Neste artigo, pretende-se apresentar e discutir a incorporação da temática saúde e ambiente no campo de conhecimento e práticas de intervenção da "Saúde Coletiva". Essa discussão implica numa abordagem de questões teórico-conceituais, de aspectos históricos e dos resultados científicos em termos dos estudos realizados nesta área. Compreende, também, uma rápida incursão sobre as ações preconizadas para mitigação, prevenção e controle das situações ambientais potencialmente causadoras de agravos à saúde e destes próprios agravos. O eixo principal de abordagem será aquele das relações entre a produção, o ambiente e a saúde, enfatizando algumas possibilidades metodológicas deste campo do conhecimento científico.
Although asbestos causes asbestosis, lung cancer, and mesothelioma, it remains widely used in Brazil, mostly in cement-fiber products. We report the Brazilian mesothelioma mortality trend 1980-2003, using records of the national System of Mortality Information of DATASUS, including all deaths with IX International Disease Classification (ICD9) codes 163.n--pleura cancer during the period 1980-1995; and ICD10 codes c45.n--mesotheliomas and c38.4--pleura cancer for the years 1996-2003. Mesothelioma mortality rates increased over the period studied, from 0.56 to 1.01 deaths per 1,000,000 [corrected] habitants. The total number of mesothelioma deaths nationwide in the period studied was 2,414; the majority (1,415) were in the Southeast region. Mortality was highest among males and people over age 65. Given the history of asbestos exposure in Brazil, our findings support the need for policies that limit or ban the use of this product.
OBJECTIVE:To assess the health conditions of families from the Landless Rural Workers' Movement and temporary rural workers. METHODS:The research involved a comparative study of three populations: a settlement and a camp linked to the Rural Workers' Movement, and the families of temporary rural workers in a city of Southeast Brazil, in 2005. Information relating to sociodemographic characteristics and families were collected by means of questionnaires that were put to 202 families. In addition, structured observation and group discussions were used. A discriminative factor analysis was carried out to confi rm differences between the communities. RESULTS:The three communities scored an average of 89%, which implies that they are distinct groups and supports the hypothesis that there are real differences between them when it come to health and lifestyle conditions. There was a high rate of food insecurity (39.5%) among temporary rural workers, almost double that of families who were camping and four times greater than those living on settlements. Temporary rural workers' salaries were low and fl uctuate, meaning that they were more exposed to pesticides than the families living on settlements or in camps. A striking characteristic of families living on the settlement was that they all practiced animal rearing, unlike the families of temporary rural workers, practically none of whom were able to do so in the city. The perceptions of most families who were living on settlements or in camps were that the Brazilian Health System had not been meeting their health needs, mainly due to access diffi culties. For this group, their needs are met only after making complaints to and putting pressure on governors. CONCLUSIONS:The view held by families from the Landless Rural Workers' Movement was that the fact that they belonged to the Movement and were better organized meant their health was better than that of temporary rural workers. The conservative modernization of rural Brazil has led to worse conditions for temporary rural workers, while Agrarian Reform has allowed for a better quality of life and improved health conditions among families, when compared in the areas under study.
No Brasil, a Saúde Ambiental incorporou como situações de risco questões como saneamento, água para consumo humano, poluição química, pobreza, eqüidade, condições psicossociais e a necessidade de um desenvolvimento sustentável para preservar as gerações futuras. As metodologias para estudos epidemiológicos e ações de vigilância que dizem respeito à relação da saúde com estas questões são necessariamente mais diversas e complexas do que nas outras áreas da Saúde Coletiva. Neste documento são discutidas as informações sobre as características da exposição e dos efeitos à saúde que constituem os principais substratos para a definição do desenho e da factibilidade dos estudos epidemiológicos voltados para o campo da Saúde Ambiental. Também é enfatizado o uso da Epidemiologia no desenvolvimento de ações de vigilância através da definição de indicadores de saúde para um sistema de informação, e do desenvolvimento de atividades de monitoramento dos impactos das ações de mitigação e controle. Finaliza realçando a necessidade de um trabalho integrado interdisciplinar e intersetorial, os preceitos éticos que devem nortear estes estudos, e as principais características que devem influir na definição dos recursos humanos para a formação das equipes científicas e técnicas.
