Objetivo: Analisar o perfil microbiológico e relacionar com as alterações citológicas de mulheres quilombolas que possuem lesões cérvico-vaginais. Material e Métodos. Este foi um estudo de corte transversal de 5 meses, baseado em 154 mulheres quilombolas, na faixa etária de 13 a 74 anos, registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) e que possuem lesões cérvico-vaginais. Resultados. Mulheres com idade >45 anos (43,5%) foram as que mais realizaram exames Papanicolaou, seguido das mulheres com 31 a 45 anos (31,2%) e posteriormente ≤30 anos (25,3%). A infecção mais comum em mulheres com idade ≤30 foi Gardnerella sp. (35,8%), já em mulheres na faixa de 31 a 45 anos foi Lactobacillus sp. (47,9%). A prevalência global das alterações citológicas foi de 7,8%, com maior frequência na faixa de 31 a 45 anos. Conclusão. As mulheres com vaginose bacteriana apresentaram maior prevalência de atipias celulares e não houve associação estatisticamente significante entre faixa etária e alterações cérvico-vaginais, bem como, a microbiota não apresentou associação com anormalidades citológicas.
Objetivo: Investigar a frequência e fatores associados à detecção de Candida spp. em fluido vaginal de mulheres residentes em uma comunidade quilombola. Materiais e Método: Um estudo transversal foi conduzido com 177 mulheres residentes em uma comunidade quilombola no Nordeste do Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos, hábitos de vida, saúde geral e saúde reprodutiva. O material coletado na região do colo do útero foi submetido a exame citopatológico. Amostras de fluido vaginal foram coletadas para a análise microbiológica. Os testes Qui-quadrado, exato de Fisher e modelos de Regressão Logística foram utilizados na análise estatística. Resultados: Foi detectado Candida spp. em 28,9% das amostras. A espécie mais frequente nos casos positivos foi a Candida albicans (49%), seguida da Candida krusei (39,2%). Após o ajustamento, observou-se que mulheres com idade igual ou maior que 50 anos apresentaram maior chance da detecção de Candida spp. no fluido vaginal (OR ajustada = 3,46; IC95% = 1,68-7,12), enquanto as mulheres com queixa de corrimento vaginal apresentaram uma chance menor de detecção de Candida spp. (OR ajustada = 0,29; IC95% = 0,11-0,78). Conclusão: Os achados sugerem uma elevada detecção de Candida spp. no fluido vaginal entre mulheres residentes em comunidades quilombolas, o que sinaliza a necessidade do planejamento de medidas para prevenção e rastreamento de caso de candidíase vulvovaginal neste grupo populacional. Além disso, a presença de Candida spp. foi mais elevada em mulheres a partir da quinta década de vida, menor nas mulheres com queixas de corrimento vaginal.
Este trabalho objetivou analisar o perfil farmacoterapêutico e laboratorial dos pacientes portadores de Hiperparatireoidismo secundário submetidos à Paratireoidectomia e acompanhados no ambulatório de nefrologia de um Hospital Universitário. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo e quantitativo, levantando dados do período de janeiro de 2003 a janeiro de 2020, realizado no ambulatório de Nefrologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE), no município de Recife – PE. Os dados coletados foram tabulados em planilha eletrônica. Para a análise descritiva dos dados coletados, foram utilizadas medidas de frequência, média, desvio padrão e moda. Fizeram parte do estudo 91 pacientes, cuja média de idade foi de 48,1 anos (± 12,4) e maioria maior ou igual a 59 anos (82,4%), sexo feminino (68,1%), autodeclarada preto/pardo (90,1%), solteira (49,5%), com ensino fundamental incompleto (24,2%) e residente em zona rural (87,9%). O diagnóstico de etiologia indeterminada obteve maior prevalência (41,8%). A maioria apresentou doença prévia à DRC (56,0%) e não foi submetida a tratamento conservador (76,9%). Os parâmetros laboratoriais variaram ao longo do período de acompanhamento. Os principais medicamentos utilizados pelos pacientes foram carbonato de cálcio 500mg (100%); calcitriol 0,25mcg (96,7%); sevelâmer 800mg (85,7%); e cinacalcete 30mg (21,9%). A abordagem multifacetada permanece com protagonismo no tratamento, não havendo uma única medida de intervenção que seja considerada superior. A Paratireoidectomia permanece como opção de tratamento válida nos pacientes refratários à terapia medicamentosa e deve continuar sendo considerada sempre que houver indicação médica.
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