Objetivou-se analisar a vivência afetiva em idosos asilados (A) e não asilados (NA) a partir de dois grupos de 25 mulheres com mais de 60 anos. Utilizou-se entrevista semi-estruturada sobre história de vida e Teste de Pfister, sendo que A e NA apontaram idealização da infância e da velhice e qualificação negativa da juventude. Na fase adulta, os asilados referiram vivência mais negativa. O Pfister sinalizou, em ambos os grupos, preservação do funcionamento lógico e afetivo, mas certa ansiedade. Inexistiu diferença significativa entre A e NA, sugerindo que a institucionalização não dificulta, necessariamente, o vivenciar saudável da velhice, apontando direção para intervenções terapêuticas com esta população.
This work analyzed the affective experience in institutionalized (A) and non institutionalized (NA) two groups of 25 women with more than 60 years, residents in Ribeirão Preto. We used semi-structured interview about the life history and Test of Pfister. A and NA accorded with idealization of the childhood and the elderly and the youth's negative qualification. In the adult phase, the institutionalized referred more negative experience. The Pfister signaled, in both groups, preservation of the logical and affective function, but some anxiety. The absent of statistical differences between A and NA suggested that the institutionalization doesn't hinder, necessarily, the healthy experience of the elderly, and it indicates a direction for therapeutic interventions with this population
Resumo: Embora o Psicodiagnóstico Interventivo venha se revelando uma prática promissora, há poucas investigações sistemáticas sobre seus alcances e limitações. Nesse sentido esta pesquisa averiguou, em oito crianças, se o sucesso ou fracasso nesse método vincular-se-ia à estrutura de personalidade e condições das funções egóicas. Para tanto, os sujeitos submeteram-se à aplicação clássica da Técnica de Rorschach, sendo posteriormente encaminhados ao Psicodiagnóstico Interventivo, realizado mediante sessões lúdicas, entrevista familiar, Bateria Hammer e CAT-A. O folow-up dos casos indicou, em relação à melhora dos sintomas, cinco sucessos, dois fracassos e uma desistência. A Técnica de Rorschach mostrou que as crianças bem sucedidas apresentavam estrutura de personalidade neurótica e ausência de comprometimentos severos no Controle Pulsional e nos Relacionamentos Pessoais. Portanto, esses poderiam ser critérios de indicação para esse tratamento, embora as contra-indicações não sejam claras, dados os bons resultados alcançados por Winnicott com crianças psicóticas no procedimento similar de Consulta Terapêutica.Palavras-chave: psicodiagnóstico interventivo; transtorno de conduta; técnica de Rorschach; prognóstico terapêutico. REACHES AND LIMITATIONS OF THE INTERVENTIVE PSYCHODIAGNOSIS IN THE TREATMENT OF ANTI-SOCIAL CHILDRENAbstract: Although the Interventive Psychodiagnosis has been revealing itself as a promising practice, there are few systematic studies about its reaches and limitations. In this sense, this research investigated, in eight children, if the success or failure in this method could be linked to the personality structure and the conditions of the functions of the ego. For that, the subjects were submitted to a classical application of the Rorschach Technique and after that, they were guided to the Interventive Psychodiagnosis, which was accomplished through ludic sessions, family interview, Hammer Battery and CAT-A. The cases' follow up indicated, regarding to the symptoms amelioration, five success, two failures and one discontinuation. The Rorschach Technique showed out that the well succeeded children presented neurotic personality structure, and lack of severe handicaps in the Control of the Pulsions and in the Personal Relationships. Therefore, these could be criteria for indicating this treatment, although the contraindications are not clear, due to the good results reached by Winnicott with psychotic children in the similar procedure of Therapeutic Consultation.
