Introdução A cefaleia e o transtorno depressivo estão entre as doenças mais incapacitantes do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Estudos epidemiológicos e clínicos demonstraram uma associação entre estas duas etiologias, sendo uma associação bidirecional, o que significa que a presença de uma aumenta as chances de desenvolvimento do outra. Objetivo Avaliar a taxa de prevalência internacional de cefaleia no transtorno depressivo. Metodologia Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando a estratégia de busca: ("Headache"[Mesh]) AND "Depressive Disorder"[Mesh] nas bases de dados da PUBMED. Não houve restrições de idade, populações, settings, datas e países de origem. Foram selecionados artigos publicados até abril de 2021, em língua inglesa, portuguesa e espanhola. Resultados Nossa estratégia de busca encontrou 275 artigos, dos quais 16 preencheram nossos critérios de inclusão. Quanto ao continente de realização dos estudos, 37.5% foram na América, 37.5% na Ásia e 25% na Europa. Houve uma maior prevalência do gênero feminino com uma proporção de feminino/masculino de 1.45, ressaltando que 25% dos artigos não descreverem os gêneros avaliados. Para o diagnostico de transtorno depressivo 50% dos artigos utilizaram o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais Quarta Edição e para cefaleia 31.5% utilizaram a International Classification of Headache Disorders Second Edition. A mediana de participantes foi de 605.5, variando de 102 a 64.460. A mediana da prevalência foi de 42.4% variando de 15.6 a 90.4%. Conclusão A alta prevalência encontrada reforça a necessidade de prestar maior atenção a essa comorbidade e gerenciar as cefaleias de forma adequada, além do tratamento para o transtorno depressivo.
ResumoTrata-se de uma revisão sistemática da literatura na base de dados MEDLINE para avaliar os efeitos e o perfil de segurança do uso de lisdexanfetamina (LDX) em pacientes com transtorno depressivo (TD) e transtorno afetivo bipolar (TAB), utilizando apenas medical subject headings (MeSH). Foram utilizados os seguintes termos para a busca: "depressive disorder" [MeSH] OR "bipolar disorder" [MeSH] AND "lisdexamfetamine dimesylate" [MeSH]. Somente artigos em português e inglês foram selecionados, sem limitação de período. Como critério de inclusão para o nosso estudo, utilizamos apenas artigos que observaram perfil dos efeitos do uso de LDX em pacientes que apresentavam transtornos do humor, podendo apresentar transtorno de déficit de atenção e hiperatividade comórbido ou não. Foram selecionados oito artigos, mas apenas cinco foram incluídos na síntese narrativa. Encontramos poucos dados sobre o uso de LDX em transtornos do humor, mas os resultados demonstram um uso possível para potencializar o tratamento e reduzir prejuízos cognitivos em pacientes com TD e na melhora dos parâmetros da síndrome metabólica em pacientes com TAB.Palavras-chave: Transtorno bipolar, transtorno depressivo, dimesilato de lisdexanfetamina. AbstractThe present study is a systematic review of the literature published in the MEDLINE database to evaluate the effects and safety profile of lisdexamfetamine (LDX) use in patients with depressive disorder (DD) and bipolar disorder (BD), using only medical subject headings (MeSH). The following terms were used: "depressive disorder" [MeSH] . We selected articles published in Portuguese and English only, with no publication date restrictions. As an inclusion criterion, only articles that observed the profile of effects of LDX use in patients with mood disorders, with or without comorbid attention deficit and hyperactivity disorder, were included. Eight papers were selected, but only five were included in the narrative synthesis. We found few data on the use of LDX in mood disorders, but the results demonstrate a possible use to potentiate treatment and reduce cognitive impairment in patients with DD, as well as to improve metabolic syndrome parameters in patients with BD.Keywords: Bipolar disorder, depressive disorder, lisdexamfetamine dimesylate. IntroduçãoO transtorno depressivo (TD) atinge de 10 a 15% da população ao ano 1-4 , sendo mais prevalente em mulheres, na proporção de 2:1 4 . Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é a segunda doença mais incapacitante do mundo, sendo a primeira quando consideramos o tempo vivido com a incapacitação no decorrer da vida 5 . Existe uma grande dificuldade na remissão completa dos seus sintomas, sendo o prejuízo cognitivo um dos principais sintomas residuais 6 . Atualmente, estima-se que 30 a 50% dos pacientes não se recuperam totalmente, existindo um consenso de que alguns déficits cognitivos persistiriam após a remissão dos outros sintomas 7 . Além disso, algumas medicações utilizadas para o tratamento do TD podem ter um impacto ne...
(1) Background: The treatment of substance addiction is challenging and has persisted for decades, with only a few therapeutic options. Although there are some recommendations for specific treatments for Alcohol Use Disorder (AUD), there is no specific medication used to treat alcohol cravings, which could benefit millions of patients that are suffering from alcoholism. Cravings, or the urge to use drugs, refer to the desire to experience the effects of a previously experienced psychoactive substance. (2) Methods: We included original studies of alcohol abuse or dependence extracted from a controlled, blind, pharmacological treatment study which presented measures and outcomes related to alcohol cravings. (3) Results: Specific drugs used for the treatment of alcoholism, such as Naltrexone and Acamprosate, have had the best results in relieving craving symptoms, as well as promoting abstinence. Baclofen and anticonvulsants such as Gabapentin and Topiramate have shown good results in promoting abstinence and the cessation of cravings. (4) Conclusions: Specific drugs used for the treatment of alcoholism to obtain the best results can be considered the gold standard for promoting abstinence and relieving cravings. Anticonvulsants and Baclofen also had good results, with these medications being considered as second-line ones. Varenicline is an option for alcohol dependents who also concomitantly ingest tobacco.
A esquizofrenia e a síndrome de Down são condições prevalentes na população geral, entretanto a comorbidade entre elas é rara. Devido ao escasso material na literatura científica abrangendo tal comorbidade, é justificada a produção científica do presente trabalho. A paciente deste relato de caso tem 15 anos e apresenta síndrome de Down. Foi encaminhada ao Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil pela Unidade Básica de Saúde em que fazia acompanhamento psiquiátrico. Do ponto de vista psiquiátrico, a paciente apresentava sintomas como solilóquios, alucinações auditivas e delírios, os quais foram melhorando após a introdução e aumento progressivo da olanzapina até a dose de 10 mg/dia. Entretanto, também apresentou ao longo das avaliações sintomas de síndrome extrapiramidal (SEP), controlados com biperideno 4 mg/dia. Além disso, foram constatados sintomas de ansiedade e tricotilomania, manejados com fluoxetina até a dose de 80 mg/dia. Em sua última valiação, a paciente apresentou-se ao serviço com melhora importante dos sintomas psicóticos, porém em alguns momentos com sintomas residuais. Assim como o relato de Buttler et al., nosso caso teve melhora dos sintomas psicóticos com baixa dose do antipsicótico, todavia o relato de Buttler et al. não descreveu a presença de SEP ou sintomatologia residual, o que dificulta a comparação. Em nossa revisão da literatura, não encontramos relatos de esquizofrenia com início precoce em pacientes com síndrome de Down e nenhuma publicação recente sobre o tema. Entretanto, o reconhecimento e o tratamento precoce da comorbidade têm potencial para um melhor prognóstico do quadro.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.