Resumo: Este artigo aborda as manifestações da precarização do trabalho como uma nova e complexa questão social. Procuramos descrever as dimensões humanas implicadas nesse processo de trabalho, traduzindo o nível de exploração de suas relações precárias. Dentre os resultados, destaca-se a relação que esses trabalhadores fizeram de seus sintomas de saúde com seu vínculo de trabalho. A relação precária de trabalho associada à baixa remuneração pode ter manifestações físicas de insônia e medo, refletindo a perda da autoestima. Discutimos a atual reorganização social da produção, em virtude da crise e reestruturação do capitalismo, no último quartel do século XX, que repercutiu no mundo do trabalho, desordenando as relações que conformaram o Estado de Bem-Estar Social e reordenando-as sob a égide da regulação pelo mercado. Concluímos que o trabalhador, frente à sua relação precária de trabalho, tem como preocupação central a ausência de garantias sociais, e suas consequências no longo prazo, quando não mais será útil a esse modelo de exploração da força de trabalho. A pesquisa foi realizada junto a 112 trabalhadores terceirizados por cooperativa, lotados no Serviço de Enfermagem de uma unidade pública de saúde localizada na cidade do Rio de Janeiro, vinculada ao Ministério da Saúde. Palavras-chave: Trabalho; precarização; saúde do trabalhador; neoliberalismo; Estado de Bem-Estar Social.
O texto apresentado para debate está centrado na comparação das consequências negativas observadas nos últimos 35 anos em populações indíge-nas afetadas, do ponto de vista social e de saúde, dado um empreendimento hidrelétrico situado no estado do Pará (Tucuruí) sem estudos prévios de impactos e outro no Canadá (James Bay) onde tais estudos se realizaram de acordo com os preceitos legais e normas administrativas próprias ao país. Os autores pretendem apontar lições para a gestão de futuros empreendimentos deste porte, a partir das experiências analisadas.Muitas mudanças aconteceram no país nos úl-timos 30 anos: conquistamos nossas liberdades democráticas, derrubando a ditadura militar iniciada em 1964, o país iniciou um processo de luta contra as desigualdades sociais e econômicas e resgatou da pobreza extrema centenas de milhares de cidadãos, melhoramos nosso nível educacional e promovemos ações afirmativas que tem permitido libertar grupos vulneráveis de vários tipos de preconceitos sociais e culturais, avançamos no respeito e nas possibilidades de acesso ao direito ao trabalho digno, operamos modificações dos processos no sentido de uma maior produtividade e uso de tecnologias inovadoras e complexas, nos tornamos um país mais afluente economicamente fazendo parte de um novo grupo de potências emergentes, os BRICS e passamos por várias crises do capitalismo internacional globalizado nos mantendo razoavelmente preservados, mas não totalmente imunes. O mundo todo também mudou impulsionado por uma avalanche de inovações tecnológicas utilizadas em processos de produção em transformação para fazer frente às necessidades da acumulação, dadas as mudanças sociais, políticas, ideológicas e culturais que vinham acontecendo desde a década de sessenta. A articulação destes processos que incluem a realização do capital via consumo de bens, produziram, por sua vez, mudanças ambientais de grande vulto que afinal condicionaram novos riscos para os próprios sistemas ambientais e para a vida no planeta. Fortaleceram-se instâncias políticas e econômicas internacionais, agora globalizadas, e se criaram outras, como as voltadas para as questões ambientais, para controlar e criar normas de regulação do uso de 1399 DEBATEDORES DISCUSSANTS recursos naturais necessárias pela nova proposta de acumulação em pauta.No Brasil, em consonância com esta nova ordem ambiental, promulga-se através da lei 6938 de 1981 1 , a Política Nacional de Meio Ambiente que também pode ser vista como um elemento de busca do equilíbrio ecológico, onde são explicitados os instrumentos (entre eles, o Licenciamento Ambiental) e os órgãos executores do controle desta política, cujos princípios serão reforçados em 1988 no artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil 2 . Finalmente, no último quinquênio dos anos 10 do século 21, cria-se o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) brasileiro, um tipo de iniciativa político-econômica construída pelo governo e assumida pelo estado brasileiro que se constitui num proposta de empreendimentos prioritários ...
A pesquisa se baseia em trabalho de prevenção de dependência entre estudantes de 23 municípios de quatro regiões brasileiras. Foram analisados 68.210 questionários referentes a Região Norte (29.386 questionários / 7 cidades), Região Nordeste (17.971 questionários / 3 cidades), Região Sudeste (4.197 questionários / 4 cidades) e Região Sul (16.656 questionários / 9 cidades). Os questionários continham 25 perguntas, das quais oito foram estudadas. Encontraram-se respostas aproximadas em todas as regiões brasileiras. Observou-se ainda que não foi possível estabelecer uma relação entre o trabalho e a experiência de abuso de drogas. A Igreja e a escola se mostraram extremamente importantes na formação dos jovens. A escola se mostrou herdeira de um trabalho educativo antes restrito às famílias. O abuso de drogas foi encontrado, na Região Norte, em torno de 2%, sendo na Região Nordeste em torno de 6%, na Região Sudeste e Sul em cerca de 5%. A idade predominante para o primeiro uso se situou entre 11 e 15 anos em todas as regiões estudadas e o percentual maior foi de alunos do ensino fundamental. Encontrou-se alguma concordância com o trabalho de Althusser, no que se refere aos aparelhos ideológicos de Estado. A Igreja e a família tiveram uma importância muito grande para a busca de apoio ou esclarecimentos por parte desses jovens.
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