; o que nesta pesquisa foi estudado por meio das representações sociais. Este artigo objetivou compreender as representações sociais (RS) acerca dos cuidados de idosos para pessoas idosas e membros de sua rede social. Derivou do segundo estudo da tese intitulada “O cuidado do idoso: representações e práticas sociais”, da primeira autora, de natureza empírica, por meio de pesquisa de campo, com delineamento descritivo, comparativo de corte transversal. Participaram do estudo 40 pessoas idosas e 40 membros da rede social dos respectivos idosos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, associada a técnica de entrevista episódica. As entrevistas passaram por classificação hierárquica de texto (IRAMUTEQ), e os dados sócio demográficos por descrição estatística (SPSS). Referente ao objeto social “cuidar da pessoa idosa”, foram identificadas dimensões representacionais, quais sejam: “satisfação das necessidades básicas, sobrecarga, gastos financeiros versus obrigação e retribuição”. Houve primazia de aspectos pragmáticos em detrimento aos afetivos, isto é, majoritariamente a significação de cuidar da pessoa idosa estava permeada pela prática, o que sugere a necessidade do reforçamento de práticas de cuidado de cunho afetivo e não somente de cunho técnico.
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