OBJETIVO: verificar a ocorrência de mordida aberta anterior e de hábitos orais deletérios em crianças de quatro a seis anos de idade. MÉTODOS: foram avaliadas 266 crianças de quatro a seis anos incompletos, de ambos os gêneros, na cidade de Suzano - São Paulo. As avaliações constaram de aplicação de ficha de avaliação para detecção de ocorrência de hábitos bucais deletérios aos responsáveis e da realização de exame clínico constituído por avaliação da oclusão das crianças. RESULTADOS: verificou-se que 221 crianças (83,1%) apresentaram pelo menos um hábito bucal deletério, sendo o mais frequente o uso de mamadeira 167 (75,6%). A ocorrência simultânea de hábitos deletérios e alterações de oclusão dentária foi observada em 119 crianças (44,1% da amostra) e nestas, a maior prevalência foi a presença da mordida aberta anterior, presente em 89 (79,8%). CONCLUSÃO: a mordida aberta anterior (MAA) foi a alteração oclusal mais prevalente nas crianças, havendo associação estatisticamente significante entre hábitos orais deletérios, como uso de mamadeira, chupeta e ocorrência de bruxismo e presença de mordida aberta anterior.
A estomatite aftosa recorrente (EAR) é uma das patologias mais comuns na rotina odontológica, sendo manifestada por meio de úlceras necrosantes que são, na maioria dos casos, bastante dolorosas e que podem perdurar por até 14 dias, afetando a qualidade de vida do paciente. Embora incerto, estudos indicam que o seu aparecimento pode estar relacionado ao sistema imunológico, falta de vitaminas, predisposição genética, entre outros fatores. O seu tratamento consiste na diminuição da sintomatologia do paciente e do tempo da lesão na cavidade bucal, associada a medicamentos ou terapias que acelerem o processo de reparação e analgesia. A irradiação com o laser em baixa intensidade (LBI) tem sido utilizada e estudada como terapia auxiliar para a EAR. Possui, entre diversos prós, efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e eficácia regenerativa. O objetivo deste estudo foi analisar a efetividade do LBI na reparação tecidual, analgesia e recorrência da lesão aftosa maior recorrente em um paciente hebiatra selecionado na Clínica Odontológica da Universidade de Mogi das Cruzes acompanhado desde 2019, no qual foi realizada a irradiação de contato com comprimento de onda infravermelho de 808nm e dose em torno de 105J/cm2 em 4 pontos intrabucais, seguida de uma aplicação extrabucal para drenagem linfática, em duas sessões com intervalo de 24 horas, com acompanhamento após 60 dias e após 2 anos. Por meio da escala visual analógica (EVA), o paciente indicava a intensidade e evolução da dor, a qual foi reduzida de 10 (dor intensa) na 1ª sessão para 1 (dor leve) na 2ª sessão e permaneceu em 0 na 3ª sessão, após 60 dias e após 2 anos. Clinicamente, a lesão demorava por volta de 14 dias para cicatrizar e com a irradiação o tempo diminuiu para 3 dias, não havendo recidiva após 2 anos. O LBI se mostrou efetivo na reparação tecidual, analgesia e recorrência da lesão da estomatite aftosa maior por dois anos, evidenciando ser um tratamento eficaz e confiável.
O hábito do bruxismo tem sido alvo de constantes estudos, por ocasionar diversas alterações no meio bucal. Os sinais e sintomas mais frequentes são os desgastes oclusais e/ou incisais, destruição das estruturas de suporte, hipersensibilidade pulpar, mobilidade dentária, fratura de cúspides e restaurações, dores e distúrbios nas articulações temporomandibulares, hipertrofia do masséter, cefaleia ao acordar, entre outros. Dentre estas alterações, o bruxismo vem sendo amplamente citado como fator desencadeador de diversos tipos de má-oclusões. Desta forma, o objetivo deste estudo foi fazer um levantamento bibliográfico sobre trabalhos recentes publicados em três bases de dados com o objetivo de verificar se existe correlação entre bruxismo e desenvolvimento de má-oclusões em crianças. A partir dos dados analisados, pode- se concluir que crianças que apresentam bruxismo não necessariamente desenvolverão má-oclusões. Entretanto, a literatura mostra que existem fortes indícios nesta correlação e que ela está associada a diferentes tipos de má-oclusões.
Em 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia mundial do Covid-19, causado pelo coronavírus 2 (SARS-CoV-2), que causa uma síndrome de infecção respiratória aguda, impactando rapidamente os serviços de saúde ao redor do mundo. Até o momento, ainda há poucos estudos sobre o impacto da pandemia sobre os tratamentos odontológicos e consequentemente sobre a qualidade de vida e de saúde desses pacientes. O objetivo desse estudo é avaliar a percepção do paciente sobre o impacto da pandemia do Covid-19 nos tratamentos odontológicos realizados na clínica odontológica da Universidade Anhanguera Osasco. Um estudo observacional foi realizado por meio de um questionário fechado aplicado a pacientes em tratamento na sala de espera. Foram entrevistados 165 pacientes; e, apesar do principal motivo de 44,2% dos pacientes terem procurado tratamento por motivo de dor de dente, 71,5% não procuraram antes por ausência de condição financeira, embora 81,8% tenham relatado medo devido à pandemia. Aproximadamente metade dos pacientes se sentem seguros na sala de espera, porém 47,9% sentem-se parcialmente seguros no consultório. Desta maneira, compreender a percepção do paciente é importante para melhorar os processos de acolhimento e melhorar a segurança durante o atendimento de professores, alunos e pacientes em clínicas escola de Odontologia, uma vez que 63% dos pacientes faltaram em alguma consulta agendada por receio ou medo de contágio durante a pandemia.
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