O presente trabalho estudou, por meio de desenhos de auto-retrato, a imagem corporal e o auto-conceito de crianças institucionalizadas (n = 37) e não institucionalizadas (n = 32), do sexo masculino e com idade entre sete e treze anos. As crianças dos dois grupos foram pareadas em termos etários e de escolaridade. Sua produção gráfica foi avaliada pela Escala de Indicadores Emocionais de Koppitz. Os resultados apontaram diferenças significativas entre os dois grupos, evidenciando que os meninos institucionalizados apresentaram maior número de indicadores emocionais em seus auto-retratos. A idade não pareceu fator decisivo nestas diferenças. O tempo de vida na instituição sinalizou-se fator relevante nos resultados, favorecendo aquisição de elementos propiciadores de uma imagem corporal mais integrada, comparativamente àqueles meninos institucionalizados há pouco tempo. As evidências sugerem que a institucionalização causa impacto emocional negativo na criança, porém a qualidade das experiências neste contexto é que pareceu determinante para cristalizar ou não processos de auto-desvalorização.
A. Aspectos psicossociais da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 25: 159-62, 1991. Foram abordados os aspectos psicossociais que envolvem as pessoas atingidas direta ou indiretamente pela AIDS: pacientes, familiares e equipe profissional. Os resultados evidenciam que a população assistida na região de Ribeirão Preto, SP (Brasil), é predominantemente jovem, masculina e de toxicômanos. Os pacientes com resultado positivo apresentam reações semelhantes às definidas por Kluber-Ross (1977), para pacientes terminais. Os comportamentos observados nos familiares estão num contínuo entre a negação da doença e a superproteção do paciente. Para os profissionais, as reações mais freqüentes são de perplexidade diante de uma população diferente das que estão acostumados a lidar. Os dados obtidos indicam que o psicólogo pode auxiliar os profissionais a lidarem com as reações dos pacientes, integrando-os em seus aspectos orgânicos e emocionais.Descritores: Síndrome de imunodeficiência adquirida, psicologia. Atitude frente à saúde.
AGRADECIMENTOSRecentemente, no mês de maio, dois membros do Conselho de Editores desligaram-se de suas atividades junto à Revista de Saúde Pública: Professor Ruy Laurenti e Professor José Maria Pacheco de Souza. Ambos estiveram prestando sua colaboração por longo período, o primeiro há já 16 anos e, o segundo, desde 1981. Pelo prestígio que ambos gozam junto à comunidade científica nacional e internacional, pelos conhecimentos especializados que detêm, em muito contribuíram para o aperfeiçoamento da Revista de Saúde Pública. Ambos, epidemiologistas, o Prof. Laurenti dedicando-se mais especificamente à área da mortalidade e morbidade, e o Prof. Pacheco de Souza, tendo se especializado em bioestatística e métodos epidemiológicos, cuidaram do aprimoramento da RSP não somente pela acurada avaliação dos manuscritos que lhes chegaram às mãos, como pelo importante e necessário papel de interface entre autores e leitores. Para as áreas de especialização de ambos, estamos certos, continuaremos a contar com a mesma colaboração, agora na qualidade de relatores.Assim, pois, o Conselho de Editores, ao agradecer tão preciosa colaboração, por longo e frutífero período, tem certeza de que nenhum vínculo foi de fato interrompido, pois com a colaboração de ambos é o que se espera continuar a contar daqui para a frente.
No abstract
Devido à associação freqüentemente apontada na literatura entre o fenômeno da migração e o desenvolvimento de distúrbios mentais, este trabalho tencionou fornecer o perfil psicológico de uma amostra de migrantes, por meio de uma forma reduzida de um instrumento de valor clínico e empírico comprovado: o MMPI. Para tanto, 20 migrantes do sexo masculino, analfabetos e sem comprometimentos intelectuais severos foram submetidos à forma IRF do MMPI, desenvolvida nos Estados Unidos em 1980, destinada a sujeitos com essas características cognitivas. Os resultados se constituíram em altas pontuações na escala F de validade, relacionadas principalmente a questões de ordem cultural e incompreensão dos itens. Em termos clínicos, dentre os protocolos considerados confiáveis para análise, foi detectada uma tendência da IRF a produzir elevações nos resultados das escalas clínicas de um modo generalizado, indicando problemas relativos à padronização, validade e capacidade discriminativa do instrumento para uso na população brasileira não alfabetizada.
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